terça-feira, agosto 19, 2008

Liberdade! Por Fernando Pessoa


Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira.
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original,
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa…

Livros são papeis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quando é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca…

Muito se pode dizer acerca deste poema de Fernando Pessoa, mas para mim a ideia principal é chegar a um estado de liberdade através das coisas simples da vida… mas isso é simplesmente cada vez mais impossível nos dias que correm!

quinta-feira, agosto 14, 2008

Mad World

Original dos britânicos Tears for Fears, Mad World encontrou novo apogeu com a versão de Gary Jules para a banda sonora do filme Donnie Darko.

Deixo-vos a letra e o clip da versão de Gary Jules.

All around me are familiar faces
worn out places,
worn out faces
Bright and early for the daily races
Going nowhere, going nowhere
Their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I wanna drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very very,
mad world, mad world
Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very very,
mad world, mad world
Enlarging your world,
mad world

http://www.youtube.com/watch?v=4N3N1MlvVc4

segunda-feira, agosto 11, 2008

Médicos preferem... A cultura do Prozac...

"Medicamentos substituem psicanálise de Freud


Sente-se deprimido, ansioso, dorme mal e não consegue trabalhar. Se for a um médico, o mais provável é que saia do consultório com várias receitas de antidepressivos e ansiolíticos, em vez de novas marcações para fazer psicoterapia ou psicanálise. Esta é, pelo menos, a conclusão de um estudo publicado na “Archives of General Psichiatry”. O estudo foi feito nos Estados Unidos, mas traça um retrato fiel do que se passa hoje nos países ocidentais.


(Sofia Lobato Dias - Diário Económico)


A equipa de cientistas liderada pelo médico Ramin Mojtabai analisou os arquivos das consultas de psiquiatria entre 1996 e 2005 e concluiu que houve uma grande queda no número de médicos que fazem psicoterapia: apenas 29% de todas as consultas de psiquiatria incluíram sessões de psicoterapia, ao passo que em 1996 e 1997, 44% das consultas dos psiquiatras incluíam técnicas psicoterapêuticas.

In Diario Económico on-line de 11/08/2008


Mas há mais para explorar na edição impressa de hoje...


"Os psiquiatras hoje ganham mais se fizerem consultas de 15 minutos para a prescrição de medicamentos do que se fizerem uma consulta de 45 minutos de psicoterapia" Ramin Mojtabai em entrevista à Reuters.


"A maioria dos estudos mostra a superioridade dos medicamentos em vez da psicoterapia", diz o Presidente da Associação Internos de Psiquiatria ao Diário Económico."


quinta-feira, agosto 07, 2008

Para melhor conhecer...






Luanda - AvóDezanove e o Segredo do Soviético - Ondjaki

Havana - Cem Garrafas numa Parede - Ena Lucia Portela

Barcelona - A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón

Grécia - Pequenas Grandes Infâmias - Panos Karnezis

Istambul - Istambul - Memórias de uma Cidade - Orhan Pamuk

sábado, agosto 02, 2008

O desenvolvimento do bebé até aos 3 anos


Muitos pais têm naturalmente algumas preocupações em relação ao crescimento dos seus filhos. Será que ele(a) está a crescer de acordo com o que seria esperado para sua idade? Existem naturalmente variações de criança para criança. Há crianças com ritmos de crescimento mais rápidos e outras mais lento e esse ritmo deve ser respeitado, se bem que se possa e deva estimular as competências que possam estar um pouco menos desenvolvidas. As aquisições que se apresentam de seguida associadas a uma determinada idade devem ser entendidas apenas como um indicador, se o seu filho(a) ainda não desenvolveu a competência assinalada para a sua faixa etária não é motivo para preocupação deverá simplesmente estimulá-lo mais na aquisição dessa mesma competência.

No primeiro ano de vida o bebé faz inúmeras aquisições.
Aos 12 meses já é capaz de:
Andar apoiando-se nos moveis
Gosta particularmente de colocar os objectos uns dentro dos outros
É capaz de abrir gavetas e portas de armários baixas
Expressa as suas emoções de uma forma reconhecível e explicita
Atira beijinhos
É capaz de pronunciar algumas palavras que já são compreensíveis
Se bem que entenda as proibições, gosta de lhes desobedecer de forma consciente, como forma de "marcar o seu território"
Quando lhe mostramos agrado por algo que tenha feito bem ou com graça, repete o que fez.

Dos 12 aos 15 meses:
Gatinha com habilidade apoiando-se nas mãos e nos pés
Caminha com certa firmeza sem necessidade que ninguém o ajude
Consegue meter objectos dentro de caixas
Diverte-se atirando coisas ao chão para ouvir o ruído que faz ao cair
Com um lápis nas mãos faz riscos sobre um papel
Mediante gestos, sons e atitudes é capaz de expressar as suas emoções
Reconhece e pronuncia algumas palavras simples como "mamã" e "papá"
Compreende perguntas simples que lhe são dirigidas
Identifica imagens
Quando consegue fazer com que os outros se riam com uma atitude sua, repete-a constantemente
Sente-se muito feliz na presença de pessoas
Entende quase tudo o que se lhe diz, mas por vezes não quer obedecer às ordens que se lhe dão

Dos 15 aos 20 meses:
Caminha com passos ainda não muito firmes e com muita precaução
Baixa-se e levanta-se sozinho
Para subir escadas inicialmente fá-lo de gatas e depois trepa
É capaz de voltar as páginas de um livro, se bem que ainda as queira rasgar
Imita acções, gestos e sons, sobretudo dos animais
A sua memória já lhe permite recordar onde está algo que lhe mandem buscar
Quando pinta, substitui os riscos por manchas
Conhece pelo menos 10 palavras e entende significados opostos como dentro e fora, bom e mau, aqui e ali
Quer sempre os brinquedos das outras crianças
Gosta de brincar perto de outras crianças, mas não com elas
Prefere a companhia de adultos
Expressa o seu amor pelos membros da família, pelos seus brinquedos e pelos animais de estimação, caso existam.

Dos 21 aos 24 meses:
Sobe e desce escadas sem se apoiar com as mãos, mas colocando ainda os dois pés em cada degrau
Já consegue comer e beber sozinho sem entornar demasiadas coisas na mesa
Já consegue calçar e descalçar as meias e os sapatos sem ajuda
O seu vocabulário é enriquecido com várias dezenas de palavras, mas muitas delas querem dizer coisas diferentes
Já é capaz de se reconhecer ao espelho
Pede tudo o que quer: comida, água, um brinquedo e até... para ir ao bacio!
Sabe o significado do Não e do Sim
Desenha gatafunhos
Imita os pais em tudo o que eles fazem
Começa a zangar-se menos com as outras crianças e já brinca com elas, se bem que por pouco tempo
Gosta de chamar a atenção dos adultos realizando acções do género de os agarrar, zangar-se com eles e inclusivamente bater-lhes

Dos 24 aos 30 meses:
Corre e dá pontapés numa bola quase sem cair
Ainda não sabe travar uma corrida e é difícil dobrar uma esquina
Dança acompanhado ao ritmo de uma música que seja do seu agrado
Consegue amontoar vários objectos em equilíbrio
As suas mãos já têm agilidade necessária para desenroscar uma tampa, abotoar um botão e subir e descer um fecho éclair
O seu vocabulário já é de cerca de 300 palavras e consegue construir frases empregando verbos
A sua capacidade de atenção aumenta imenso
As cores interessam-lhe e já as consegue distinguir, se bem que ainda não as consiga nomear
Pronuncia o seu próprio nome para falar de si mesmo
Explode em birras com bastante frequência
Tenta sempre impor a sua vontade
Procura a independência, mas com a autorização dos pais

Dos 30 aos 36 meses:
Salta mantendo os dois pés no ar
O seu equilíbrio já lhe permite saltar de costas e saltar "ao pé-coxinho"
Despe-se sozinho
Quando vê o seu nome escrito em letras maiúsculas, reconhece-o
O seu vocabulário já tem aproximadamente mil palavras e usa-as com desenvoltura e fluidez
Já sabe o nome das cores
Sabe que há meninos e meninas e está consciente do grupo a que pertence
Entende o sentido do conceito "amanhã"
Continua a ser egoísta e não entende que todos não aprovem o que faz
Começa a ser social com outras crianças
Pode sentir diversos medos: da escuridão, dos animais, das pessoas diferentes, etc.

sexta-feira, agosto 01, 2008

"Mulheres ao Espelho"


Mãe, eu quero ir-me embora – a vida não é nada
daquilo que disseste quando os meus seios começaram
a crescer. O amor foi tão parco, a solidão tão grande,
murcharam tão depressa as rosas que me deram –
se é que me deram flores, já não tenho a certeza, mas tu
deves lembrar-te porque disseste que isso ia acontecer.


Mãe, eu quero ir-me embora – os meus sonhos estão
cheios de pedras e de terra; e, quando fecho os olhos,
só vejo uns olhos parados no meu rosto e nada mais
que a escuridão por cima. Ainda por cima, matei todos
os sonhos que tiveste para mim – tenho a casa vazia,
deitei-me com mais homens do que aqueles que amei
e o que amei de verdade nunca acordou comigo.


Mãe, eu quero ir-me embora – nenhum sorriso abre
caminho no meu rosto e os beijos azedam na minha boca.
Tu sabes que não gosto de deixar-te sozinha, mas desta vez
não chames pelo meu nome, não me peças que fique –
as lágrimas impedem-me de caminhar e eu tenho de ir-me
embora, tu sabes, a tinta com que escrevo é o sangue
de uma ferida que se foi encostando ao meu peito como
uma cama se afeiçoa a um corpo que vai vendo crescer.


Mãe, eu vou-me embora – esperei a vida inteira por quem
nunca me amou e perdi tudo, até o medo de morrer. A esta
hora as ruas estão desertas e as janelas convidam à viagem.
Para ficar, bastava-me uma voz que me chamasse, mas
essa voz, tu sabes, não é a tua – a última canção sobre
o meu corpo já foi há muito tempo e desde então os dias
foram sempre tão compridos, e o amor tão parco, e a solidão
tão grande, e as rosas que disseste um dia que chegariam
virão já amanhã, mas desta vez, tu sabes, não as verei murchar.

Poema dito e escrito por Maria do Rosário Pedreira em "Mulheres ao Espelho" - Aldina Duarte (Roda-Lá Music, 2008)

quarta-feira, julho 23, 2008

As músicas de Lorenna McKennitt

Gostaria de partilhar convosco algumas dicas acerca de uma cantora que me tem inspirado ao longo destes anos. Chama-se Lorenna McKennitt e é canadiana. Tem uma voz cristalina e músicas que retratam uma mística de "tempos antigos".

Deixo-vos aqui os links de duas músicas. Para ouvir todo o ano...



http://br.youtube.com/watch?v=s1AcESk7JBA&feature=related

Passado, presente, futuro!


Há frases que marcam um dia!


Uma dessas frases foi "o seu passado influência o seu modo de pensar no presente e a maneira como se projecta no futuro"...


Interessante como numa só frase, se pode condensar todo o tempo e toda uma vida!




terça-feira, julho 22, 2008

Os pensamentos entre as palavras.


Noutro dia, alguém dizer esta expressão para caracterizar os motivos pelos quais não estava contente com a sua vida. “Eu até sei o que devo fazer, mas surgem uns pensamentos entre as palavras e depois demoro demasiado tempo porque fico inseguro.”


Achei muito interessante esta frase, descreve muito bem um dos objectivos da psicoterapia cognitiva, que é justamente trazer ao conhecimento imediato esses pensamentos de modo a poder verificar até que ponto influenciam a vida de cada um, e de seguida modifica-los para obter melhor qualidade de vida psicológica.


Já tinham pensado nos pensamentos entre as palavras?

Ordem dos Psicólogos


Data Histórica - Dia 18 de Julho de 2008
Criada a Ordem dos Psicólogos Portugueses e Aprovados os seus Estatutos pela Assembleia da República

segunda-feira, julho 21, 2008

(des)entendimento

Resposta de Fernando Pessoa a Gaspar Simões, um crítico literário que fez a sua biografia, com algumas interpretações, mais ou menos selvagens, da sua obra e vida:

" ... compreender a essencial inexplicabilidade da alma humana, cercar estes estudos e estas buscas de uma leve aura poética de desentendimento.
Tem talvez qualquer coisa de diplomático, mas até com a verdade, meu querido Gaspar Simões, há que haver diplomacia.".

Penso.

quinta-feira, julho 10, 2008

Amanhã: Conferência Aberta no Instituto de Psicanálise em Lisboa



O Instituto de Psicanálise vai abrir as suas portas para acolher a conferência do Prof. Luís Carlos Menezes. A Conferência irá decorrer às 21:30h e a entrada é livre.

Luís Carlos Menezes é Presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de S. Paulo (SBPSP), Psiquiatra, Doutorado pela Universidade de Paris XI. O objectivo desta visita é podermos beneficiar da longa e diversificada experiência formativa e clínica de Luís Carlos Menezes.

Dia 11 de Julho (sexta-feira) às 21.30h


Conferência:
Preservem as Flores Selvagens: aderência, adesão e lucidez - Variações Metapsicológicas sobre o tema do Poder.

Nesta Conferencia o autor, tendo como fio condutor o pensamento de Freud, de Hannah Arendt e de Nietzsche, reflectirá sobre a contra-corrente às imposições massificadoras e conformistas do colectivo.

Esta Conferência, aberta ao público, será comentada por Duarte Cabral de Melo (Arquitecto e Urbanista).

Morada do Instituto de Psicanálise:
Av. da República, 97 - 5º, 1050-190 Lisboa
Tel.: 217 972 108 Fax: 217 936 224
e-mail: institutopsicanalise@gmail.com

terça-feira, julho 01, 2008

Mulher morre na sala de espera de hospital americano perante indiferença de funcionários

Uma mulher norte-americana de 49 anos de idade morreu na sala de espera de um hospital psiquiátrico de Nova Iorque perante a indiferença de seis funcionários, entre os quais dois seguranças. A ajuda chegou 45 minutos depois, mas já era tarde de mais.

A notícia e o video em: http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20080701121222&z=1


No vídeo referem que após a divulgação das imagens foram despedidos 6 técnicos, incluindo 2 seguranças.
A meu ver, a punição para a negligencia nestes casos é obviamente necessária mas a questão não se resolve senão com formação.

É nossa obrigação formar os técnicos e profissionais que trabalham na saúde, mas é também obrigação dos técnicos e profissionais procurar formação e informação. Sobretudo na área da saúde mental, onde é tão frequente que aconteçam estas e tantas outras situações horríveis, desumanas e totalmente inadmicíveis.

segunda-feira, junho 16, 2008

Melancolias



As melancolias (vulgarmente chamadas de depressões) são, na sua grande maioria, acima de tudo, lutos mal resolvidos.

Lutos mal resolvidos” significa que num passado mais ou menos recente existiram situações e/ou acontecimentos sentidos como dolorosos que não puderam ser ultrapassados (i.e, elaborados) adequadamente. É como uma ferida que foi aberta (no passado) e que, não podendo cicatrizar, continua (no presente) a provocar muito sofrimento e a absorver muita energia.

A pessoa que sofre do abatimento e profunda tristeza provocada pela "depressão", foi carregando o sofrimento dentro de si durante muito tempo até que ele acabou por dominá-la completamente, tornando o dia e a noite num “vale de lágrimas” sem sentido e em que as outras pessoas à volta parecem não entender e aceitar o que se passa.

Frequentemente, como a dor e a angústia são tão grandes, recorre-se à medicação e esta pode facilmente começar a ser tomada sem qualquer controlo. A medicação pode ser muito útil mas deverá ser utilizada com muito cuidado e responsabilidade, sempre com aconselhamento e acompanhamento médico, sobretudo de um psiquiatra competente.

Na minha experiência como psicólogo clínico com casos desta natureza, tenho comprovado que uma correcta medicação pode ser uma ajuda importante para que os pacientes se sintam menos angustiados para que depois, num segundo tempo, através de um acompanhamento psicológico regular, seja possível começar a analisar os verdadeiros motivos que os fazem sentir infelizes, desesperados e sobretudo incompreendidos.

Muitas vezes quem sofre de "depressão" não consegue saber exactamente o que provoca o mal-estar e é tarefa do psicólogo identificar a origem da(s) “ferida(s)” para que, ao longo das consultas, se possa iniciar o processo de “cicatrização”.

Não é possível voltar atrás para alterar o passado mas podem ser criadas as condições terapêuticas necessárias para que o presente deixe de ser visto como tão negro e sem saída e a pessoa possa recomeçar a ter esperança e entusiasmo face ao Futuro. Não é voltar atrás à infância mas acertar contas com o passado…
* Este texto foi originalmente publicado no jornal regional Gazeta do Interior.

(quadro: "The Way Home" de Tandi Venter)

sexta-feira, junho 13, 2008

Presumir


Presumimos que sabemos e presumimos que os outros sabem.

Partimos do princípio - para nossa tranquilidade mental - que sabemos bastante mais do que aquilo que verdadeiramente sabemos ou poderíamos saber e de igual forma presumimos, muitas vezes, que os outros sabem muito mais sobre nós, a nossa realidade pessoal, profissional, ideias, pensamentos, emoções, etc., do que verdadeiramente sabem ou poderiam saber. Presumir impede o acesso à realidade e dificulta a todos os níveis a comunicação produtiva e geradora de intimidade e crescimento.