Partilho convosco uma nova tendência em Londres: o clube de adolescentes – Underage Club (clube para menores de idade), em que maiores de 18 anos não entram, e que funciona durante a tarde. A ideia surgiu de um adolescente de 15 anos – Sam Kilcoyne, cansado de não conseguir entrar em clubes para assistir a concertos, por ser menor de idade. Quem toca no Underage são bandas de adolescentes, não são servidas bebidas alcoólicas, apenas refrigerantes e os pais poderão transportar os instrumentos mas ficarão à porta!
O sucesso do clube e das bandas levou a que se organizasse um festival de música que foi realizado há duas semanas em Londres. Foram mais de 5 mil adolescentes que assistiram e apesar da insistência de alguns pais para acompanharem os filhos, foram obrigados a esperar do lado de fora do espectáculo.
Esta iniciativa vai ao encontro dos discursos dos adolescentes ao referirem a importância do espaço privado, onde adulto não entra!, da música enquanto modelador de afectos e das identificações ao grupo. Mas aumenta também os receios de alguns pais… que referem “sexo, drogas e rock’n’roll”…, temas muito discutidos nas terapias familiares com adolescentes.
O que acham? Está aberta a discussão!
O sucesso do clube e das bandas levou a que se organizasse um festival de música que foi realizado há duas semanas em Londres. Foram mais de 5 mil adolescentes que assistiram e apesar da insistência de alguns pais para acompanharem os filhos, foram obrigados a esperar do lado de fora do espectáculo.
Esta iniciativa vai ao encontro dos discursos dos adolescentes ao referirem a importância do espaço privado, onde adulto não entra!, da música enquanto modelador de afectos e das identificações ao grupo. Mas aumenta também os receios de alguns pais… que referem “sexo, drogas e rock’n’roll”…, temas muito discutidos nas terapias familiares com adolescentes.
O que acham? Está aberta a discussão!
2 comentários:
Considero que a ideia transmite o ideal de muitos adolescentes, e de várias gerações, não apenas de agora. No entanto, acredito no "tudo a seu tempo" e penso que os adolescentes aprenderão mais se tiverem de conquistar o direito a sair à noite, o que muitas vezes implica o esperar por determinada idade, pois com ela vêm também outras fases de desenvolvimento que lhe permitem lidar com as situações que o sair à noite implica. No entanto, neste caso, sendo à tarde e sem bebidas alcoólicas, acaba por se tratar de uma festa de anos sem aniversariante, e sem 'vigilantes'. É discutível... Ainda assim, quando puderem sair mesmo à noite com direito a bebidas alcoólicas, por exemplo, talvez não apreciem essas saídas pelo que elas têm de positivo ao nível de interacção social, pois já têm acesso a esses programas há mais tempo, mas pelo que trazem de diferente: o dormir menos nessa noite, as bebidas alcoólicas e até drogas mais disponíveis.
Acho muito bem. Na adolescência tem de se dar "aquela" separação dos pais.
Quem de nós precisa da companhia dos pais para sair à noite, para ir a um concerto ou à discoteca...? Pois, não precisamos.
É esta a conquista dos adolescentes.
Mas é importante a disponibilidade e o amparo dos pais como uma "rede" para o caso deles cairem da corda.
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