Investigadores americanos
estão a tentar definir critérios para o isolamento, caracterização e
diagnóstico para uma nova patologia: hiper-sexualidade. A problemática em si
não é nova, antes pelo contrário. Na prática, é mais uma perturbação da
dependência – neste caso tendo por objeto a atividade sexual – que estes
cientistas pretendem operacionalizar de forma mais sistemática. Para tal
propõem uma lista de sintomas “típicos” que se baseiam em 3 principais eixos:
1. Durante um periodo de pelo menos 6 meses, experieciar
fantasias sexuais recorrentes e intensas, de pulsões e de comportamentos
sexuais em associação com, pelo menos 4 a 5 dos seguintes critérios:
a.
Demasiado tempo consagrado a estas fantasias e toda uma
organização e planificação de comportamentos sexuais,
b.
Um envolvimento repetitivo nestas fantasias sexuais como
resposta a perturbações do humor como ansiedade, depressão, aborrecimento e
irritabilidade, ou em resposta a situações stressantes da vida,
c.
Esforços repetidos mas infrutuosos para controlar ou reduzir
de maneira significativa estas fantasias, pulsões e comportamentos sexuais,
d.
Um envolvimento netses comportamentos sexuais sem ter em
conta o risco das consequências físicas ou afetivas para si mesmo e para os
outros.
2. Um diagnóstico clínico de perturbação
significativa do funcionamento pessoal, social ou profissional associado a
estas fantasias, pulsões e comportamentos sexuais.
3. Estas fantasias,
pulsões e comportamentos não estão
associados a efeitos fisiológicos diretos de substâncias externas.
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