segunda-feira, dezembro 17, 2007

medo

O medo de voltar a sentir o medo que não se pode dizer nem chorar nem falar, nem lágrimas, nem palavras de dizer.
A guerra onde tudo se pode perder. Violência de mortes morridas muitas vezes.
O mundo acaba. Acaba sempre que pontes ficam sem lados norte e sul de pontes.
Momentos em que o medo e a raiva e o medo e a raiva, e a fúria, de gritar e não poder.E não saber e não poder.
O mundo acaba ali. De cada vez que a vez era uma vez de ser agora.
E nessa vez de fim de mundo - que só pode haver uma, mas muitas a prenunciavam - e de noite, num frio que é choro sozinho, de ninguém poder ouvir, uma mão fechada, outra mão fechada, pede e chora e pede e sente que tudo tem que ser mais.
E pede e chora e sente, que alguma coisa, alguém, surja e..... medo, silêncio, a noite que é a hora que os olhos cegam de tanto sentir dor, e pede e chora e sente, e fala todas as línguas que são línguas do mundo mas ninguém ouve, ninguém pode ouvir.
É silêncio de que se fala. É silêncio de ninguém vir, nem ver, nem nada.
O choro e o silêncio que pede.
E o olhar muito aberto na noite, que escurece mais ainda o que sempre será.
Vem, venham.

1 comentário:

Rosa Silvestre disse...

Desejos de um Natal Feliz e um Ano de 2008 ainda melhor!