quinta-feira, abril 11, 2013

Seja simpático para com uma mulher Grávida!

Um artigo apresentado no British Neuroscience Association Festival of Neuroscience referiu a descoberta de uma enzima que joga um papel importante no "processo de programação fetal"

Portanto, promovam cidadãos saudáveis desde cedo  

 

Fetal Exposure to Excessive Stress Hormones in the Womb Linked to Adult Mood Disorders

http://www.sciencedaily.com/releases/2013/04/130407090835.htm

 

quarta-feira, abril 10, 2013

RESILIÊNCIA: COMO AGUENTAR O BARCO?


A crise e o desemprego têm servido de mote a algumas das nossas publicações nos últimos tempos. Numa altura em que o país atravessa uma tempestade que parece não ter fim e em que os portugueses pouca esperança têm e apenas torcem para que a maré não piore, vale a pena pensar sobre como se aguenta o barco em condições tão adversas.

A resiliência consiste, em termos gerais, na capacidade de enfrentar as adversidades de forma adaptativa, com vista à transformação e à superação das dificuldades. Esta capacidade assenta na interação entre as experiências precoces, as relações que se estabelecem ao longo da vida, o ambiente, a neurobiologia e a genética.

A crise coloca-nos à prova; o risco ou a realidade do desemprego e as dificuldades financeiras colocam-nos numa situação de extrema ansiedade, que afetam não só o bem-estar pessoal, como o relacionamento com os outros (família, amigos, colegas, vizinhos e até desconhecidos). A tendência é a do negativismo, da depressão coletiva, da falta de esperança, que fazem com que o barco se afunde cada vez mais. Mas algumas pessoas têm uma maior capacidade para se manter à tona e nadar com todas as forças para terra firme; são pessoas mais resilientes.

A gestão das emoções e a tolerância à frustração, o controlo dos impulsos e a flexibilidade mental, o otimismo, a análise do contexto, a empatia, auto-eficácia e a competência social são algumas das características das pessoas mais resilientes. Podemos ainda acrescentar a criatividade, a capacidade para assumir riscos e para criar oportunidades. A propósito de alguns destes conceitos, sugerimos a leitura deste artigo: http://expresso.sapo.pt/os-sete-habitos-da-pessoa-resiliente=f667766

Segundo Robert Wick, autor do livro “Bounce: Living the Resilient Life”, para o desenvolvimento da resiliência importa estar alerta a situações potencialmente prejudiciais, criar objetivos para cuidar de si próprio e evitar a exaustão, rodear-se de amigos que contribuam para o equilíbrio, reconhecer competências e pontos fortes e concentrar-se nos mesmos, analisar-se a si próprio e aceitar-se, e meditar.

“Ser capaz de me equilibrar depois de levar uma rasteira. Acordar com esperança depois de uma série de frustrações. Ver além das circunstâncias da vida de modo a disfrutar o momento”, é assim que Robert Wick resume o resultado da resiliência. E para este resultado é importante também dar um sentido à nossa existência, para que tenhamos motivação e força para nadar contra a corrente e para que o objetivo seja viver e não apenas sobreviver.

segunda-feira, abril 08, 2013

Como elabora o seu perfil de competências?



Quando elabora um currículo ou se posiciona perante uma entrevista de emprego, é frequente pensar: 
"Quais são as minhas competências”?

As competências vão muito para além do que se pode conhecer num currículo (que se foca na experiência profissional e na formação) e dizem respeito a aptidões adquiridas em várias áreas da sua vida.
Para elaborar o perfil de competências deve lista-las em 5 áreas:  

-Competências adquiridas pela EXPERIÊNCIA
É tudo aquilo que aprendeu a fazer no decurso da sua experiência pessoal e profissional e vai para além das funções inerentes ao cargo.
Por exemplo, uma técnica administrativa, a trabalhar numa determinada empresa, para além de exercer funções de secretariado e atendimento ao público, pode adquirir competências comerciais e noutra empresa pode adquirir competências de recursos humanos. Estas particularidades devem ser referenciadas no currículo.

-Competências reconhecidas por CERTIFICAÇÃO
Aquilo para o qual está Certificado é menos abrangente do que aquilo que tem experiência para fazer. É uma qualificação atribuída por uma entidade externa. Importa que esta entidade seja credível e que a qualificação seja pertinente para a função a que se candidata.
Existem no entanto certificações que são importantes para candidaturas em quase todas as áreas: ter uma licenciatura, mestrado ou doutoramento; cursos de línguas; cursos de informática; curso de formação de formadores, etc.

-Competências que conferem ESPECIALIDADE  
O que confere especialidade relaciona-se com aquilo o distingue das pessoas que têm a mesma formação/certificação/experiência.
As áreas nas quais aprofundou os seus conhecimentos, quer pela experiência, formação ou interesse. São as competências que o distinguem em relação aos seus “concorrentes” numa candidatura a um emprego.
Por exemplo, Técnico em Gestão de Redes e Sistemas Informáticos pode ser especialista em empresas de telecomunicações e outro pode ser especialista na área industrial.

-Competências reconhecidas pelos OUTROS
Aquilo que os outros lhe reconhecem aptidão para fazer – tem a ver com a forma como os outros o vêm, aquilo que sobressai no seu comportamento e que está a comunicar para o exterior.
São habilidades que são relativamente estáveis no comportamento observável e normalmente são reconhecidas nos diferentes ambientes; pelos colegas, familiares, amigos, etc. 

-Competências reconhecidas pelo PRÓPRIO
As aptidões que reconhece em si mesmo – aquelas em que reconhece valor, são as mais genuínas e estão menos dependentes da aprovação ou ressonância externa. São normalmente as aptidões desempenhadas com prazer e interesse.

Para além de reconhecer as suas competências deve também reconhecer as variáveis que melhoram o DESEMPENHO destas competências, como por exemplo “trabalhar em equipa estimula a minha criatividade”; “sou mais produtivo quando estou a trabalhar num ambiente estável, com regras bem definidas”.

Numa candidatura a um emprego o perfil de competências deve ser adequado às funções e à empresa a que se candidata para que possa apresentar uma proposta única de valorAs minhas competências, como e onde as adquiri, em que ambientes e circunstâncias elas se potenciam/desenvolvem e qual é a mais-valia que eu, com as minhas competências, trago para esta empresa.”


Por Eliana Vilaça 
www.ktree.com.pt


sexta-feira, abril 05, 2013

SONHO E PSICOSSOMÁTICA



Allan Hobson, conjuntamente com McCarley, descobrem, em experiência laboratorial com animais (1975), que os sistemas neuronais do tronco cerebral/sistemas amigérgicos, essenciais para o funcionamento cerebral em vigília e para a memória, estão desligados durante o sono-REM do sonho (Ciência Básica do Sono e do modelo AIM). Nasce a conceção de que o ciclo sonho/vigília é constituído por dois estados de consciência, controlados por diferentes funcionamentos cerebrais, incluindo diferentes zonas cativadas e diferentes neuromoduladores.
O investigador inventou um aparelho que, sem necessidade de laboratório, permitiu registar os ciclos REM e NREM do sono, em casa das pessoas e acordá-las durante o sono, tendo obtido 1800 relatórios de sonhos em 10 dias com 10 voluntários.
Diversas hipóteses se destacam da sua obra:
  • o valor devido à teoria dos sonhos de Freud, como modelo para perceber a mente.
  • o sonho REM oferece pistas para a compreensão da manutenção e reconstrução do funcionamento do cérebro.
  • o sonho como estado subjetivo é informador do que acontece no cérebro durante o sono REM(hipótese ativação-síntese do sonho).
  • a amnésia do sonho não corresponde a um processo de repressão/recalcamento, relacionado com os desejos infantis.
  • os sonhos têm significados claros e diretos, não necessitando de interpretação.
  • o cérebro muda o estatuto da sua informação quando dorme.
  • a experiência emocional do sonho é dominada pela ansiedade, euforia e agressividade, com vista à adaptação.
  • a neuromodulação entre a consciência primária (sonho)e a consciência secundária (vigília) permite concluir que o sonho é um processo auto-criativo de um modelo de realidade virtual, destinado a antecipar a vigília.
  • como execução de programas de treino em realidade virtual, o sonho não necessita de ser rememorado.
  • a protoconsciência , criada pelo sonho, tem a função de manutenção e desenvolvimento da consciência vigil e de outras funções cerebrais dependentes da ativação do cérebro durante o sono REM.
  • desta visão global, não reduzida à ciência neurocognitiva, resulta que a ciência deve incluir a subjetividade e perceber a subjetividade e a consciência.

quarta-feira, abril 03, 2013

Dias para Alertar

Ontem comemorou-se o Dia Internacional do Livro Infantil e o Dia Mundial da Consciencialização sobre o Autismo
 

Aqui fica um vídeo acerca do Autismo

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=mv4p-yApL2U


segunda-feira, abril 01, 2013

O seu filho está preparado para começar a escola?

Quando inicia a escolaridade, a criança deve ter um conjunto de aptidões intelectuais e emocionais que constituem pré-requisitos essenciais a uma aprendizagem bem-sucedida.
Iniciar o 1º ano sem ter ainda desenvolvido estas competências pode comprometer de forma significativa o percurso académico da criança. Assim sendo, recomenda-se uma avaliação especializada e aprofundada do desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança quando ainda está no nível pré-escolar.

São frequentes maiores dificuldades ao nível da atenção e mais queixas de agitação psicomotora em crianças que iniciam a escolaridade antes de completarem 6 anos e 6 meses, o que se confunde muitas vezes com uma Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção. Na verdade, o que acontece é que a criança ainda não desenvolveu a capacidade para estar sossegada e atenta durante períodos longos. Por outro lado, existe também uma maior incidência de dificuldades na aquisição da leitura e da escrita uma vez que a criança ainda não adquiriu as competências fonológicas necessárias. Estas dificuldades iniciais colocam a criança numa situação de frustração e insegurança que tende a agravar a sua capacidade de aprendizagem e, por vezes, a comprometer continuadamente o sucesso escolar. São situações em que, apesar de haver um desenvolvimento normal, a aprendizagem pode ser comprometida pelo facto de a criança ainda não ter tido tempo para desenvolver as pré-competências académicas. Importa, por isso, esclarecer previamente se a criança dispõe já deste “equipamento mental”. Esta avaliação é particularmente importante nas situações de Entrada Condicional, ou seja, quando a criança completa os 6 anos entre 16 de Setembro e 31 de Dezembro.

Por outro lado existem crianças que apresentam capacidades excecionais (acima da média), em que possa justificar-se a antecipação da entrada no 1º ano. São crianças que só completam 6 anos após 31 de Dezembro, em que é exigida uma avaliação que comprove a existência de capacidades para o início da escolaridade antes da idade prevista. É importante que a criança disponha, para além de um nível de inteligência superior, bons recursos emocionais. Frequentemente observa-se que estas crianças possuem competências cognitivas acima do esperado, mas emocionalmente ainda não têm capacidade para lidar com a frustração ou com o insucesso, o que também pode trazer consequências negativas ao seu percurso escolar.

Há ainda as situações em que a criança está em idade de iniciar a escolaridade, mas revela atraso em algumas áreas do desenvolvimento ou problemáticas emocionais, que podem justificar a permanência no Jardim de Infância durante mais um ano. São os casos em que a criança poderá beneficiar de adiamento escolar, para que possam ser potenciadas as competências que se encontram alteradas e que iriam prejudicar bastante o processo de aprendizagem.

Saiba mais sobre esta avaliação em:

 http://www.ktree.com.pt/avaliacaomaturidadeescolar.shtml



domingo, março 31, 2013

Fotografia de Jean-François Rauzier


Espantoso trabalho fotográfico e digital deste artista francês. Que imaginário!

Ver mais em:

http://www.yatzer.com/jean-francois-rauzier

 

O drama do desemprego. Parte V


Num país onde a taxa de desemprego está quase em 20% (há pior, como a Espanha e a Grécia), a questão da idade para quem está à procura de emprego põe-se de forma particularmente aguda. Mesmo a nível dos empregos em part-time, estes são raros em Portugal e as pessoas com mais de quarenta e muitos, cinquenta anos, têm dificuldade em encontrá-los.

Há cerca de dez anos, a Alemanha viu-se a braços com um défice muito superior ao desejado. Já ninguém se lembra, mas foi assim. A absorção da Alemanha Oriental, na sequência da queda do Muro de Berlim em 1989, foi complicada. Os alemães ocidentais tiveram de acomodar uma redução de salários, concertada com os sindicatos. É provável que o esforço que fizeram na altura contribua para serem agora tão intolerantes para com os países do Sul.

Uma das saídas para o problema do emprego foi, além da redução dos salários, a criação de empregos em part-time. Mal pagos, mas que vieram reduzir os números do desemprego.

Na situação em que Portugal se encontra, esta poderia ser uma saída. É doloroso aceitar isto, mas seja qual for a saída, o empobrecimento geral espera-nos. Já está a acontecer. É nisso que se traduz a queda no PIB. Cada vez teremos menos dinheiro. Cada vez teremos de ser mais selectivos nos gastos. Cada vez será mais importante saber gastar no que realmente é importante para a nossa qualidade de vida.

O nosso país sofre de distorções bizarras. Sabiam que a percentagem de casa própria é superior à da Alemanha? Parece uma coisa boa, mas não sei se é, no fundo. Reduz a mobilidade das pessoas, porque as amarra a uma hipoteca e a uma localização.

Voltando à questão da idade, não há idade para se exercer uma profissão (excepto, claro, as que exijam uma forma física própria de um jovem). Numa época em que a esperança de vida ultrapassa os 80 anos, podem ter-se várias profissões ao longo da vida. O que nos deveria preocupar ainda mais, talvez, é o que iremos fazer a partir do momento em que já não possamos trabalhar e tenhamos despesas crescentes de saúde. Mas voltarei a esse assunto.

terça-feira, março 26, 2013

27 de Março: Dia Mundial do Teatro

Amanhã é Dia Mundial do Teatro.

Fica a sugestão do Teatro S. Luiz, com visitas guiadas aos bastidores, entrega de prémios da Associação Portuguesa Críticos de Teatro, e ainda a encenação de "A Visita da Velha Senhora", com entrada livre.

Horários e mais informações em : http://www.teatrosaoluiz.pt/noticias/detalhes.php?id=113

(Intro to the Yiddish Theatre- Chagall)

"Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida. Atores somos todos nós" (Augusto Boal)

sexta-feira, março 22, 2013

A Patologia Social...



(Imagem: Calvin Armitage)


"Insanidade: um ajustamento perfeitamente racional a um mundo insano". 
(R. D. Laing)


quarta-feira, março 20, 2013

"AMOUR": UMA HISTÓRIA DE AMOR OU DE HORROR?


George e Anne são um casal que se vê confrontado com a invasão do inesperado. Anne sofre um AVC que a leva a um rápido declínio físico e à demência. George mantém-se junto da mulher e mãe dos seus filhos, assumindo o seu cuidado e contrariando o desejo de morrer, manifestado através de palavras e atos nos momentos de maior lucidez.

“Amour” confronta-nos com uma série de situações reais: o envelhecimento, a doença, o declínio, a dependência, a solidão, o isolamento, a depressão, a perda de dignidade, a morte. Ao abordar estes temas, aborda, provavelmente, os maiores fantasmas do ser humano. Por este motivo, a par com a admiração pela persistência e amor de George, provoca-nos um nó no estômago por nos obrigar a pensar no que procuramos manter distante de nós.

Os seniores irão provavelmente terminar o filme em silêncio, pela angústia de um quadro que pode aproximar-se a uma velocidade imprevisível. Os adultos mais jovens antecipam a morte dos seus pais ou dos seus avós e, até mesmo, a sua própria morte. “Amour” confronta-nos com a finitude, sem a paz com que a maior parte de nós gostaria de a encarar.

“Amour” é uma história de amor que nos horroriza pela crueza com que nos apresenta a realidade e nos leva, pouco subtilmente, à polémica da eutanásia. O final é entendido por uns como um ato de amor e, por outros, como um ato de raiva. 

terça-feira, março 19, 2013

DIA DO PAI

" Um pai é mesmo uma pessoa muito especial. Capaz de se dobrar, desdobrar, encolher e esticar...um pai transforma-se, num passe de mágica, nos objetos mais incríveis. ou será que nunca repararam nos pais transformados que andam por aí?" Jorge Letria

Cada elemento do casal possui a dinâmica com o filho, e o pai, nestes últimos anos, tem vindo a afirmar-se nesta dinâmica; reclama os cuidados do filho, a atenção, a proximidade e alimenta uma relação de casal segura e constante. Através de laços fortes e seguros pais e filhos podem experimentar diferentes papéis e personagens na vida, ensaiar estratégias, capacitar para a frustração e também ensinar a ver a realidade sob uma outra perspetiva.



Centenário de João dos Santos

No âmbito da comemoração do centenário de João dos Santos,  o Jardim Infantil Pestalozzi / Fundação Lucinda Atalaya vai realizar uma sessão no dia 20 de Março às 14,15 h no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal, Campo Grande nº 83 em Lisboa.

“Centenário do Nascimento de João dos Santos - Vocação para Amar - Reflexão, (Re)Encontros e Afectos em Saúde Mental Infantil - Ontem e Hoje"

será o título da exposição que Cláudia Martins Cabido, Rebeca Monte Alto e Rita Grácio Rodrigues apresentarão. Este trabalho insere-se  na sua especialização em pedopsiquiatria no Departamento de Pedopsiquiatria do Hospital de Dona Estefânia.

É com todo o prazer que vimos convidar todos aqueles que quiserem juntar-se a nós nesta sessão de partilha e debate sobre a obra de João dos Santos, médico psiquiatra, psicanalista  e pedagogo que foi também, personalidade influente no Jardim Infantil Pestalozzi no qual colaborou a convite de Lucinda Atalaya.

Contamos com a vossa presença.

Lisboa, 7 de Março de 2013


A Direção do Jardim Infantil Pestalozzi

Manuela Silva
Manuela Neves
Manuela Cruz
Maria Emília Sim Sim
Paula Santos Lobo

sexta-feira, março 15, 2013

Reflexão em tempo de férias escolares

No último dia de aulas do 2º período vale refletir sobre a convivência escolar e preparar o 3º período

"Bullying não é brincadeira"
Escrito por  Carla Mateus, com entrevista a Tânia Paias, psicóloga, e Helena Fonseca, Pediatra, especialista em Adolescência 

Deixo-vos aqui um link com o artigo em apreço


http://saude.pt.msn.com/mentesa/saudeemocional/item/1536-bullyingn%C3%A3o%C3%A9brincadeira/1536-bullyingn%C3%A3o%C3%A9brincadeira?start=2

HELP!



Pois é, não podemos salvar o mundo e muitas vezes somos deparados com um sentimento angustiante de impotência face ao sofrimento dos outros.

Outras vezes... para ajudar os outros o melhor é mesmo tratar de nós primeiro! (desde que isso não exija 5 anos de psicanálise enquanto o outro está a morrer...)

segunda-feira, março 11, 2013

DO BEBÉ IMAGINÁRIO AO BEBÉ REAL


Desde o início da gravidez (até antes), a representação que os pais fazem do seu bebé não é a de um feto em desenvolvimento, mas a de um bebé completo e saudável; é o bebé imaginário, de sonho.

A personificação vai sendo feita através da escolha do nome, da compra de roupas, da preparação do quarto e da atribuição de significado aos movimentos fetais. Há uma grande ambivalência de sentimentos: alegria e medo. Os medos atingem o seu exponencial por volta dos 7 meses de gestação, altura em que as características fantasiadas do bebé imaginário se começam a aproximar mais do bebé real. São frequentes pesadelos e receios de deficiência ou malformações. Ao longo de toda a gravidez, vai-se criando o vínculo ao bebé, havendo nova adaptação aquando do nascimento do bebé real.

Depois do parto, a mãe ressente-se muitas vezes com o facto de já não ser o centro das atenções e pela vivência de que o bebé já não é só dela. O pai, que muitas vezes se sente posto de parte nas tarefas parentais, pode tornar-se competitivo agora que tem acesso ao bebé que antes podia sentir apenas através da mãe.

Pai e mãe devem funcionar como equipa, cada um com a sua individualidade, especificidade e competência. A licença de paternidade é um sinal de mudança, associada a um maior reconhecimento da sua importância no desenvolvimento do bebé, bem como a uma maior disponibilidade para se envolver na dinâmica familiar.

sábado, março 09, 2013

O drama do desemprego Parte IV


Uma boa notícia, que poderá constituir uma oportunidade de formação e aprendizagem para jovens licenciados:

Bolsas e estágios na União Europeia.

Pelo interesse da notícia, fica aqui o link:

http://boasnoticias.clix.pt/noticias_Jovens-Mais-vagas-para-estágios-nos-órgãos-da-UE_14865.html

terça-feira, março 05, 2013

FILICÍDIO (III): É POSSÍVEL EVITAR?


Apesar do filicídio estar fortemente relacionado com uma perda momentânea de contacto com a realidade, o que dificulta uma intervenção atempada, existem alguns sinais de alerta que podem ajudar a prevenir esta tragédia.

Sinais de depressão grave e prolongada não devem ser desvalorizados, pelo que, sobretudo quando existem crianças, quem rodeia os pais deve ter um papel ativo no incentivo à procura de ajuda psicológica e psiquiátrica, bem como de alertar a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco. Este alerta pode ser feito de forma anónima.

É frequente estas mães terem desabafos do tipo “só queria que ele desaparecesse” ou “só me apetece atirá-lo pela janela”, quando se referem aos filhos em situação de grande exaustão e incapacidade emocional nos primeiros meses de vida da criança. Estes sinais são muitas vezes desvalorizados. Será importante que familiares e amigos se mantenham por perto, evitando o isolamento e incentivando a ajuda psicológica. Se bem que alguns pais possam manifestar esta questão apenas “da boca para fora”, é relativamente fácil perceber quando há um risco real. Este risco é particularmente evidente quando o grau de desadequação e emotividade negativa é de tal forma perturbador, que leva ao afastamento e crítica destes familiares e amigos. É importante que aconteça exatamente o oposto. Por outro lado, a crítica e o afastamento tendem a levar a um sentimento de ostracização que faz com que o pai ou a mãe deixem de manifestar a sua angústia, vivendo-a em silêncio e com menor apoio, o que dificulta a perceção do agravamento da situação.

Os profissionais de saúde têm também um papel importante na prevenção destas situações. Apesar de cada vez mais sensíveis aos fatores psicológicos, os médicos continuam muito centrados no desenvolvimento físico da criança, averiguando pouco e prestando pouca atenção às manifestações emocionais da família. Explorar a dinâmica emocional e familiar dos pais durante uma consulta de rotina é essencial para detetar sinais de risco e para mobilizar as intervenções necessárias.