Tenho falado aqui várias vezes na questão da criatividade e do entusiasmo que pomos (ou não) nos que fazemos. A nível das organizações, mas também dos indivíduos, esta questão cruza-se com a da inovação e da mudança.
No passado dia 8 o meu amigo Fernando Gonçalves, que é professor de economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, escreveu um artigo no jornal i sobre a "ilusão da inovação mágica".
Ele tem razão. De tanto ouvir falar em inovação, corremos o risco de pensar que é uma espécie de poção mágica que nos livrará de todos os males. Inovar só por inovar, não faz sentido. As organizações, quando inovam, devem fazê-lo num quadro estratégico bem definido (como ele refere, escolha do mercado-alvo, ampliação da quota de mercado, forma de disputar oportunidades, aperfeiçoamento da estratégia comercial e de marketing). Em caso contrário, pode ser apenas um dispêndio de energia e de recursos.
Também os indivíduos não mudam por mudar.
O processo de mudança a nível psíquico é um processo quase sempre doloroso, muitas vezes necessário, desestabilizador, por vezes essencial para o crescimento da pessoa como pessoa. Compete a cada um de nós perceber o que deve mudar, porquê, para quê, quando, como. É mais fácil de dizer do que fazer. Veja-se o seguinte caso:
Eu, por exemplo, preciso de inovar na forma de ilustrar os posts com imagens, mas tenho sempre grande dificuldade, além de me preocupar em assegurar as autorias. Nem sempre corre bem. Por que é que preciso de inovar? Porque tenho dificuldades técnicas que já deveria ter ultrapassado, porque ainda não encontrei uma boa base de dados, porque tento sempre explicitar a autoria. Será que as pessoas que me lêem dão mesmo importância às imagens? Será que elas reforçam o sentido do que quero dizer ou o contrário? Será que é mesmo importante inovar nesta matéria ou devo continuar assim e preocupar-me sobretudo com o conteúdo? Em que medida a estética dos outros é também a minha? O que eu gostaria, gostaria, era poder fotografar ou desenhar para cada post, mas isso não é exequível e tal exigência levar-me-ia a nada escrever e portanto a não comunicar. Há que fazer escolhas. Por isso, desculpem lá, mas aqui vai outro post sem imagens.
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3 comentários:
Inovar só por inovar, não serve para nada. Já vi inovações para melhor e inovações para pior.
O que é necessário não é inovar, é melhorar, é aperfeiçoar.
Quanto à inserção de imagens, Clara, não custa nada. É útil abrir uma directoria, na directoria «imagens», chamada, por exemplo, «blogs» e copiar para aí as imagens que quiser postar. Assim, tem a vantagem de ficar com elas. Depois, ao criar o novo post, clicar no botão (inserir imagens). Abre-se um quadro onde é pedida a localização da imagem - está na directoria ...imagens/blogs, e selecionar. Depois, só é preciso escolher se a imagem sai grande ou pequena, em cima ou em baixo ou no meio, etc.
Clara, para alguém tão inteligente, não há-de custar nada.
Bem, eu estava a referir-me a algo anterior à inserção de imagens, que isso eu sei fazer.
O problema começa nas bases de dados, na selecção de imagens que ilustrem conceitos abstractos (ou não), nos direitos de autor, no assegurar que a autoria é reconhecida. Mas talvez seja apenas o meu lado perfeccionista a "inventar" dificuldades...
Uma vez alguém disse que uma imagem vale mil palavras... mas por vezes algumas palavras valem muitas imagens!!
Em determindados sites conseguem-se bancos de imagens gratuitos.
É assim que eu vou ilustrando os meus post´s.
BJs e Abraços
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