terça-feira, setembro 22, 2009
O DESNORTE NA POLÍTICA
A cidadania, da qual tantos de nós andam afastados (sim, é verdade que os partidos não favorecem as iniciativas), arrasta-se pelas ruas da amargura. O espectáculo desta campanha eleitoral, cheia de malevolência e calúnia, já era por demais triste, sem ser preciso este patético episódio das escutas em Belém, que envolve aquele que devia ser o presidente de todos os portugueses.
E a nós cidadãos pensantes e com as nossas preocupações e motivações individuais, numa época particularmente difícil, que nos resta? Diante deste lamentável, generalizado e deprimente espectáculo, com quem, e com que ideias, nos poderemos identificar (reconhecer, na sua forma psicanalítica), de forma a pôr uma cruzinha no dia 27? Responda quem souber.
segunda-feira, setembro 21, 2009
Tesourinho musical
Hope Sandoval.
Tesourinho musical a meio da semana. Não pode ser só trabalho...
domingo, setembro 20, 2009
Sobre a alucinação com Oliver Sacks
Um vídeo muito interessante onde Oliver Sacks explica de uma forma simples e clara quais as características de diferentes tipos de alucinações, chamando a atenção para um tipo particular de alucinação que aparece associada a dificuldades sensoriais especificas, nomeadamente na cegueira.
É importante que os psicólogos se mantenham actualizados em relação aos conhecimentos da neurologia. Nem todas as alucinações são psicóticas, nem todas podem ser interpretadas.
sexta-feira, setembro 18, 2009
BULLYING, MAIS UMA VEZ
http://www.timesonline.co.uk/tol/news/uk/crime/article6838691.ece?&EMC-Bltn=ACQCFB
O regresso à Escola
Normalmente esta é uma fase apreciada pelos alunos, que anseiam voltar à escola, os dois meses e meio de férias já se tinha tornado aborrecidos; mas e para aqueles que a escola é sentida como ameaçadora, desorganizante, não pelas aulas, pelas aprendizagens, mas pelo espaço de convivência?
Aquele friozinho na barriga, natural depois de um largo período de ausência, transforma-se em algo mais complexo e começa a aumentar para uma dor mais aguda, os intestinos começam a funcionar em demasia, algumas náuseas são sentidas, dores de cabeça, cansaço, tiques que se agravam, gaguejo que se descontrola…
Tudo isto acontece porque existe um momento de provação emocional, de começar de novo. A escola, como espaço de convivência, favorece o reencontro, as amizades, os grupinhos, mas quando os jovens não se sentem integrados neste ou naquele grupo tudo se complica. É partir da estaca zero, é o arranjar forças para se tentar integrar, ou pelo menos para não se sentir demasiado excluído. O esforço para não cometer nenhum erro, falha, gafe para que não seja gozado e abra caminho para um percurso desgastante, pautado por sucessivas gozações, impera. É o tentar fazer “aliança” com alguns dos colegas para que se sinta mais apoiado, é o tentar passar o mais despercebido para não se sentir posto à prova. É o deambular de um lado para o outro nos intervalos (aliás altura mais temida) na tentativa de arranjar alguma entretenha, pois o receio de chegar ao pé dos outros colegas é tanto que mais vale estar só e esperar pelo toque (esse salvador)...
quinta-feira, setembro 17, 2009
Robert Polidori
HUMOR ELEITORAL
domingo, setembro 13, 2009
sábado, setembro 12, 2009
A PROPÓSITO DA INOVAÇÃO
No passado dia 8 o meu amigo Fernando Gonçalves, que é professor de economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, escreveu um artigo no jornal i sobre a "ilusão da inovação mágica".
Ele tem razão. De tanto ouvir falar em inovação, corremos o risco de pensar que é uma espécie de poção mágica que nos livrará de todos os males. Inovar só por inovar, não faz sentido. As organizações, quando inovam, devem fazê-lo num quadro estratégico bem definido (como ele refere, escolha do mercado-alvo, ampliação da quota de mercado, forma de disputar oportunidades, aperfeiçoamento da estratégia comercial e de marketing). Em caso contrário, pode ser apenas um dispêndio de energia e de recursos.
Também os indivíduos não mudam por mudar.
O processo de mudança a nível psíquico é um processo quase sempre doloroso, muitas vezes necessário, desestabilizador, por vezes essencial para o crescimento da pessoa como pessoa. Compete a cada um de nós perceber o que deve mudar, porquê, para quê, quando, como. É mais fácil de dizer do que fazer. Veja-se o seguinte caso:
Eu, por exemplo, preciso de inovar na forma de ilustrar os posts com imagens, mas tenho sempre grande dificuldade, além de me preocupar em assegurar as autorias. Nem sempre corre bem. Por que é que preciso de inovar? Porque tenho dificuldades técnicas que já deveria ter ultrapassado, porque ainda não encontrei uma boa base de dados, porque tento sempre explicitar a autoria. Será que as pessoas que me lêem dão mesmo importância às imagens? Será que elas reforçam o sentido do que quero dizer ou o contrário? Será que é mesmo importante inovar nesta matéria ou devo continuar assim e preocupar-me sobretudo com o conteúdo? Em que medida a estética dos outros é também a minha? O que eu gostaria, gostaria, era poder fotografar ou desenhar para cada post, mas isso não é exequível e tal exigência levar-me-ia a nada escrever e portanto a não comunicar. Há que fazer escolhas. Por isso, desculpem lá, mas aqui vai outro post sem imagens.
quarta-feira, setembro 09, 2009
quinta-feira, setembro 03, 2009
Síndrome de Estocolmo
Os meios de comunicação social destacaram mais um caso de rapto, seguido de um longo período de cativeiro, que a vítima viveu com uma aparente tranquilidade.
Este fenómeno designa-se como Síndrome de Estocolmo.
Documentado pela primeira vez em 1973, aquando um assalto a uma agência dependência bancária em Estocolmo, onde durante seis dias os empregados foram mantidos nas instalações pelos assaltantes. Após a sua libertação e para estranheza de todos, estes empregados bancários em vez de incriminarem os seus opressores defenderam-nos.
Este comportamento sugere a existência de um mecanismo de sobrevivência físico e psicológico.
Entre as possíveis explicações para este síndrome, destaca-mos:
- a ligação ao agressor, mecanismo psicológico adaptativo que pode possibilitar a sobrevivência;
- a identificação com o agressor, mecanismo que aumenta a probabilidade de sobrevivência;
- e a ilusão de estabilidade e controlo, onde a ligação emocional ao agressor torna a situação vivenciada mais suportável.
No sentido inverso destacamos o Síndrome de Lima, onde os raptores ficaram gradualmente sensibilizados pela situação vivida pelos seus reféns.
VOLTAR DE FÉRIAS
As férias são normalmente um corte com a rotina do resto do ano. Nisso, são óptimas, mas tornam mais difícil o “regresso”, mesmo que não se tenha ido para lado nenhum (o que pode ser também uma forma de fazer férias). Também há quem tente fazer férias de si próprio, mas isso já exigiria uma elaboração que terá de ficar para outra vez. Tudo isto para dizer que, sim - já voltei.
Está a haver este ano um acréscimo de pedidos de aconselhamento profissional. A crise económica/social está aí, e não se irá embora tão depressa, por mais que os políticos em exercício gostem de dizer que o pior já passou. Os portugueses precisam de se requalificar, como se diz agora. Temos de aumentar e melhorar as nossas competências. Atrever-me-ia mesmo a dizer que só há uma saída possível: temos de transformar esta sociedade ainda em tantos aspectos atrasada numa sociedade do conhecimento, como escreveu recentemente o Prof. João Caraça.
Temos de saber fazer mais e melhor, e mais organizadamente, nas nossas várias actividades. Mais e melhores recursos de gestão, sim, mas também de vontade e de saber. Está nas mãos do estado torná-lo possível e nas mãos de todos nós fazê-lo. No fundo, tem a ver com a motivação. Temos de a encontrar dentro de nós, para nosso próprio bem.
Nascer... partir...
quinta-feira, agosto 27, 2009
A importância dos contos tradicionais no desenvolvimento infantil
Urge recordar algumas destas tradições que já soam a outros tempos, é necessário o Polegarzinho, o Patinho Feio, a Princesa e a Ervilha, O Soldadinho de Chumbo, o Capuchinho Vermelho...
terça-feira, agosto 25, 2009
Fotografia e Narcisismo - O Auto-retrato Contemporâneo
Paralelamente à edição de livros de fotografia, a Assírio & Alvim interessa-se por uma abordagem teórica, ou melhor, pela reflexão sobre os modos de ver. (...) Para abreviar, é uma espécie de incursão na nossa própria identidade com as complementares “paisagens mais subterrâneas do ser humano”, diz a autora.
Contar a miúdos contando com os graúdos...
Uma sugestão para narrativas em família na quinta pedagógica.
http://quintapedagogica.cm-lisboa.pt/index.php?id=5580
Boas partilhas...
sexta-feira, agosto 21, 2009
FLEXIBILIDADE E COMPETÊNCIAS EMOCIONAIS
Nunca tinha pensado no design assim, porventura por ignorância, mas faz todo o sentido. A flexibilidade, em termos psíquicos, é também uma competência emocional que nos permite re-utilizar recursos emocionais e de conhecimento em diversas situações.
Sem nos tornarmos contorcionistas, ou vira-casacas, é importante sermos capazes de enfrentar situações novas sem uma dose exagerada de angústia, e sobretudo mantermos a capacidade para saber reconhecer as oportunidades de crescimento pessoal e de transformação. A mudança traz sempre alguma ansiedade, mas pode ser uma ocasião, mais do que uma coisa necessariamente má. Em tempos de mudança rápida e de convulsões sociais - a elevada taxa de desemprego é já por si uma convulsão do sistema, porventura artificialmente adiada mas sem dúvida gravosa - é importante, parece-me, mantermos uma perspectiva construtiva.
quarta-feira, agosto 19, 2009
(IR)RESPONSABILIDADE - COMO EXPLICAR?
Não acredito que os "responsáveis"e não saibam o que é um mapa de férias, daqueles que todos os colaboradores das empresas preenchem no início do ano.
A gente pensa que conhece a mente humana e pasma. O que será que está na origem deste tipo de atitudes? Estupidez? Inépcia? Maldade? Chamar-lhe só irresponsabilidade não basta para explicar uma aberração destas.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1396770&idCanal=62