Durante uma breve pausa no trabalho, não pude deixar de
refletir sobre algumas das últimas publicações que temos feito no blog e outras
notícias que partilhámos na página do Facebook. Solidão, crime violento,
hediondo e inexplicável, crise, depressão (afetiva, social económica). A
incidência nestes temas reflete bem o estado da sociedade e, consequentemente,
da sua saúde mental. O desespero, a falta de esperança, a descrença no futuro
parecem ser, neste momento, um problema de saúde pública. Por isso, a propósito
do novo ano que se aproxima, tento relançar a esperança e a motivação.
Por esta altura do ano, muitos de nós elaboram uma lista de
resoluções para o novo ano: deixar de fumar, ir para o ginásio, arranjar um
hobbie, fazer uma viagem… é certo que muitas destas resoluções estão condenadas
ao fracasso, pois a mudança não se dá com o novo ano, mas sim pela
transformação interna. É dentro de nós, e não no calendário, que devemos
encontrar os objetivos, os planos e as motivações que nos movem. Mas penso que
as resoluções não devem ser postas de lado, assim como os desejos que
acompanham as passas à meia-noite.
Precisamos de acreditar, de desejar, de sonhar… caso
contrário estaremos condenados à estagnação, agarrados à crise e aos problemas,
e corremos o risco de cair no desespero. Talvez o aconselhável seja criar
resoluções realistas e refletir sobre os passos necessários para as
concretizar, analisar o que depende de nós, dos outros e das circunstâncias. E
em vez de uma lista de objetivos diários para cada mês, será recomendável que a
sua extensão seja igualmente realista! E porque não acrescentar um sonho mais
ambicioso? Essencial é que a eventual não realização dos objetivos e dos sonhos
não seja uma arma de auto-flagelação, mas sim um instrumento para repensar as
prioridades e o que está ao seu alcance. O mais importante é manter o sonho, a
capacidade de acreditar, pois sem esta adoecemos emocional e fisicamente. Alimente
os seus desejos e as suas relações, que são das poucas coisas que não custam
dinheiro e nos mantêm aconchegados e fortalecidos.
Aproveito para relembrar um artigo da Revista Máxima, com a
participação da Dra Ana Almeida, psicóloga e Diretora Clínica da Psicronos.
Apesar de ser uma publicação de Janeiro de 2012, mantém-se perfeitamente atual.
Bom Ano e Bons Sonhos!
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