domingo, outubro 02, 2011

DE NOVO AS BICICLETAS

Esta bicicleta desenhada por Ron Arad tem pneus de aço mas tem um andamento suave. E como é bonita!

http://www.fastcodesign.com/1665045/soft-ride-bike-has-steel-tires-and-you-can-ride-it-now


Pedófilo por acidente?


Uma notícia veio dar conta de um homem de 40 anos que se tornou pedófilo após surgimento de um tumor no cérebro.

Vale a pena ler o artigo que, apesar de grande, explora de forma interessante o problema da integração mente-corpo, bem como, questões mais filosóficas mas também psicológicas como o livre arbítrio, a vontade e o determinismo. 
Veja-se o link:

http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/pedofilo_por_acidente.html

sábado, outubro 01, 2011

LINGUAGEM

Interessante, este pequeno video sobre a importância da linguagem.
A palavra é central no modelo terapêutico picanalítico. Freud chamava à psicanálise a "cura pela palavra" e julgo que quem já fez uma analise ou uma psicoterapia percebe o que ele queria dizer.
A linguagem permite ao ser humano socializar e sublimar a violência. Mas às vezes pode também ser um factor de divisão ou mesmo de mal-entendidos.
Pessoalmente, acho que tem de se ter muito cuidado com as palavras: são simultaneamente delicadas e uma ponte para o outro.

http://bigthink.com/ideas/40320

sexta-feira, setembro 23, 2011

quinta-feira, setembro 22, 2011

Frase pedagógica do dia



A educação faz com que as pessoas sejam fáceis de guiar, mas difíceis de arrastar; fáceis de governar, mas impossíveis de escravizar.

 (Henry Peter)

domingo, setembro 18, 2011

TRABALHO E EMPREGOS

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>> A natureza do trabalho já começou a mudar. Maiores conhecimentos, permanente actualização, competências relacionais, capacidade de construir um networking são as vantagens competitivas de quem está no mercado de trabalho. Acabou o "emprego para a vida" e já não volta mais. Temos de aprender a viver com esta realidade e a saber aumentar as nossas competências.
Leiam este artigo do Economist:
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>> http://www.economist.com/blogs/freeexchange/2011/09/labour-markets?fsrc=scn/fb/wl/bl/jobsareevolvingnotbecomingob

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TEMPO PARA ALTERAR COMPORTAMENTOS

Às vezes é em tempos de crise que as pessoas alteram, com proveito, rotinas.
A pacóvia Lisboa que eu conheci nos anos cinquenta, e que depois se tornou em nova-rica, está a mudar. Tem de mudar. Quem diz Lisboa diz outras cidades portuguesas. A bicicleta é um meio de transporte barato, saudável e não poluente. Assim os nossos automobilistas (muitos deles, infelizmente, sofrendo de novo-riquismo) saibam respeitar os outros. Dizem por aí que os taxistas são os piores, mas nao quero lançar atoardas sobre essa desgraçada profissão. Espero que não, e que os taxistas também tenham filhos e amigos a pedalar.
Da Dinamarca vem o exemplo. Ora vejam:

http://selfspot.wordpress.com/2011/09/05/a-criatividade-nos-transportes-lisboa-precisa-disto/

quarta-feira, setembro 14, 2011

O poder da mente


"Ok, já percebi que os meus problemas vêm das experiências do meu passado, mas agora já não posso fazer nada!"

Na continuação do post escrito sobre a importância do passado no presente, urge também esta questão de fundo, facilmente atribuível a uma pessoa recém-chegada à psicoterapia. Mais uma vez, é uma das questões fulcrais que leva a que a psicoterapia seja ainda pouco valorizada (no mínimo), ou algo de misterioso (no máximo). É raro (porque difícil!) saber ao que se vai quando se empreende este processo de auto-descoberta e auto-transformação. Sobretudo como funciona!

A nossa mente é extraordinária. Ao contrário dos outros seres vivos, o ser humano tem uma capacidade de mediação da realidade que lhe permite uma criatividade, imaginação e liberdade sem iguais. A nossa capacidade de simbolização, de armazenamento e tratamento de informação permite-nos uma coisa fantástica que é a de antecipar. Prever o mundo implica compreendê-lo, explicá-lo, estabelecer relações causais, permitindo um maior controlo e adaptação ao mesmo. Em causa está também a nossa capacidade de aprender.

No entanto, esta inteligência de que somos dotados não é linear e depende de muitos mecanismos associados. Nomeadamente, o "cérebro emocional" está intimamente ligado à motivação e estabelecimento de prioridades ao nível dessas mesmas aprendizagens. Tem sobretudo uma função de sobrevivência, agindo de forma muito mais rápida e automática do que o córtex pré-frontal, onde as informações são processadas racional e calmamente. Por exemplo, se algo de perigoso estiver para acontecer (ex. atropelamento eminente!) é o cérebro emocional que nos faz reagir rapidamente de forma a retomarmos a segurança. 

Na patologia, o que acontece é, por assim dizer, uma sobre-aprendizagem (envolvendo uma hiper-sensibilidade) relativamente a acontecimentos identificados como "perigosos" (porque vividos com muito medo, stress, sofrimento). Assim como no sistema imunitário (ex. das vacinas), criam-se muitos "anti-corpos" contra determinadas experiências vivenciadas no passado como muito stressantes. Ou seja, procura evitar-se a todo custo certos estímulos (evitação, fobia, medo, pânico...), constroem-se defesas de todos os tipos (insensibilidade, desistência, ataque, distorções da realidade, etc.). 

O problema da patologia está precisamente na função de sobrevivência que estas "aprendizagens emocionais" têm e que por isso mesmo são muito difíceis de as desconstruir porque se sobrepõem automaticamente à nossa inteligência mais racional e fria.

Na psicoterapia o que, justamente, se procura pôr em marcha é o poder que a mente tem de influenciar estas aprendizagens "viscerais" através do "cérebro racional" (córtex pré-frontal). A psicoterapia psicanalítica, através da associação de ideias, pretende compreender, com a ajuda da relação terapêutica, a origem e disseminação destas memórias, avivando-as e trabalhando-as. A psicoterapia EMDR, por exemplo, pretende fazer algo de semelhante, apesar de não ser tão exploratória; é mais focada e directiva, beneficiando, por outro lado, da estimulação alternada dos dois hemisférios (e dos dois cérebros - "emocional" e "racional") o que acelera a comunicação de informação e integração de conhecimentos.

Em todo caso, em ambas as terapias referidas, existe um denominador comum: acede-se ao poder da mente para voltar a "viver" as experiências emocionalmente negativas no sentido de as ultrapassar com a ajuda da relação terapêutica securizante e compreensiva.

É este um dos grandes poderes da mente: capaz de nos fazer viver fora do presente (podendo mesmo levar-nos à loucura!), possui também a capacidade de não precisar de ir literalmente ao passado com uma máquina do tempo, mas sim através da nossa mente, das nossas memórias. A nossa capacidade para simular a realidade, para imaginar, lembrar, criar mentalmente, permite-nos (ao contrário dos outros animais) enfrentar realidades, perigos, pessoas e até de viajarmos no tempo, sem sairmos de uma cadeira. A psicoterapia permite, deste modo, ajudar a enfrentar e ultrapassar os nossos maiores receios sem que seja preciso vivê-los, outra vez, na realidade. É este o poder da mente! 

quarta-feira, setembro 07, 2011

A ARTE TEM MUITAS FACES

A viagem de sonho do pequeno barco. Divirtam-se.

http://www.likecool.com/Little_Boat--Video--Gear.html

domingo, agosto 28, 2011

LIÇÕES DE VIDA

Agora que Steve Jobs se demitiu de CEO da Apple por razoes de saúde, mais uma razao para se ouvir e ver de novo este video de 2005, em que ele fala das "lições da vida", num duscurso numa cerimonia de doutoramento honoris causa.
Um cancro no pancreas, um transplante de figado... Este homem, que foi entregue para adopção, é uma força da natureza. Dizem que tem mau feitio. É possivel...

http://www.youtube.com/watch?v=UF8uR6Z6KLc&feature=youtube_gdata_player

segunda-feira, agosto 15, 2011

HÁ QUEM GOSTE DE MAR E DE CAMPO

S. Miguel, Açores

AINDA A PROPÓSITO DA LIDERANÇA ( OU DA FALTA DELA)


Já encomendei. Ao contrario do q o titulo dá (talvez) a entender a tese dele é q tempos de crise exigem lideres com uma historia pessoal q lhes permita um golpe de asa. A mim a Frau Merkel, por ex, parece-me a normopata típica. Podia ser contabilista, por ex - sem desprimor para os contabilistas, pessoas q tb sao necessárias - mas para líder da maior economia europeia...

SAÚDE MENTAL E LIDERANÇA EM TEMPOS DE CRISE


O psiquiatra Nassir Ghaemi tem vindo a estudar as capacidades dos líderes e a sua história individual no q respeita a depressoes, alteraçoes de humor, etc. Nem sempre o q parece é. E pode ser q em tempos de crise uma "normalidade" muito normal não seja a melhor receita. 
Ainda não li o livro dele, mas aqui fica o link para o blog do Dr. Ghaemi.

http://www.psychologytoday.com/blog/mood-swings/201108/first-rate-madness

segunda-feira, agosto 08, 2011

PARECE O APOCALIPSE

Há dias assim. Este fim de semana, e a segunda também, foram invadidos por um pânico generalizado a quase todo o mundo, com as bolsas aos trambolhões, pondo em causa as poupanças de milhões de pessoas. Nem o Brasil escapou, com a bolsa de S Paulo a registar hoje uma queda superior a 8%!
Em Londres, e agora tb noutras cidades de Inglaterra, hordas de encapuçados destroem e deitam fogo a casas, lojas, carros, destruindo tb eles o resultado do trabalho de muitas pessoas, alguns seus vizinhos, quem sabe se pais de colegas de escola.
Lembram-se dos quatro cavaleiros do Apocalipse? Eles agora são o desemprego, a pobreza, a violência e a doença.
Alguma coisa está mal. Talvez seja altura de parar para pensar.

quinta-feira, agosto 04, 2011

"Como é que falar do passado pode ajudar no presente?!"

Esta é uma das questões mais colocadas pelas pessoas em psicoterapia, sobretudo nas abordagens de cariz psicanalítico (ou dinâmico). É realmente uma pergunta muito pertinente e central para compreender como se opera a transformação emocional e modificação do comportamento!

Uma abordagem a esta questão pode ser tentar perceber melhor o que é o "passado". Neste sentido podemos distinguir sobretudo 2 "passados": um que foi plenamente vivido e está arrumado lá atrás (no passado cronológico), e outro que não foi plenamente vivido e resolvido e que continua activo e a influenciar o presente - é o "passado-presente", chamemos-lhe assim. Este "passado-presente" não é pois verdadeiramente passado porque, na verdade continua a manifestar-se, quer conscientemente, em primeiro plano na nossa percepção, quer mais ou menos inconscientemente (activo em segundo plano como um "programa de computador a correr por trás").

Falar deste "passado-presente" é, em última análise, falar do presente, do presente condicionado pelo passado, do presente repetitivo e não actualizado. Simplesmente, este presente condicionado dificilmente se compreende e se ultrapassa se não for abordado na sua origem, ou seja, falando do passado onde as reacções e atitudes que, no presente podem não ser adequadas, outrora tiveram a sua função e pertinência...