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segunda-feira, julho 27, 2015

Afastar a consciência do sofrimento e a recusa de ajuda


Por vezes há problemas dos quais nem sempre temos consciência, mas que acabam por surgir em determinadas situações, como por exemplo sob stress ou nas relações amorosas.
 
Desenvolvemos algumas vezes grandes capacidades de autossuficiência em torno desses problemas e acreditamos que podemos perfeitamente tomar cuidar de nós e prescindir de um outro exterior que desempenhe esse papel para connosco.

Apesar de sermos muito capazes de lidar com as responsabilidades do dia-a-dia, e mesmo de atingir o
sucesso, o mal estar está lá... Como se não conseguíssemos descansar verdadeiramente.

Lado a lado com a autossuficiência e competência, e independentemente de a grande rede de amizades que possamos ter ou pensar ter, temos por vezes muito pouca experiência de nos entregarmos verdadeiramente aos outros. Assim, fica também interdita a experiência da verdadeira intimidade e cumplicidade, que nos preenchem genuinamente.

Assim, permanecemos sós, trancados em nós mesmos, sem conseguirmos esse tão almejado descanso. Porque é apenas na entrega genuína que conseguimos crescer, integrar-nos e amadurecer.

Podemos ainda procurar ajuda e conselhos de amigos, mas sentimos que de nada servem, e ás vezes acabamos mesmo por sentir que estamos a incomodar ou que os outros se frustram e perdem a paciência connosco.

Por vezes procuramos a ajuda do psicólogo para nos apoiarmos nele e reforçar um "Eu-prótese", autossuficiente, precisamente para não fazermos um processo de verdadeira entrega. Como por exemplo a procura do psicólogo no intuito de receber soluções ou respostas "faça você mesmo". Muitas vezes a resposta é mesmo a psicoterapia, mas num primeiro momento falta a capacidade de entrega, e o sentimento que surge na pessoa é o de não estar a conseguir (receber) nada da psicoterapia. Porque na verdade, o paciente não pode (não consegue) ainda receber... Não pode ainda entregar-se. Ainda que precise e o queira desesperadamente.

Por vezes a dor e o sofrimento emocional e mental está profundamente inacessível, por debaixo de um "Eu-de-cobertura" que precisa num primeiro momento ser devidamente consciencializado e trabalhado. Lá por detrás está muitas vezes um "Eu" profundamente fragilizado, repleto de sentimentos de incapacidade, inutilidade e incompetência, que precisa ser entendido, cuidado, reparado e ajudado a desenvolver-se.

sábado, julho 25, 2015

||Perturbações de Personalidade|| - Personalidade Paranóide



perturbação paranóide de personalidade pode ser considerada das mais graves perturbações de personalidade. Podem existir pessoas com personalidades paranóides que apresentem um alto nível de funcionamento social, contudo raramente procuram ajuda devido ao enorme problema em torno da capacidade de confiar.

A psicologia paranóide caracteriza-se por afetos, impulsos e ideias internamente intoleráveis, sujeitos a dissociação e atribuídos às outras pessoas, cuja presença ou imagem passa então a suscitar sentimentos de medo e/ou de indignação.

Quando a hostilidade é projetada, a fantasia paranóide é a de se ser perseguido(a) por outros hostis. No caso da dependência projetada, a fantasia será a de alguém ter deliberadamente tornado a própria pessoa dependente, de forma humilhante. No caso da projeção da atração, surge a convicção paranóide de que outros têm intenções sexuais em relação à própria pessoa (erotomania) ou em relação às pessoas a quem a própria pessoa está vinculada (delírio de ciúmes). Outros afetos dolorosos podem também ser projetados, tais como o ódio, a inveja, a vergonha, o desprezo, o nojo, ou o medo.

As histórias de vida das pessoas que sofrem de perturbações paranóides de personalidade estão marcadas por sentimentos de vergonha e situações de humilhação. Assim, a expetativa social destas pessoas é a de serem humilhadas pelos demais, pelo que podem elas mesmo passar ao ataque sem qualquer provocação aparente, de modo a se livrarem da agonia da espera pelo ataque inevitável do exterior. Esta mesma expetativa é responsável pelas atitudes de suspeita e hipervigilância que caracterizam as perturbações paranóides. Infelizmente a atitude tende também a evocar as tão receadas respostas de humilhação. 

O poder, nomeadamente o poder persecutório dos demais ou o poder megalómano do próprio, é o tema que motiva toda a organização defensiva da personalidade paranóide. Alguns relatórios clínicos sugerem também que as pessoas que sofrem de personalidade paranóide ao longo dos anos formativos sentiram um dos progenitores enquanto sedutor ou manipulativo. Assim, estas permanencem ao longo da vida alerta para o perigo de serem exploradas de formas sedutoras pelo terapeuta ou por outras pessoas.

Há portanto um conflito interno intenso nas personalidades paranóides, nomeadamente entre o pânico quando estão sozinhas - o medo de serem feridas por um ataque inesperado e/ou o medo de que as suas fantasias destrutivas firam ou já tenham ferido os demais) - e a ansiedade quando em relações - o medo de serem usados e destruídos pelas intenções ocultas dos outros.

As pessoas com perturbações paranóides tendem a ter problema em perceber a diferença entre os seus pensamentos e as suas ações, um problema possivelmente reforçado durante os primeiros anos de vida aquando de atitudes de crítica ou humilhação dirigidas nomeadamente às atitudes da criança em vez de dirigidas aos comportamentos.

Preocupação/tensão central: Atacar/ser atacado por outros que procuram humilhar
Afetos centrais: Medo, raiva, vergonha, desprezo
Crença patogénica característica sobre si próprio(a): O ódio, a agressão e a dependência são perigosos
Crença patogénica sobre os outros: O mundo está cheio de potenciais agressores e de pessoas que usam os demais

segunda-feira, julho 20, 2015

Algumas orientações práticas sobre o funcionamento da psicoterapia psicanalítica



O papel de um psicoterapeuta é ajudar quem o procura a lidar com as suas emoções mais difíceis e a organizar o pensamento, sempre no sentido de se encontrarem conjuntamente formas mais adaptativas de lidar com as dificuldades pessoais, reduzir angústias e insatisfações nas diferentes áreas da vida, e promover a autonomia.

O psicoterapeuta respeita e promove a autonomia e a identidade individuais e procura ajudar a própria pessoa a encontrar dentro de si as respostas que procura para os problemas que a afligem, que comprometem as suas relações e os seus objetivos de vida. 

À medida que o "falar" se desenrola em sessão o psicoterapeuta constrói e aplica intervenções que procuram conter a ansiedade e transforma-la em coisas positivas; pôr a pessoa a pensar; oferecer novos pontos de vista; identificar padrões de funcionamento por detrás de dificuldades pessoais e relacionais; construir uma "aliança terapêutica"; ajudar na regulação das emoções e da autoestima; trabalhar resistências internas, etc..

O psicoterapeuta é alguém com vastos conhecimentos, experiência pessoal e experiência clínica na área do desenvolvimento psicológico e da personalidade, normal e patológico, e das funções e princípios mentais universais (por exemplo, o facto da mente não ter capacidade para se curar sozinha dos efeitos de situações traumáticas ou particularmente adversas, sobretudo quando acontecem durante a infância, o que tende a resultar na formação de sintomas e psicopatologia ao longo da vida). É especialista no entendimento do porquê o ser humano sofre, como muda e em que circunstâncias.

É com estas ferramentas que o psicoterapeuta trabalha ao nível da reabilitação e/ou construção de recursos internos que permitem romper amarras e quebrar circunstâncias internas (e de vida) aprisionantes que tornam a vida mais difícil de ser vivida.

-- Qual o papel do paciente? --

Falar livremente

Quanto mais livremente conseguir falar das suas preocupações ou daquilo que lhe vai surgindo durante a sessão, melhor. Pode falar sobre as suas preocupações, pensamentos, sentimentos, angustias, medos, desejos, necessidades, ideias, valores, etc, tudo o que achar importante. Se à medida que fala lhe surgirem, por exemplo, outras ideias em paralelo, determinadas emoções, alguma memória ou flash, procure falar sobre isso, ainda que lhe pareçam aspetos estranhos, desadequados ou irrelevantes no momento.

Poder falar da dificuldade em falar

Se sentir dificuldade em falar sobre algo específico pode tentar falar sobre essa dificuldade específica, de modo a que você e o seu psicoterapeuta se possam debruçar sobre essa mesma dificuldade, bem como o que se encontra por detrás da mesma.

Falar sobre os sonhos

Caso dê consigo sem nada para dizer, pode tentar falar dos seus sonhos. Os sonhos são recursos precisos que nos dão informações importantíssimas e profundas sobre nós, muitas vezes quando sentimos que nada se está a passar ao nível consciente.

Falar sobre o que se passa na psicoterapia e em relação ao psicoterapeuta

Tanto ou mais importante que falar das suas preocupações é poder falar abertamente do que vai sentindo em relação à psicoterapia e em relação ao próprio psicoterapeuta. É importante falar sobre algum aspeto que lhe causa incómodo no consultório onde decorre a sessão, ou, por exemplo, sobre um eventual (repentino ou gradual) sentimento de que há algo no terapeuta, a sua forma de estar, a sua forma de olhar ou o seu tom de voz, por exemplo, que parece ser igual a alguém próximo de si ou que marcou o seu passado, como por exemplo, o seu pai. Poder falar sobre estes paralelos é fundamental.

quinta-feira, julho 16, 2015

Caminhos


Hajam vestes de coragem e ponderação que nos acomodem à aventura do finito, e à inspiração do infinito...

Haja serenidade e robustez que nos protejam do resvalar frenético para caminhos amplos e sem estrada, como os que a mania impõe...

Haja criatividade, poço de potencial inesgotável e de possibilidades intermináveis...

Haja intimidade e humildade, abraço e comunhão com a nossa mais profunda essência, força de união e ligação coletiva, que nos transforma e nos reforça profundamente enquanto seres humanos...

Haja cumplicidade e ternura, pois assim nos mantemos luz e farol em nós mesmos, resplandecentes, assim como os astros que conduzem a atenção de quem olha e contempla o céu noturno.

Haja fé no infinito, no sonho e no potencial daquilo que não é, mas poderá vir a ser.

Haja esperança e que a mesma nos acompanhe por entre momentos de desafio e caminhos periclitantes. Que se reavive vigorosamente aquando da sombra tenaz que procura engolfar as memórias que alimentam o sonho.

Haja sempre amor, força motriz do nosso espírito e fulgor da nossa existência.

segunda-feira, julho 13, 2015

Acne: Impacto e Significação


Em Ford é uma rapariga londrina de vinte e poucos anos que desistiu da carreira de modelo aos 20 anos de idade pois detestava a indústria. Atualmente Em dedica-se à produção criativa de filmes.

Um dos seus filmes recentemente atingiu mais de 11 milhões de visualizações. O filme visou enfatizar como a indústria da moda instiga expetativas de beleza irrealistas quer para mulheres, quer para homens.

O tema do filme foca o problema da acne e o impacto que o problema pode ter ao nível da autoestima. Ao longo dos meses Em recebeu milhares de mensagens de pessoas de todo o mundo que sofrem de acne e problemas relacionados com autoestima e autoimagem.



Durante a adolescência a autoimagem é um aspeto crítico da vida psíquica e social. A puberdade despoleta toda uma revolução psíquica que abre portas a novas preocupações e ansiedades. As mudanças hormonais suscitam novas curiosidades, o corpo muda e as relações entre pares ganham relevância. Emerge então todo um jogo complexo entre, por um lado, a imagem do nosso corpo e como nos sentimos dentro dele, e, por outro lado, as nossas relações sociais e a nossa autoestima.

A acne pode de facto prejudicar a nossa autoestima quando se trata de um problema persistente e relativamente marcante. O mesmo para a obesidade, por exemplo, ou condições físicas mais raras que surjam por exemplo durante a adolescência (e não só) onde a relação entre corpo, relações sociais e autoestima é tão importante.

Todavia a vivência do problema de acne pode ser exacerbada por outros problemas psicológicos de fundo. Enfrentar um problema de acne a partir de uma sólida autoestima é muito diferente da experiência, muitas vezes de desespero, de alguém cuja bases internas de regulação da autoestima são mais frágeis. O foco incisivo e a angústia ligada ao problema de acne serão bem maiores no segundo caso. Em casos extremos a pessoa pode mesmo acreditar que está deformada ou sofre de uma deformação, como é o caso da dismorfofobia.

Problemas de pele ou de imagem corporal que recaiam em cima de uma imagem de nós fragilizada, incompleta, inexistente, confusa, fragmentada, deformada, ou engrandecida/idealizada, são tendencialmente vividos com bastante mais ansiedade. No caso da acne é de considerar ainda o papel da ansiedade no agravamento do problema, o que nos leva facilmente a conceber cenários de angústia e preocupações ansiosas persistentes, à medida que o problema persiste, ou mesmo, agrava.

Outras vezes uma preocupação intensa com um problema de acne (ou outras condições físicas) pode mesmo condensar nela outras preocupações menos óbvias ou conscientes, preocupações e ansiedades que talvez nunca tenham podido ser pensadas. Neste caso estas angústias acabam muitas vezes por incrementar a dimensão do problema para além daquela que lhe é devida. Na adolescência em particular, tal como acima descrito, a acne é um problema particularmente sensível, já que se interliga com problemáticas e aspetos do desenvolvimento pessoal e social muito importantes.

Quando os meios de comunicação social visam provover constantemente ideias de beleza inatingíveis, o efeito psicológico que acabam por exercer em muitas pessoas alberga um pontencial elevado de destabilização emocional. É um problema tanto mais sério quanto mais fragilizada a autoestima de uma dada pessoa. Muitas vezes uma autoestima fragilizada tem raiz na imposição precoce (da família) de ideais (irrealistas ou desconsiderativas das capacidades reais da criança) que devem ser atingidos a cada etapa da vida. Na ausência de um ambiente familiar afetivo, paciente, compreensivo e apoiante, esses objetivos são muitas vezes sentidos pelas crianças como fundamentais para o sentimento de valor pessoal, bem como para poderem merecer a validação, a apreciação e o amor dos demais, do qual estão tão ávidos.

Referência:

quarta-feira, julho 08, 2015

Honestidade e Confiança


A honestidade é a pedra basilar de uma relação saudável, tanto mais quando falamos em relações
consolidadas pela confiança.

A confiança constrói-se com base na honestidade, e deteriora na presença da desonestidade. A confiança pode ser quebrada e mesmo traída, contudo, desde que certas situações possam ser discutidas abertamente e com honestidade, a confiança pode, em muitas circunstâncias, ser restabelecida.

Honestidade não significa revelarmos tudo o que pensamos e sentimos a alguém, mesmo o nosso companheiro ou companheira. Podemos sempre optar por manter algo confidencial porque prometemos a alguém que o faríamos, ou porque não nos sentimos confortáveis em partilhar a informação, ou apenas porque queremos guarda-la para nós próprios.

Podemos até ser vagos caso não queiramos responder a perguntas detalhadas de alguém. Mas é muito importante não mentir sobre um determinado assunto. Podemos até dizer "Essa informação foi-me transmitida em confidência, portanto não pode ser partilhada." É preferível reter informação que dar informação imprecisa.

Por vezes a atitude de retenção de informação pode mesmo informar a outra parte sobre assuntos que não queremos discutir, ao passo que dar informações erradas pode facilmente gerar confusão e algumas vezes induzir um sentimento de incómodo e inquietude por não termos recebido a verdade sobre determinada situação. Quando mentimos (ou intencionamos mentir) a nossa ansiedade tende a aumentar, pelo que as nossas atitudes e comportamentos também se alteram. Existem um sem número de sinais que emitimos e percebemos nos outros quando proferimos ou recebemos uma falsa informação. Ainda que clinicamente existam quadros psicopatológicos que podem facilmente levar a um incómodo e a uma inquietude desadequada, de um modo geral a nossa sensibilidade, os ritmos das nossas relações, o conhecimento aprofundado sobre a outra pessoa e também a nossa própria experiência de vida tendem a ser indicadores fiéis e não patológicos que acabam por nos dizer quando algo não está bem.

As pessoas geralmente confiam na honestidade alheia, até ao momento em que descobrem atitudes desonestas. Após essa violação, torna-se muito difícil saber quando a outra pessoa voltara à ser desonesta, o que acaba por ser uma realidade prejudicial para qualquer relação, e uma golpe nas relações que é difícil de reparar.

É normal cometermos erros ao longo da vida, sentirmo-nos envergonhados ou com receio de magoar outras pessoas. É adequado sermos capazes de falar das nossas intenções e de como eventualmente não fomos capazes de as cumprir, ou de como certas situações contribuíram para uma mudança de intenções. Isso não é desonestidade. Podermos ser abertos e discutir questões mais sensíveis é uma atitude que protege os interesses da outra pessoa e mantêm o respeito por ela e pela relação com ela.

A verdade é de tal ordem importante para nós que uma das linhas orientadoras de uma das mais proeminentes correntes da psicologia psicanalítica postula que a verdade é o alimento da mente e a mentira (e os seus derivados) é tóxica para a mente.

Nós, seres humanos, somos de facto muitas vezes capazes de discriminar quando alguém está a ser desonesto connosco, quando existe algo que não nos está a ser dito, ou quando alguém procura convencer-nos de algo e/ou convencer-se a si mesmo(a) da sua eficácia em convencer. Ficam algumas dicas dos especialistas em comportamentos que, de um modo geral, nos remetem para a possibilidade de estarmos perante alguma desonestidade:

- Alteração brusca do comportamento e da voz (em relação ao padrão habitual) 
- Tendência à referência indireta ao próprio, ou na terceira pessoa, evitando ou restringindo o uso do pronome pessoal "Eu" 
- Ter resposta preparada para tudo, o que advém de um discurso pré-preparado que se torna fácil de perceber pois se afasta de um discurso habitual e espontâneo 
- Sinais de inquietude e/ou realização de ações repetitivas e aleatórias, aparentemente desnecessárias (limpar, sentar e levantar, etc.) 
- Proclamar repetidamente a honestidade: "Para dizer a verdade..."; "Sendo perfeitamente honesto(a)..." 


Outros sinais incluem ainda:

- Mudança rápida da posição da cabeça 
- Alteração na respiração 
- Permanecer muito quieto(a) 
- Repetição de palavras e frases 
- Discurso demasiado informativo 
- Toque ou cobertura da boca 
- Proteção instintiva de partes do corpo mais vulneráveis 
- Breve deslizar dos sapatos no chão 
- Dificuldade em falar 
- Olhar fixamente sem pestanejar 
- Tendência a apontar com o dedo