Mostrar mensagens com a etiqueta social. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta social. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, junho 30, 2014

PARA QUE SERVEM AS CÓCEGAS?


O que são as cócegas? Porque nos fazem rir? Qual é a sua função?
Estas são algumas das questões mais pertinentes acerca do intrigante fenómeno que diz respeito às cócegas. No texto abaixo reproduzido, poderemos compreender melhor as suas características e modo como se interligam os seus aspetos evolutivos e sociais.  

1.    As cócegas têm a função de estreitar laços de amizade

Quem nunca fez cócegas em amigos ou parentes só para descontrair? Pois segundo Robert Provine, neurocientista da University of Maryland, nos Estados Unidos, é justamente essa a função do mecanismo das cócegas: estreitar laços de relacionamento entre familiares e amigos.
Além disso, a cócega é considerada um gatilho primitivo do riso, uma ação instintiva e contagiante que está relacionada à demonstração do humor. Segundo Provine, o controle de respiração que usamos durante a risada é a base da nossa capacidade de pronunciar palavras, motivo pelo qual, segundo ele, um chimpanzé não consegue articular a fala.

2.    Nós rimos quando sentimos cócegas porque ficamos tensos

Quando alguém faz cócegas em você, sensores do corpo indicam para o cérebro que há um perigo – afinal, a ação é inesperada. Sobrecarregados de informação, esses sensores mantém o corpo tenso, em alerta, fazendo com que você tente se desenvencilhar das cócegas e dizer coisas como “Pare!” ou “Saia!”.
No entanto, se as cócegas continuam, a risada é uma forma de descarregar a tensão do corpo frente à situação. Afinal, todo mundo sabe que dar risada é uma boa forma de relaxar, certo?

3. É impossível fazer cócegas em você mesmo

Se no tópico anterior foi dito que o corpo fica tenso durante um ataque de cócegas devido, principalmente, ao fato de que se trata de uma situação inesperada, é meio óbvio que não possamos fazer algo em nós mesmos que nosso cérebro já não saiba.
Cócegas
Fonte: Reprodução/WebCoursesBangkok
Conforme explica o neurocientista David Eagleman, “o cérebro está sempre prevendo as nossas ações e como o nosso corpo irá reagir frente a elas”.  Assim, surpreender-se a si mesmo é impossível.

4. Não é natural fazer cócegas em estranhos

Enquanto que parece ser extremamente comum pegar seu irmão de surpresa e enchê-lo de cócegas, não parece ser muito apropriado fazer isso em um completo estranho. Segundo Robert Provine, você pode até fazer isso em alguém aleatório na rua, mas o seu cérebro sabe (e avisa!) que esta é uma ação nada natural.
Afinal, as cócegas, aparentemente, não têm a função de fazer novas amizades, mas de estreitar laços já existentes. Ou você já fez amigos a partir de um ataque de cócegas aleatório, no meio da avenida?

5. Você sente mais cócegas nas partes mais vulneráveis durante uma briga

Cócegas
Fonte: Reprodução/SXC
Pense no lugar onde você mais sente cócegas. Este é, provavelmente, uma das partes mais vulneráveis do seu corpo durante uma briga. Geralmente, as pessoas apresentam maior sensibilidade nos pés, no peito, no pescoço e no sovaco. Faz sentido?

6. Pessoas com mais de 40 anos sentem menos cócegas

Provine também explica que as cócegas parecem ter sido feitas para jovenzinhos. Pessoas com 40 anos ou mais sentem menos cócegas e ficam menos à vontade durante essas brincadeiras. O curioso motivo o neurocientista ainda não soube explicar.

7. Cócegas incentivam a comunicação entre pais e bebes e incentivam o senso de autodefesa 

As risadas provocadas pelas cócegas são uma forma comum de expressão durante os primeiros meses de vida de uma criança. “É uma das primeiras formas de comunicação entre a criança e os pais”, afirma Provine. A mãe tende a fazer cócegas na criança enquanto uma risada é dada em troca. Quando a resposta muda, às vezes com uma cara brava ou retorcida, a mãe imediatamente para.
Cócegas
Fonte: Reprodução/Micah Sittig
Segundo o psiquiatra Donald Black, da University of Iowa, nos Estados Unidos, a ação de uma criança fazer cócegas na outra é fundamental no senso de proteção. Já que as partes onde mais sentimos cócegas são as mais sensíveis durante uma situação de risco, o alerta é estimulado na criança.
http://www.zoinc.com.br/ciencia/02-2013/7-fatos-que-voce-nao-sabia-sobre-as-cocegas

sexta-feira, março 28, 2014

SERÃO OS BEBÉS CAPAZES DE ESCOLHER OS SEUS AMIGOS?

Um novo estudo mostra que bebés serão capazes de notar a diferença entre amiguinhos bons ou maus, e sabem quais escolher. Bebés de seis a dez meses exibiram importantes critérios de selecção social antes mesmo de aprender a falar, mostra trabalho do Centro de Cognição Infantil da Universidade Yale, publicado na revista Nature. Entre diversas situações criadas neste estudo,  os bebés assistiram a um boneco de madeira tentando subir uma colina e outro boneco aparecer para ajudar ou atrapalhar o primeiro. As crianças então tiveram acesso aos bonecos  e os cientistas esperaram para ver com qual os bebés escolheriam brincar.   Praticamente todas as crianças optaram por ficar com o boneco "bonzinho". Elas também gostaram mais de brinquedos neutros - que não ajudavam e nem atrapalhavam - do que dos brinquedos "maus". "É impressionante que bebés possam fazer isso", disse a principal autora do trabalho, a psicóloga Kiley Hamlin. "O que mostra que temos perícias sociais essenciais ocorrendo sem educação explícita".   Não houve diferenças de reacção entre meninos e meninas, mas quando os pesquisadores tiraram os olhos que faziam os brinquedos parecerem seres vivos, os bebés perderam a capacidade de julgá-los, disse Hamlin.   A escolha do bom sobre o mau apoia uma escola de pensamento segundo a qual algumas capacidade sociais são inatas, e não fruto de aprendizado. O psicólogo David Lewkowicz, que não tomou parte no estudo, disse que o trabalho é interessante, mas que não está convencido de que o comportamento não foi aprendido de outros. "Crianças adquirem um bocado de experiência social entre o nascimento e os seis meses", ponderou.   A equipe de Yale afirma ter pesquisas preliminares que mostram tendências semelhantes em bebés de até três meses, diz Hamlin.


António Neves
Psicólogo Clínico e Psicoterapeuta (Delegação da Maia)