Já no meu último post dediquei-me a mostrar-vos um relato de um pai acerca do que é deparar-se com um filho diferente. Hoje, e por ter encontrado uma história também ela interessante, capaz de fazer pensar o leitor, decidi partilhá-la convosco, para que mais uma vez, possamos trocar ideias:
É uma história espanhola que fala acerca de uma terra em que seus habitantes um a um, passam a desenvolver caudas. Os primeiros habitantes que passam a desenvolver tal coisa, semelhante à cauda dos macacos, fazem o que podem para escondê-la. Desajeitadamente enfiam as caudas em calças e camisas largas a fim de ocultar sua estranheza. Mas ao descobrirem que todos estão a desenvolver cauda, a história muda de forma drástica. Na verdade, a cauda revela-se de grande utilidade para carregar coisas, para dar maior mobilidade, para abrir portas quando os braços estiverem ocupados. Estilistas de moda começam a criar roupas para acomodar, na verdade, acentuar e libertar as recém-formadas caudas. Logo começam a usar adornos para chamar a atenção a esta novidade. Então, de repente, aqueles que não desenvolveram caudas são vistos como esquisitos e começam freneticamente a procurar formas de esconder tal facto comprando caudas postiças ou retirando-se completamente da sociedade de "cauda". Que vergonha, não ter cauda!
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1 comentário:
Para refletir sobre esta interessantíssima estorinha social da cauda, lembro-me do ciberneticista Gregory Bateson, q em sua definição de 'informação' nos diz q... "informação é toda diferença q faz diferença". Podemos tb acrescentar a análise sistêmica q divide os sistemas em agônicos e hedônicos. Fechando tudo isto, podemos concluir q: em sociedades agônicas, as diferenças são exclusoras, e por isto são percebidas em sua forma mais simples e rápida - no caso, ter ou não ter cauda; em sociedades hedônicas, q são mais inclusoras, as diferenças não são exclusoras, e por isto são percebidas em sua forma mais complexa e lenta - no caso, ter cauda ou não ter cauda, ter cauda longa ou cauda curta, ter cauda grossa ou cauda fina, ter cauda c ou s pelos, ter cauda de macaco, ter cauda de pavão, ter cauda de baleia etc. Se mudarmos o exemplo da cauda p o exemplo dos cabelos (nas diversas sociedades humanas ao longo da história q temos conhecimento), veremos o qto esta estória da cauda está coberta de razão. Q bom q hoje (2007) vivemos uma época em q valem todos os tipos de cabelos, ainda q não tenhamos adquirido nenhuma cauda até agora. Por falar nisto, eu gostaria de uma cauda c franjas amarelas e apliques de contas pretas. Parabéns pelo conto! E um gde abç do Brasil. Chr;-))
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