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segunda-feira, abril 28, 2014

Quando levar o seu filho ao psicólogo?







Se para os adultos é muitas vezes difícil perceber que chegou a hora de pedir ajuda, no caso das crianças e dos adolescentes mais difícil se torna. Deixo aqui alguns aspetos que podem indiciar que a criança ou o adolescente está com dificuldades ou em sofrimento e que necessita da intervenção de um psicólogo infantil:





  • ·         Raiva ou Agressividade excessivas;
    ·         Ansiedade ou Medo excessivos;
    ·         Episódios frequentes de tristeza evidente e choro fácil;
    ·         Isolamento e dificuldades relacionais;
    ·         Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas e entusiasmantes;
    ·         Queixas somáticas (dor de cabeça, dor de barriga, vómitos, indisposição), sem causa médica;
    ·         Quebra de rendimento escolar;
    ·         Dificuldades escolares;
    ·         Dificuldade em estar atento;
    ·         Agitação ou apatia;
    ·         Alterações repentinas no sono: Insónia ou, pelo contrário, sono excessivo, pesadelos;
    ·         Alterações do comportamento alimentar: aumento ou perda de apetite, recusa em comer;
    ·         Oscilações bruscas do humor;
    ·         Atraso na linguagem;
    ·         Problemas de comportamento;
    ·         Vítimas ou Agressores de bullying;
    ·         Birras excessivas e difíceis de gerir;
    ·         Dificuldade no controlo de esfíncteres;
    ·         Sinais de consumo de substâncias (álcool, drogas);
    ·         Situações de divórcio, adoção e luto;
    ·         Situações de doença crónica;
    ·         Abuso sexual, físico ou emocional ou outros eventos traumáticos;

Se em alguns casos a criança pode revelar sinais desde muito cedo, na maioria das situações existe uma alteração evidente relativamente ao funcionamento anterior.



Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta
Responsável pelo Departamento de Infância

quinta-feira, fevereiro 20, 2014

SEXUALIDADE INFANTIL (I): SOCORRO, O MEU FILHO MASTURBA-SE!

A descoberta da masturbação infantil é, para a maior parte dos pais, tanto ou mais chocante que a descoberta que os filhos fazem a propósito da sexualidade dos pais!

A maioria dos pais ficará ainda mais chocada ao perceber que essa masturbação começou muito antes do que pensam. Este é um tema delicado, aliás como quase todos os temas que envolvem a sexualidade, esse eterno tabu, que tende a desencadear muitas questões, angústias e preocupações nos pais. 

É normal? Aceitável? Faz mal à saúde? O que significa? O que fazer?

As crianças descobrem os seus genitais da mesma forma que vão descobrindo as restantes partes do corpo. O facto de estarem cobertos pelas fraldas parece suscitar maior curiosidade e a exploração vai acontecendo, essencialmente a partir do segundo ano de vida, a cada muda de fralda e, mais ainda, quando se inicia o controlo dos esfíncteres. Os genitais são uma área bastante sensível e inervada desde muito cedo, pelo que as crianças têm sensações agradáveis quando se tocam numa exploração inicialmente não intencional. Ao perceberem estas sensações prazerosas, tendem a repeti-las. O menino de dois anos pode ter uma ereção e a menina procura introduzir objetos naquele misterioso orifício. Podem estimular-se com os dedos, esfregar-se numa almofada ou num boneco, o que tende a alarmar os pais e a conduzir à desaprovação que aumenta a curiosidade e a excitação em torno desta experiência.

Nesta fase inicial, a busca do prazer sexual prende-se essencialmente com a necessidade de descarregar tensões e de se acalmar, servindo o mesmo propósito que o chuchar no dedo ou o balancear-se. A frequência e a intensidade da masturbação infantil é que poderão ser sinais de alarme, embora a atitude dos pais desempenhe um papel preponderante na forma como evolui o comportamento sexual da criança.

Continuaremos a desenvolver este tema nas próximas semanas. Acompanhe-nos e relaxe!

Alexandra Barros
Psicóloga e Psicoterapeuta
Diretora do Departamento da Infância da Psicronos

http://www.psicronos.pt/fasesdavida/bebe_1.html

http://www.psicronos.pt/fasesdavida/crianca_2.html