Procura de sensações é o “traço” que descreve a tendência para procurar sensações novas, variadas, complexas e intensas, e a vontade de aceitar os riscos que podem acarretar. (Zuckerman, 1994)
Quantos de nós vivemos na ânsia de algo novo, intenso e satisfatório?
É interessante ver como os desportos radicais vão no sentido de fornecer essas sensações novas, variadas, complexas e intensas.
Mas na verdade o que procuram as pessoas?
Será que procuram simplesmente descargas de adrenalina?
Ou será que procuram viver o momento sem ter a habitual corrente de pensamentos automáticos que por vezes tanto nos perturba?
No fundo quem pratica desportos de alto risco tem que “está lá” na sua totalidade, senão corre o risco de se desconcentrar… com tudo o que isso pode acarretar para o praticante.
As palavras de António Variações descrevem bem o oposto quando só queremos estar onde não estamos, só queremos ir onde não fomos!
Será que a nossa procura de sensações não “apenas” querer um estado “zen” onde estamos centrados no local e na acção do momento?
Quantos de nós vivemos na ânsia de algo novo, intenso e satisfatório?
É interessante ver como os desportos radicais vão no sentido de fornecer essas sensações novas, variadas, complexas e intensas.
Mas na verdade o que procuram as pessoas?
Será que procuram simplesmente descargas de adrenalina?
Ou será que procuram viver o momento sem ter a habitual corrente de pensamentos automáticos que por vezes tanto nos perturba?
No fundo quem pratica desportos de alto risco tem que “está lá” na sua totalidade, senão corre o risco de se desconcentrar… com tudo o que isso pode acarretar para o praticante.
As palavras de António Variações descrevem bem o oposto quando só queremos estar onde não estamos, só queremos ir onde não fomos!
Será que a nossa procura de sensações não “apenas” querer um estado “zen” onde estamos centrados no local e na acção do momento?
8 comentários:
Nunca pratiquei desportos radicais (nem me parece que algum dia o venha a fazer) mas pratiquei durante alguns anos (interrompidos à outros tantos) e “apaixonadamente” sky de neve.
Posso afirmar convictamente que foram as férias que mais me souberam SEMPRE a férias, exactamente no sentido da alienação de tudo o resto e na focalização da actividade em si, da concentração e ao mesmo tempo da sensação de liberdade. Mas sobretudo de um enorme prazer, à medida que ia dominando a descida das pistas com mais segurança e maior velocidade.
Fiquei com saudades!
... e anseio lá voltar!
Eu acho que sim. É que estas "peak experiences" (Maslow) fazem com que nos sintamos em uníssono com a realidade e a tarefa.
Para mim são altamente viciantes, é o que eu entendo por "transcender".
Olá Teresa!
Partilho inteiramente a sua descrição das sensações do Sky de neve.
Mas devo dizer que o Sky de neve foi dos primeiros despostos radicais... talvés por ser dos primeiros já não lhe chamem radical!!
Olá Jorge!
De facto estar "in the Zone" é do melhor... é 100% natural e é legal.
Ao contrário do que dizem, que tudo o que é bom, ou é imoral, ou ilegal... ou então engorda!!
Saudações e obrigado pelos comentários
Caro Pedro,
Tornei-me ex-jogador de Rugby aos 22 anos por causa de uma lesão na coluna e hoje aos 39 gosto muito de caça submarina (é mais mergulho do que andar a aborrecer os peixes com a minha falta de pontaria), faço BTT, perco-me frequentemente nas serras Lusitanas por teimosia (caminhadas sem auxilio de GPS), subo e desco por cordas naquilo a que se chama de escalada, gosto de me ausentar do reboliço das cidades fazendo bivaque longe da civilização e mesmo assim não me acho radical. Se quiser aceitar a minha explicação quando ando neste desassossego é “apenas” na procura de um estado “zen” onde estou centrados na acção do momento - como quando faço meditação!
Viva Miguel!
Gosto do seu percurso desportivo, mas gosto ainda mais do estado "zen" que retira da meditação. (que eu ás vezes também tento fazer)
Afinal a meditação acaba por ser um estado de atenção ao interior e ao exterior... o problema é a maioria das pessoas está totalmente virada para o exeterior!
Obrigado pelo comentário!
Viva Pedro,
Há um post aqui, do João Guerreiro que diz "...Contudo é justamente a prevalecente ideologia do sucesso e da eficiência que impede a muitos indivíduos o acesso ao próprio Eu; sendo que a adaptação às normas sociais, induzida pela pressão educacional atrofia a vitalidade, a criatividade e a capacidade de amar. Tamanha perda gera dependência e submissão...". Este fim de semana estive nos Picos da Europa, no norte de Espanha, a fazer bivaque "a solo", ie, eu na companhia de mim mesmo, rodeado pelos Bosques selvagens e intocados que existem nesta reserva natural da região da Cantábria. Quando confrontados com força da natureza e as gentes que nesta região são puros e nada "civilizados", pouco nos serve os "exeteriores", para garatirmos o nosso regresso à civilização. Radical é estar perante uma mãe javali a proteger os seus 4 bácoros e as únicas "paixões" ou sensações que existem naquele momento são: ou "alguém desiste" do confronto ou nenhum dos dois (a mãe Javali e eu) sai dali em bom estado - a mãe Javali hesitou, desistiu e fugiu atrás dos seus bácoros; passei o resto da tarde em estado Zen, dentro de um lago quase gelado que uma cascata com mais 30 metros de altura, construiu nos últimos séculos - nunca senti frio e mesmo assim suava... Hoje voltei à gravata!
Cumprimentos,
Miguel Fabiana
Caro Pedro,
Pretendo clarificar o meu último comentário. Quando escrevi "exeteriores" foi pensando que o Pedro quando se referia a exeterior estava a conceptualizar uma espécie de (corpo) exo-esqueleto-do-Ser e não como um erro de teclado (exeterior em vez de exterior). Quando escreveu "exeterior" em vez de "exterior", a que se referia o Pedro?
Viva Miguel!
Está bem visto o erro de escrita. Em vez de exeterior , deveria estar exterior.
Em caso de dúvida em respostas posteriores pode assumir um erro de escrita da minha parte... a pressa e a dislexia são responsáveis por isso.
Saudações
Pedro
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