domingo, março 28, 2010
Amanhã nas Caldas da Rainha - Jornadas da Saúde Mental
segunda-feira, março 22, 2010
ser psicanalista..
Encontrei este vídeo no site do British Institute of Psychoanalysis.
Vale a pena ver!
http://www.psychoanalysis.org.uk/audiovisualgenerations.htm
Vale a pena ver!
http://www.psychoanalysis.org.uk/audiovisualgenerations.htm
domingo, março 21, 2010
BlOQUEIOS E DEPRESSÃO
Alguém sabe o que é isto? Pois a costa da Normandia tem várias destas horríveis construções, que levaram até Paul Virilio a escrever um livro com fotografias
(ver em: http://www.infoamerica.org/teoria/virilio1.htm)
Os nazis, quando ocuparam França, construiram ao longo da costa aquilo a que chamavam a Muralha do Atlântico. São de cimento e fazem na paisagem uma mancha sinistra. Convinha que não esquêcessemos por que estão ali. O bunker onde eu andei, às escuras (são obviamente construções abandonadas), era concêntrico e assustador. Claustróbico. Não ponho uma fotografia tirada por mim porque esta do Paul Virilio é muito melhor.
A depressão, especialmente se agravada e melancólica, é como um bunker. Nada lá penetra, nem a luz do dia. As memórias são pesadas e enchem o espaço inteiro. Não há futuro, só há passado.
Toda a energia vital retirou-se para dentro do indivíduo e é posta ao serviço da auto-recriminação constante. Os outros deixam praticamente de existir. A pessoa está fortificada dentro do bunker. Julga ela. Também Hitler pensou que a muralha do Atlântico evitaria o desembarque dos Aliados.
A melancolia pode ser muito grave e levar até ao suicídio. Por outro lado, tem gozado ao longo dos séculos de uma certa aura de criatividade. Já Aristóteles falava disso.
Alguns dizem que as pessoas melancólicas têm dentro delas um ideal tão forte que o seu ego nunca consegue atingir essa perfeição e castiga-se constantemente por essa razão.
A questão é: como podemos acalentar dentro de nós um ideal tão forte, tão omnipotente e tão tirânico que nos leva a rastejar sempre que imaginamos que não estamos a corresponder às suas exigências? Pensem nisso e no extaordinário poder que demos a alguém ou a alguma coisa. Como é possível?
quinta-feira, março 18, 2010
quarta-feira, março 17, 2010
Curso de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo em Lisboa
Curso de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo
“Estética e Política”
Organização: UNIPOP (www.u-ni-pop.blogspot.com)/ Fábrica Braço de Prata
Inscrições, no valor de 25 €, através de pccestetica@gmail.com
Preço por sessão: 5 € (mediante disponibilidade de lugares)
De 10 de Abril a 05 de Junho de 2010
Aos sábados, das 18h00 às 20h00
Na Fábrica Braço de Prata
Rua da Fábrica do Material de Guerra, n.º 1
1950 LISBOA
Entre política e estética, há uma longa história de mútuas suspeitas, denúncias e incompreensões, que têm coexistido com uma intensa e fértil, ainda que por vezes clandestina, interdependência. Tomamos a ambivalência que marca esta relação como testemunho de um terreno comum que importa revisitar, longe das caricaturas habituais, mas igualmente sem elidir as tensões que o constituem. O espaço para que esta discussão seja pensável de forma simultaneamente esclarecedora e crítica permanece em construção: o objectivo primordial deste curso é, por isso mesmo, o de contribuir para a sua criação, visibilidade e alargamento.
PROGRAMA
10 de Abril
Apresentação do curso por Manuel Deniz Silva e Miguel Cardoso
Kant por Adriana Veríssimo Serrão
17 de Abril
Hegel por Miguel Cardoso
Marx por José Bragança de Miranda
24 de Abril
Nietzsche por Nuno Nabais
Freud por João Peneda
8 de Maio
Oficina de leitura:
“O inconsciente político do sublime. Em torno de Lyotard e Rancière”
Orientação: Manuel Deniz Silva
15 de Maio
Walter Benjamin por Pedro Boléo
Theodor W. Adorno por João Pedro Cachopo
22 de Maio
Gilles Deleuze por Catarina Pombo
Guy Debord por Ricardo Noronha
29 de Maio
Jacques Rancière por Vanessa Brito
Giorgio Agamben por António Guerreiro
05 de Junho
Debate de encerramento: “Estética e Política”
Silvina Rodrigues Lopes
Manuel Gusmão
Mário Vieira de Carvalho
Apresentação do Curso de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo: “Estética e Política”:
Entre política e estética, há uma longa história de mútuas suspeitas, denúncias e incompreensões, que têm coexistido com uma intensa e fértil, ainda que por vezes clandestina, interdependência. Tomamos a ambivalência que marca esta relação como testemunho de um terreno comum que importa revisitar, longe das caricaturas habituais, mas igualmente sem elidir as tensões que o constituem.
O espaço para que esta discussão seja pensável de forma simultaneamente esclarecedora e crítica permanece em construção: o objectivo primordial deste curso é, por isso mesmo, o de contribuir para a sua criação, visibilidade e alargamento. Tal trabalho preparatório implica reinscrever a estética na trajectória da nossa modernidade histórica e filosófica, com todas as contradições que isso acarreta, perceber o quanto as categorias políticas que marcam a nossa contemporaneidade devem a conceptualizações estéticas, bem como submeter o campo estético a uma análise crítica, confrontando-o com as suas exclusões e ângulos cegos.
Partimos para estas interrogações com a premissa de que a sociedade em que vivemos é atravessada por divisões e conflitos a que o estético não é imune, mas a que também não pode ser reduzido. Isto implica uma dupla rejeição: da inflação do potencial crítico da obra de arte, assente na ideia de que o estético é por si só emancipador, por um lado; e, por outro, da redução do estético ao ideológico e do recurso à sua explicação sociológica que neutraliza o seu potencial crítico.
De um ponto de vista político, a estética tem sido simultaneamente subestimada e sobrestimada. Sendo plural, contraditória – e inseparável das práticas artísticas a cujo perímetro, porém, não se restringe –, é muitas vezes reduzida ora à apreciação de obras de arte, ora a uma forma de consumo cultural privatizada que constituiria um abrigo imune às intrusões da história, aos constrangimentos do social e à vulgaridade dos interesses. Devemos entender as razões desta cristalização, trazer à luz a forma como um certo discurso filosófico estético institui tais divisões e não meramente as reflecte, e submetê-la a uma crítica feroz.
Contudo, entender a estética a partir desta versão redutora é deixar pelo caminho muitas outras definições e, desse modo, excluir as tensões que a atravessam. O estético é também o espaço que questiona os limites e esquadrias da razão, que confronta uma visão idealista do mundo com o seu substrato material e a sua imanência sensível, que trabalha nas zonas cinzentas em que a nossa experiência e a nossa praxis são ainda órfãs de um conceito que as balize. É ainda o espaço daquilo a que Rancière chamou a ‘partilha do sensível’, ou seja, da ordem que estrutura a nossa inclusão e exclusão num mundo comum, os modos de percepção, os lugares, os limites e os horizontes da nossa visibilidade e participação nele. O espaço, em suma, da nossa mundanidade.
Porque compreender o presente implica perceber a sua densidade histórica, propomos, na primeira parte do curso, um percurso arqueológico através de Kant, Hegel e Marx, Freud e Nietzsche. Partir destas figuras permitirá mapear a emergência de uma campo de reflexão sobre o estético, reconfigurar criticamente a própria noção de estética, bem como procurar pontos de contacto entre o estético e o político em lugares menos habituais. Destes autores emergirá uma constelação de problemáticas que têm estado na base de importantes debates contemporâneas. Pretendemos interrogá-los enveredando, na segunda parte do curso, pelos pensamentos de Benjamin e Adorno, Debord e Deleuze, Agamben e Rancière.
“Estética e Política”
Organização: UNIPOP (www.u-ni-pop.blogspot.com)/ Fábrica Braço de Prata
Inscrições, no valor de 25 €, através de pccestetica@gmail.com
Preço por sessão: 5 € (mediante disponibilidade de lugares)
De 10 de Abril a 05 de Junho de 2010
Aos sábados, das 18h00 às 20h00
Na Fábrica Braço de Prata
Rua da Fábrica do Material de Guerra, n.º 1
1950 LISBOA
Entre política e estética, há uma longa história de mútuas suspeitas, denúncias e incompreensões, que têm coexistido com uma intensa e fértil, ainda que por vezes clandestina, interdependência. Tomamos a ambivalência que marca esta relação como testemunho de um terreno comum que importa revisitar, longe das caricaturas habituais, mas igualmente sem elidir as tensões que o constituem. O espaço para que esta discussão seja pensável de forma simultaneamente esclarecedora e crítica permanece em construção: o objectivo primordial deste curso é, por isso mesmo, o de contribuir para a sua criação, visibilidade e alargamento.
PROGRAMA
10 de Abril
Apresentação do curso por Manuel Deniz Silva e Miguel Cardoso
Kant por Adriana Veríssimo Serrão
17 de Abril
Hegel por Miguel Cardoso
Marx por José Bragança de Miranda
24 de Abril
Nietzsche por Nuno Nabais
Freud por João Peneda
8 de Maio
Oficina de leitura:
“O inconsciente político do sublime. Em torno de Lyotard e Rancière”
Orientação: Manuel Deniz Silva
15 de Maio
Walter Benjamin por Pedro Boléo
Theodor W. Adorno por João Pedro Cachopo
22 de Maio
Gilles Deleuze por Catarina Pombo
Guy Debord por Ricardo Noronha
29 de Maio
Jacques Rancière por Vanessa Brito
Giorgio Agamben por António Guerreiro
05 de Junho
Debate de encerramento: “Estética e Política”
Silvina Rodrigues Lopes
Manuel Gusmão
Mário Vieira de Carvalho
Apresentação do Curso de Introdução ao Pensamento Crítico Contemporâneo: “Estética e Política”:
Entre política e estética, há uma longa história de mútuas suspeitas, denúncias e incompreensões, que têm coexistido com uma intensa e fértil, ainda que por vezes clandestina, interdependência. Tomamos a ambivalência que marca esta relação como testemunho de um terreno comum que importa revisitar, longe das caricaturas habituais, mas igualmente sem elidir as tensões que o constituem.
O espaço para que esta discussão seja pensável de forma simultaneamente esclarecedora e crítica permanece em construção: o objectivo primordial deste curso é, por isso mesmo, o de contribuir para a sua criação, visibilidade e alargamento. Tal trabalho preparatório implica reinscrever a estética na trajectória da nossa modernidade histórica e filosófica, com todas as contradições que isso acarreta, perceber o quanto as categorias políticas que marcam a nossa contemporaneidade devem a conceptualizações estéticas, bem como submeter o campo estético a uma análise crítica, confrontando-o com as suas exclusões e ângulos cegos.
Partimos para estas interrogações com a premissa de que a sociedade em que vivemos é atravessada por divisões e conflitos a que o estético não é imune, mas a que também não pode ser reduzido. Isto implica uma dupla rejeição: da inflação do potencial crítico da obra de arte, assente na ideia de que o estético é por si só emancipador, por um lado; e, por outro, da redução do estético ao ideológico e do recurso à sua explicação sociológica que neutraliza o seu potencial crítico.
De um ponto de vista político, a estética tem sido simultaneamente subestimada e sobrestimada. Sendo plural, contraditória – e inseparável das práticas artísticas a cujo perímetro, porém, não se restringe –, é muitas vezes reduzida ora à apreciação de obras de arte, ora a uma forma de consumo cultural privatizada que constituiria um abrigo imune às intrusões da história, aos constrangimentos do social e à vulgaridade dos interesses. Devemos entender as razões desta cristalização, trazer à luz a forma como um certo discurso filosófico estético institui tais divisões e não meramente as reflecte, e submetê-la a uma crítica feroz.
Contudo, entender a estética a partir desta versão redutora é deixar pelo caminho muitas outras definições e, desse modo, excluir as tensões que a atravessam. O estético é também o espaço que questiona os limites e esquadrias da razão, que confronta uma visão idealista do mundo com o seu substrato material e a sua imanência sensível, que trabalha nas zonas cinzentas em que a nossa experiência e a nossa praxis são ainda órfãs de um conceito que as balize. É ainda o espaço daquilo a que Rancière chamou a ‘partilha do sensível’, ou seja, da ordem que estrutura a nossa inclusão e exclusão num mundo comum, os modos de percepção, os lugares, os limites e os horizontes da nossa visibilidade e participação nele. O espaço, em suma, da nossa mundanidade.
Porque compreender o presente implica perceber a sua densidade histórica, propomos, na primeira parte do curso, um percurso arqueológico através de Kant, Hegel e Marx, Freud e Nietzsche. Partir destas figuras permitirá mapear a emergência de uma campo de reflexão sobre o estético, reconfigurar criticamente a própria noção de estética, bem como procurar pontos de contacto entre o estético e o político em lugares menos habituais. Destes autores emergirá uma constelação de problemáticas que têm estado na base de importantes debates contemporâneas. Pretendemos interrogá-los enveredando, na segunda parte do curso, pelos pensamentos de Benjamin e Adorno, Debord e Deleuze, Agamben e Rancière.
Padre Rodrigues e o fim do Celibato
Achei interessante a perspectiva sóbria e personalizada que o Padre Rodrigues, entrevistado pelo jorna "I", nos revela a propósito do Celibato e outras questões mais ou menos associadas como a homosexualidade e a pedofilia.
A entrevista pode ser vista no link:
http://www.ionline.pt/conteudo/51474-padre-rodrigues-o-celibato-imposto-pela-igreja-acaba-ser-uma-medida-antinatural
A entrevista pode ser vista no link:
http://www.ionline.pt/conteudo/51474-padre-rodrigues-o-celibato-imposto-pela-igreja-acaba-ser-uma-medida-antinatural
domingo, março 14, 2010
INSINCERIDADE (Vasco Graça-Moura)
Insinceridade
quis-nos aos dois enlaçados
meu amor ao lusco-fusco
mas sem saber o que busco:
há poentes desolados
e o vento às vezes é brusco
nem o cheiro a maresia (foto: CP)
a rebate nas marés
na costa de lés a lés
mais tempo nos duraria
do que a espuma a nossos pés
a vida no sol-poente
fica assim num triste enleio
entre melindre e receio
de que a sombra se acrescente
e nós perdidos no meio
sem perdão e sem disfarce,
sem deixar uma pegada
por sobre a areia molhada,
a ver o dia apagar-se
e a noite feita de nada
por isso afinal não quero
ir contigo ao lusco-fusco,
meu amor, nem é sincero
fingir eu que assim te espero,
sem saber bem o que busco.
Vasco Graça Moura, in Antologia dos Sessenta Anos
sábado, março 13, 2010
Reportagem sobre Bullying - a ver
http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/linhadafrente/?k=1-parte-do-Linha-da-Frente-de-2010-03-11.rtp&post=7011
quinta-feira, março 11, 2010
Continuar de olhos fechados...
“Pedro Frazão, psicólogo e membro da Sociedade Portuguesa de Suicidologia, alertou ontem para a necessidade de articulação entre os serviços dos ministérios da Educação e da Saúde, no sentido de promover um plano de intervenção junto de alunos, professores e funcionários da escola de Mirandela que era frequentada por Leandro, o menino que há uma semana se encontra desaparecido nas águas do Tua.”
In Publico 11/03/2010
http://www.publico.pt/Sociedade/apoio-psicologico-a-colegas-de-leandro-na-escola-de-mirandela-considerado-urgente_1426547
In Publico 11/03/2010
http://www.publico.pt/Sociedade/apoio-psicologico-a-colegas-de-leandro-na-escola-de-mirandela-considerado-urgente_1426547
segunda-feira, março 08, 2010
Poema do século XX - Fernando Pessoa
Por falar no amor lembrei-me da primeira parte de um dos meus poemas preferidos que pode ser relacionada com a auto-compaixão (ou amor próprio), a verdade e o sofrimento humano:
A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
(...)
A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
(...)
sábado, março 06, 2010
POEMA DO SEC XVII: Marbeuf
ET LA MER ET L'AMOUR ONT L'AMER POUR PARTAGE
Et la mer et l'amour ont l'amer pour partage,
Et la mer est amère, et l'amour est amer,
L'on s'abîme en l'amour aussi bien qu'en la mer,
Car la mer et l'amour ne sont point sans orage.
Celui qui craint les eaux qu'il demeure au rivage,
Celui qui craint les maux qu'on souffre pour aimer,
Qu'il ne se laisse pas à l'amour enflammer,
Et tous deux ils seront sans hasard de naufrage.
La mère de l'amour eut la mer pour berceau,
Le feu sort de l'amour, sa mère sort de l'eau,
Mais l'eau contre ce feu ne peut fournir des armes.
Si l'eau pouvait éteindre un brasier amoureux,
Ton amour qui me brûle est si fort douloureux,
Que j'eusse éteint son feu de la mer de mes larmes
Pierre de MARBEUF (1596-1645)
Et la mer et l'amour ont l'amer pour partage,
Et la mer est amère, et l'amour est amer,
L'on s'abîme en l'amour aussi bien qu'en la mer,
Car la mer et l'amour ne sont point sans orage.
Celui qui craint les eaux qu'il demeure au rivage,
Celui qui craint les maux qu'on souffre pour aimer,
Qu'il ne se laisse pas à l'amour enflammer,
Et tous deux ils seront sans hasard de naufrage.
La mère de l'amour eut la mer pour berceau,
Le feu sort de l'amour, sa mère sort de l'eau,
Mais l'eau contre ce feu ne peut fournir des armes.
Si l'eau pouvait éteindre un brasier amoureux,
Ton amour qui me brûle est si fort douloureux,
Que j'eusse éteint son feu de la mer de mes larmes
Pierre de MARBEUF (1596-1645)
quarta-feira, março 03, 2010
O AMOR (Eugénio de Andrade)
Estou a amar-te como o frio
corta os lábios.
A arrancar a raiz
ao mais diminuto dos rios.
A inundar-te de facas,
de saliva esperma lume.
Estou a rodear de agulhas
a boca mais vulnerável
A marcar sobre os teus flancos
o itinerário da espuma
Assim é o amor: mortal e navegável.
Eugénio de Andrade ("Obscuro Domínio")
domingo, fevereiro 28, 2010
POESIA: "TERNURA"
As nossas vidas estão uma chatice. É a crise, quando não mesmo o desemprego, a falta de perspectivas para o futuro, a sensação de que estamos a ser mal governados e que vamos acabar, como país, numa espécie de pobreza envergonhada, sem saída. País de velhos de onde os jovens com mais competências e/ou mais coragem já emigraram.
Estamos com falta de imaginação, de criatividade, de gosto pela vida. Ensimesmados, carregamos um fardo de séculos aos ombros, e já não há lugar para o prazer, para o gozo, para o lúdico, para a originalidade. Para a alegria de viver.
A poesia é, de certo modo, uma panaceia. Eu sei. Não é ela que nos irá assegurar a redução do défice, ou evitar a diminuição (fatal) do poder de compra. Mas a poesia permite-nos ver, no meio da desesperança, que é possível a vida, e a palavra que também faz a vida. E que os amantes são eternos.
Assim, decidi começar a publicar aqui os meus poemas preferidos, em português. No blog em inglês (http://lisboncpc.blogspot.com) encontrarão os meus poetas anglo-saxónicos preferidos.E começo hoje com um poema de David Mourão-Ferreira, um grande, enorme, poeta que eu ainda conheci pessoalmente e que sabia do que falava.
Ternura
Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
David Mourão-Ferreira, in Infinito Pessoal
(Fonte: citador.pt)
Estamos com falta de imaginação, de criatividade, de gosto pela vida. Ensimesmados, carregamos um fardo de séculos aos ombros, e já não há lugar para o prazer, para o gozo, para o lúdico, para a originalidade. Para a alegria de viver.
A poesia é, de certo modo, uma panaceia. Eu sei. Não é ela que nos irá assegurar a redução do défice, ou evitar a diminuição (fatal) do poder de compra. Mas a poesia permite-nos ver, no meio da desesperança, que é possível a vida, e a palavra que também faz a vida. E que os amantes são eternos.
Assim, decidi começar a publicar aqui os meus poemas preferidos, em português. No blog em inglês (http://lisboncpc.blogspot.com) encontrarão os meus poetas anglo-saxónicos preferidos.E começo hoje com um poema de David Mourão-Ferreira, um grande, enorme, poeta que eu ainda conheci pessoalmente e que sabia do que falava.
Ternura
Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
David Mourão-Ferreira, in Infinito Pessoal
(Fonte: citador.pt)
sábado, fevereiro 27, 2010
Reforma
Governo quer subir idade da reforma para os 67 anos diz o Diário Digital
O Governo garante que não vai mexer na idade das reformas durante os próximos três anos diz o Correio da Manhã.
Apesar de não conseguir perceber o que irá acontecer, esta questão levantou-me uma outra.
A idade da reforma é avaliada segundo anos de trabalho, mas, há quem trabalhe durante 40 ou 50 a realizar 40 horas semanais. E há quem trabalhe os mesmos anos a realizar 50/60 horas semanais. Nestes casos e considerando 40 anos de trabalho, as 10 horas semanais de diferença passam a fazer mesmo muita diferença.
Nestes casos as coisas não deveriam ser diferentes?
Quem trabalha 10/12 horas por dia chega aos 65/67 anos de idade nas mesmas condições que alguém que trabalhou a um ritmo de 8h/dia ao longo da vida?
Sei que existem condições diferenciadas para alguns profissionais (quem trabalhou por turnos ou para quem tem profissões de risco) mas, e as horas de trabalho?
O Governo garante que não vai mexer na idade das reformas durante os próximos três anos diz o Correio da Manhã.
Apesar de não conseguir perceber o que irá acontecer, esta questão levantou-me uma outra.
A idade da reforma é avaliada segundo anos de trabalho, mas, há quem trabalhe durante 40 ou 50 a realizar 40 horas semanais. E há quem trabalhe os mesmos anos a realizar 50/60 horas semanais. Nestes casos e considerando 40 anos de trabalho, as 10 horas semanais de diferença passam a fazer mesmo muita diferença.
Nestes casos as coisas não deveriam ser diferentes?
Quem trabalha 10/12 horas por dia chega aos 65/67 anos de idade nas mesmas condições que alguém que trabalhou a um ritmo de 8h/dia ao longo da vida?
Sei que existem condições diferenciadas para alguns profissionais (quem trabalhou por turnos ou para quem tem profissões de risco) mas, e as horas de trabalho?
terça-feira, fevereiro 23, 2010
CONGO: O MATADOURO
Há regiões do mundo que parecem, misteriosamente, não atrair as atenções dos media. Como se estivessem por detrás de uma pesada cortina de silêncio, enquanto pela calada se vão cometendo as maiores, quase indizíveis, atrocidades.
Nicholas Kristoff, que escreve para o New York Times e para o i, é uma excepção. Os relatos que ele nos faz sobre o Congo são horríveis: milícias que cortam carne das vítimas ainda vivas e as obriga, a comê-la. Meninas repetidamente violadas ao longo de meses, anos, por bandos de homens, cujos orgãos internos ficam completamente destruídos. Pessoas esventradas diante da família. E fico-me por aqui.
Esta guerra no Congo já ceifou, em 10 anos, quase sete milhões de vida.
Causas: são muitas e complexas, mas passam certamente pela posse do minério, pelos ódios étnicos, pelas questões nos países vizinhos, como é o caso do Ruanda, que de algum modo também exportou esta guerra.
De que mais será capaz o homem? Lemos e pasmamos perante tais níveis de crueldade.
Que fazer?
Nicholas Kristoff, que escreve para o New York Times e para o i, é uma excepção. Os relatos que ele nos faz sobre o Congo são horríveis: milícias que cortam carne das vítimas ainda vivas e as obriga, a comê-la. Meninas repetidamente violadas ao longo de meses, anos, por bandos de homens, cujos orgãos internos ficam completamente destruídos. Pessoas esventradas diante da família. E fico-me por aqui.
Esta guerra no Congo já ceifou, em 10 anos, quase sete milhões de vida.
Causas: são muitas e complexas, mas passam certamente pela posse do minério, pelos ódios étnicos, pelas questões nos países vizinhos, como é o caso do Ruanda, que de algum modo também exportou esta guerra.
De que mais será capaz o homem? Lemos e pasmamos perante tais níveis de crueldade.
Que fazer?
domingo, fevereiro 21, 2010
Leitura Interessante!
Cada Vez mais os formatos dos livros estão a mudar!
Com as novas tecnologias os autores estão a conseguir difundir mais facilmente os seus trabalhos, mas isto não quer dizer que consigam mais facilmente recompensas financeiras.
Como exemplo disto deixo em baixo um livro escrito sob a forma de blog:
Espero que apreciem!
Isabel é a serialização em blog de um romance de linguagem bem escolhida mas não erudita e conta a história de Vicente Vaz, um jovem idealista professor de Francês que acabou de ser pai. Vicente está dividido entre as suas obrigações de pai, de professor, de marido num casamento infeliz e as mágoas de um amor passado revividas através de um livro de um autor misterioso ao qual ele tem uma ligação inexplicável…
Para ler este romance do princípio, por favor comecem em http://vicentevaz.blogspot.com/2008/10/captulo-i-parte-1-renascimento.html e continuem através do arquivo do blog (http://vicentevaz.blogspot.com/).
Para ler este romance do princípio, por favor comecem em http://vicentevaz.blogspot.com/2008/10/captulo-i-parte-1-renascimento.html e continuem através do arquivo do blog (http://vicentevaz.blogspot.com/).
VOANDO SOBRE AS ONDAS A CAMINHO DA VITÓRIA
O veleiro de regata, o BMW Oracle, voando sobre sobre as ondas, na Taça da América, que decorreu em Valência.
A vela deste barco tem menos dois metros do que a ponte 25 de Abril!
Vale apena googlar o barco e a regata - as imagens são lindíssimas e distraem-nos um pouco das desgraças que por cá vão sucedendo. A mais recente tragédia na Madeira faz-nos pensar como somos (ainda?) frágeis perante as forças da natureza.
O poder da comida - obsidade infantil
O chefe Jamie Oliver's apresenta uma comunicação nos Ted Talks chamando a atenção do público para o perigo de estarmos na terceira geração (em Portugal penso que devemos estar na segunda ou até mesmo ainda na primeira) em que as crianças não aprendem a cozinhar em casa com a sua família. As crianças não desenvolvam as competências mínimas de cozinha e tornam-se adultos incapazes de cozinhar os pratos mais simples e transmitem essa ignorância aos seus próprios filhos.
Incapazes de cozinhar as famílias viram-se cada vez mais para a comida de plástico, gerando um problema de saúde publica de enorme gravidade (obesidade, doenças coronárias, etc.) e com custos sociais (financeiros e não só) de proporções gigantescas e que tende a aumentar a cada ano que passa.
Jamie apela a que se ensine a cozinhar na escolaridade obrigatória. Diz ele: "Nenhuma criança deveria de sair da escola sem saber cozinhar pelo menos 10 pratos elementares".
Um apelo e um ponto de vista que vale a pena ouvir e ver.
Incapazes de cozinhar as famílias viram-se cada vez mais para a comida de plástico, gerando um problema de saúde publica de enorme gravidade (obesidade, doenças coronárias, etc.) e com custos sociais (financeiros e não só) de proporções gigantescas e que tende a aumentar a cada ano que passa.
Jamie apela a que se ensine a cozinhar na escolaridade obrigatória. Diz ele: "Nenhuma criança deveria de sair da escola sem saber cozinhar pelo menos 10 pratos elementares".
Um apelo e um ponto de vista que vale a pena ouvir e ver.
sexta-feira, fevereiro 19, 2010
Ciclo de Psicoterapia regressa à Almedina do Atrium Saldanha
Ciclo de Psicoterapia regressa à Almedina do Atrium Saldanha no dia 22, segunda-feira , pelas 19:00 horas
Na próxima segunda-feira, dia 22 de Fevereiro, pelas 19:00 horas, regressa à livraria Almedina do Atrium Saldanha, o ciclo de PSICOTERAPIA que durante cinco sessões abordará algumas das principais correntes da Psicoterapia contemporânea, com especialistas que mostrarão a sua visão e as suas experiências.
Com moderação do Dr. Thomas Riepenhausen, a primeira sessão será dedicada ao tema «Comportamentalista», com a presença do Dr. Afonso de Albuquerque (Psiquiatra, ex-director do Serviço de Psicoterapia Comportamental do Hospital Júlio de Matos) e da Dra. Catarina Soares (Psicóloga clínica, directora do Serviço de Psicoterapia Comportamental do Hospital Júlio de Matos).
quarta-feira, fevereiro 17, 2010
O "Não" é necessário, mas o Amor essencial.
Foi aqui colocado um post sobre a necessidade do "Não" na educação das crianças. Concordo totalmente, mas (inspirada num texto* de Coimbra de Matos) acrescento. O "Não" é necessário mas o Amor é o fundamental.
Como diz o autor:
"(...) tudo começa e se mantém pelo amor - incondicional e não cobrador - dos pais/educadores para os filhos/discípulos; desde o nascimento ao fim da adolescência. Pensar o contrário é não reconhecer os direitos da infância. Mais nada.
Continuar a insistir nas obrigações das crianças mais não é do que alimentar a tirania dos adultos.
Queremos um mundo de pessoas que cresceram com amor e em razão do amor; e não um mundo de pessoas (não-pessoas) que medraram sob o medo e pela pressão da culpa. Só assim teremos um mundo onde vale a pena viver.
À velha recomendação que «de pequenino se torce o pepino» deve substituir-se o lema de que «para crescer é preciso envolver». Como diz Francine Ferland (...) «Nunca amamos excessivamente uma criança»."
Dizer "Não" é conter e proteger através dos limites. "Não", não significa tirania, controlo e sobretudo não significa privação de qualquer espécie, muito menos de Amor.
*in "Vária: Existo porque fui amado" António Coimbra de Matos - 2007.
Como diz o autor:
"(...) tudo começa e se mantém pelo amor - incondicional e não cobrador - dos pais/educadores para os filhos/discípulos; desde o nascimento ao fim da adolescência. Pensar o contrário é não reconhecer os direitos da infância. Mais nada.
Continuar a insistir nas obrigações das crianças mais não é do que alimentar a tirania dos adultos.
Queremos um mundo de pessoas que cresceram com amor e em razão do amor; e não um mundo de pessoas (não-pessoas) que medraram sob o medo e pela pressão da culpa. Só assim teremos um mundo onde vale a pena viver.
À velha recomendação que «de pequenino se torce o pepino» deve substituir-se o lema de que «para crescer é preciso envolver». Como diz Francine Ferland (...) «Nunca amamos excessivamente uma criança»."
Dizer "Não" é conter e proteger através dos limites. "Não", não significa tirania, controlo e sobretudo não significa privação de qualquer espécie, muito menos de Amor.
*in "Vária: Existo porque fui amado" António Coimbra de Matos - 2007.
terça-feira, fevereiro 16, 2010
Crazy Like Us: The Globalization of the American Psyche
Ethan Watters é o autor deste livro, que aborda a forma como as categorias psicopatologicas oriundas e difundidas nos Estados Unidos chegaram a novos povos e culturas e onde é analisado o impacto positivo e negativo desta forma de aculturação.
From Publishers Weekly
If you thought McDonald's and strip malls were the ugliest of America's cultural exports, think again. Western ideas about mental illness-from anorexia to post-traumatic stress disorder, schizophrenia, general anxiety and clinical depression-as well as Western treatments have been sweeping the globe with alarming speed, argues journalist Watters (Urban Tribes), and are doing far more damage than Big Macs and the Gap. In this well-traveled, deeply reported book, Watters takes readers from Hong Kong to Zanzibar, to Tsunami ravaged Sri Lanka, to illustrate how distinctly American psychological disorders have played in far-off locales, and how Western treatments, from experimental, unproven drugs to talk therapy, have clashed with local customs, understandings and religions. While the book emphasizes anthropological findings at the occasional expense of medical context, and at times skitters into a broad indictment of drug companies and Western science, Watters builds a powerful case. He argues convincingly that cultural differences belie any sort of western template for diagnosing and treating mental illness, and that the rapid spread of American culture threatens our very understanding of the human mind: "We should worry about the loss of diversity in the world's differing conceptions of treatments for mental illness in the same way we worry about the loss of biodiversity in nature."
Copyright © Reed Business Information, a division of Reed Elsevier Inc. All rights reserved.
DESIGN E BEM-ESTAR
Mãozinha amiga, muito amiga, fez-me chegar esta imagem de uma clínica de psicoterapia em Tóquio, design da firma Nendo (vénia...).
Aquilo que parecem ser portas, são pinturas nas paredes (trompe l'oeil). As pessoas, terapeutas e clientes, entram e saem das salas através de portas embutidas em estantes e paredes, quase invisíveis, e que deslizam. É a inversão da noção tradicional da neutralidade fria que impera em alguns destes espaços. Devo dizer desde já que não é o caso das instalações da Psicronos na João Crisóstomo, em Lisboa, de design moderno e refinado, mas noutra linha (mais pub-style).
À at. da nossa directora clínica, que sei que gosta do bom gosto, perdoe-se-me o pleonasmo.
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
Os emails da Ordem dos Psicólogos...
Partilho convosco o email que recebi da Ordem dos Psicólogos... tirem as vossas conclusões, façam as vossas interpretações, visões, projecções...
Quanto a mim, mais parece um email tipificado da dita "old school" da função pública (salvaguardando que nada tenho contra a função pública)... um email impessoal, e quase que proíbitivo... "por favor não nos liguem nem nos batam à porta porque estamos cheios de trabalho"! Ou seja, qualquer dúvida o site responde, ou então se nos tentar ligar... houve apenas um sinal de ocupado!!
Quanto a mim, mais parece um email tipificado da dita "old school" da função pública (salvaguardando que nada tenho contra a função pública)... um email impessoal, e quase que proíbitivo... "por favor não nos liguem nem nos batam à porta porque estamos cheios de trabalho"! Ou seja, qualquer dúvida o site responde, ou então se nos tentar ligar... houve apenas um sinal de ocupado!!
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
O Não também ajuda a crescer
Ontem ouvi na rádio que este livro "O não também ajuda a crescer" de uma psicóloga espanhola Reys estava a ser um sucesso em Espanha.
Sobre este assunto deixo-vos umas palavras do pediatra Brazelton:
"uma criança que não é disciplinada não se sente amada. E disciplinar é ensinar uma criança a controlar-se a si própria. Este auto controlo vai permitir que a criança desenvolva sob três elementos importantes na construção da sua personalidade: auto-estima, altruísmo e a sede de conhecimento. Uma criança aprende a sentir-se bem com ela própria, a gostar de si. Depois, sentindo-se confiante, é capaz de se preocupar com os outros. Por fim essa estabilidade emocional dá-lhe inteligência e apetência para aprender. A motivação pelo conhecimento é construída com o afecto e na interacção com os pais"
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Think before you post
Comemora-se hoje o DIA EUROPEU da INTERNET SEGURA, com o lema: Think before you post
Deixo-vos um link onde podem ter acesso a alguns conselhos:
http://www.tvciencia.pt/tvcnot/pagnot/tvcnot03.asp?codpub=22&codnot=33
É bom pensarmos nestas questões, quanto mais não seja para ensinar os nossos adolescentes a se protegerem, pois vivem na internet. É importante que se saibam defender. O bullying e o assédio sexual por intermédio das novas tecnologias está em crescendo.
Deixo-vos um link onde podem ter acesso a alguns conselhos:
http://www.tvciencia.pt/tvcnot/pagnot/tvcnot03.asp?codpub=22&codnot=33
É bom pensarmos nestas questões, quanto mais não seja para ensinar os nossos adolescentes a se protegerem, pois vivem na internet. É importante que se saibam defender. O bullying e o assédio sexual por intermédio das novas tecnologias está em crescendo.
domingo, fevereiro 07, 2010
Plataforma informática para tratamento clínico de fobias
Neste artigo do Publico - http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/laboratorio-do-porto-desenvolve-plataforma-informatica-para-tratamento-clinico-de-fobias_1421445 é referido o desenvolvimento de uma plataforma informática que irá, tanto quanto percebi, simular a exposição ao vivo em determinados contextos fóbicos.
Esta plataforma poderá ser um instrumento muito útil para os colegas de cognitivo-comportamental. É sempre interessante ver as novas aplicações tecnológicas ao serviço da saúde mental.
Esta plataforma foi desenvolvida pelo Laboratório de Expressão Facial da Emoção da Universidade Fernando Pessoa. Este laboratório tem vindo a fazer um trabalho bastante interessante e inovador.
Esta plataforma poderá ser um instrumento muito útil para os colegas de cognitivo-comportamental. É sempre interessante ver as novas aplicações tecnológicas ao serviço da saúde mental.
Esta plataforma foi desenvolvida pelo Laboratório de Expressão Facial da Emoção da Universidade Fernando Pessoa. Este laboratório tem vindo a fazer um trabalho bastante interessante e inovador.
Controvérsias em relação à Ordem dos Psicólogos
Alguns colegas estão a assinar uma petição que se opõe a algumas exigências da recém-criada ordem dos psicólogos.
Leia mais em http://www.ionline.pt/conteudo/45544-psicologos-peticao-contra-inscricao-obrigatoria-na-ordem-conta-ja-com-800-assinaturas
Leia mais em http://www.ionline.pt/conteudo/45544-psicologos-peticao-contra-inscricao-obrigatoria-na-ordem-conta-ja-com-800-assinaturas
sábado, fevereiro 06, 2010
Trauma e EMDR
O trauma é um acontecimento experienciado subjectivamente com grandes níveis de ansiedade e stress. Todos nós já passámos por situações semelhantes, com maior ou menor gravidade (subjectiva).
A vivência de situações traumáticas deixa muitas vezes sequelas psicológicas que causam sofrimento e perturbam o "normal" funcionamento diário. O exemplo típico é a "Sindrome de Perturbação de Pós-stress Traumático", conhecida pela sua presença em alguns ex-combatentes de guerra. Associado ou não a esta sindrome podem surgir sintomas como a irritabilidade, flash-backs, perturbações do sono, pensamentos intrusivos, etc.
O tratamento das sequelas destes acontecimentos vivenciados com grande stress era, até há duas décadas atrás, relativamente difícil de tratar, exigindo grande esforço emocional por parte da pessoa vítima de trauma e muitas vezes exigia um tratamento a médio/longo prazo.
Em 1987 começou a ser desenvolvido nos Estados Unidos um método inovador de tratamento de várias perturbações psicológicas, com especial destaque para os traumas - o EMDR. O EMDR (Rapid Eye Movement Desensitization and Reprocessing, em português, "dessensibilização e reprocessamento por movimentos oculares") é uma forma de psicoterapia que, pelas peculiaridades da sua prática, apresenta um nível de eficácia muito elevado, num número reduzido de sessões.
Muito brevemente, a sua técnica mais inovadora e característica, consiste na estimulação bilateral - por exemplo, seguir com os olhos um alvo que se move de um lado para o outro. Observa-se que esta estimulação ocular, em associação com a revivência corporal, cognitiva e emocional do trauma, parece permitir um processamento acelerado da vivência traumática, integrando-a de forma harmoniosa na história pessoal da pessoa. O movimento rápido dos olhos parece activar um processo semelhante ao que se activa espontaneamente na fase REM (Rapid Eye Movements), dos sonhos, durante o sono, e que se pensa ser muito importante no processamento ("digestão cognitivo-emocional") de vivências e memórias.
O sucesso da sua prática levou a que actualmente existam centenas de milhar de terapeutas EMDR espalhados por todo todo mundo (incluido a Psicronos, no nosso país) bem como uma vasta investigação científica oriunda das várias áreas científicas como a psicologia, a psiquiatria, as neurociências...
sexta-feira, fevereiro 05, 2010
Mind Faces: As Diferentes Faces da Saúde Mental.
A apontar na agenda com um "A NÃO PERDER!" ao lado.
Entretanto, podem consultar aqui os resumos das conferências
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
A não Violência e a Educação
No post anterior falei-vos de um factores de risco associados ao Bullying, e acabei por não referir nada acerca do Seminário que se realizou no passado sábado, dia 30 de Janeiro, em Portimão.
Este seminário teve como ponto de partida o dia da não violência e da educação para se poder falar nas questões associadas ao Bullying, mas, acima de tudo, se poder abordar o tema da violência saudável e a sua expressão grupal e daqui podermos extrapolar para as questões associadas ao Bullying, que se assume como um sub-tipo de violência.
Contou com a presença de 3 oradoras pertences à nossa Clínica e outras individualidades de Portugal e Espanha.
Ficou patente, na voz da Drª Ana Almeida que a violência é um impulso natural e que a questão não reside na existência da violência, mas sim na incapacidade de a gerir, controlar e canalizar, pois enquanto a repressão for a única forma de resposta perante esta, ela irá sempre irromper e encontrar novas formas de se fazer sentir.
A violência é, num certo sentido, uma necessidade humana básica e todas as crianças têm que encontrar formas adequadas de a integrar nas suas vidas.
A violência saudável/construtiva é a capacidade de criar rupturas, de construir separações, de afirmar a diferença e fazer opções, é a capacidade de dizer não, de agir em prol de uma mudança, de lutar por uma regalia.
Também foram abordadas as questões inerentes aos grupos, donde a sua dinâmica assenta num cruzar de emoções de uns e doutros e podem ter resultados mais ou menos adequados.
Estas questões são particularmente importantes nas adolescência, pois nos adolescentes a identidade ainda está pouco formada e são facilmente manipuláveis em grupo.
A Drª Clara Pracana ressaltou a necessidade de facilitar e estimular o pensamento dos adolescentes e ajudá-los a construir a sua identidade individual e aumentar o auto-conhecimento e auto-confiança
O Dr. Carlos Poiares alertou também para a questão de que se se cresce sem transgressão, vão fazê-la mais tarde; é fundamental a esta acerdermos e que a saibamos gerir.
No final deste dia intenso e tão rico ficou claro que é a falar de cidadania que podemos combater estes actos, que há uma necessidade de luta e que a escola pode agilizar meios de contenção da violência.
É necessário dotarmos as nossas crianças e jovens, e até alguns adultos, de capacidades para lidarem com o insucesso; serem capaz de tolerar a violência e transformá-la em violência construtiva.
Este seminário teve como ponto de partida o dia da não violência e da educação para se poder falar nas questões associadas ao Bullying, mas, acima de tudo, se poder abordar o tema da violência saudável e a sua expressão grupal e daqui podermos extrapolar para as questões associadas ao Bullying, que se assume como um sub-tipo de violência.
Contou com a presença de 3 oradoras pertences à nossa Clínica e outras individualidades de Portugal e Espanha.
Ficou patente, na voz da Drª Ana Almeida que a violência é um impulso natural e que a questão não reside na existência da violência, mas sim na incapacidade de a gerir, controlar e canalizar, pois enquanto a repressão for a única forma de resposta perante esta, ela irá sempre irromper e encontrar novas formas de se fazer sentir.
A violência é, num certo sentido, uma necessidade humana básica e todas as crianças têm que encontrar formas adequadas de a integrar nas suas vidas.
A violência saudável/construtiva é a capacidade de criar rupturas, de construir separações, de afirmar a diferença e fazer opções, é a capacidade de dizer não, de agir em prol de uma mudança, de lutar por uma regalia.
Também foram abordadas as questões inerentes aos grupos, donde a sua dinâmica assenta num cruzar de emoções de uns e doutros e podem ter resultados mais ou menos adequados.
Estas questões são particularmente importantes nas adolescência, pois nos adolescentes a identidade ainda está pouco formada e são facilmente manipuláveis em grupo.
A Drª Clara Pracana ressaltou a necessidade de facilitar e estimular o pensamento dos adolescentes e ajudá-los a construir a sua identidade individual e aumentar o auto-conhecimento e auto-confiança
O Dr. Carlos Poiares alertou também para a questão de que se se cresce sem transgressão, vão fazê-la mais tarde; é fundamental a esta acerdermos e que a saibamos gerir.
No final deste dia intenso e tão rico ficou claro que é a falar de cidadania que podemos combater estes actos, que há uma necessidade de luta e que a escola pode agilizar meios de contenção da violência.
É necessário dotarmos as nossas crianças e jovens, e até alguns adultos, de capacidades para lidarem com o insucesso; serem capaz de tolerar a violência e transformá-la em violência construtiva.
segunda-feira, fevereiro 01, 2010
Superprotecção - (ionline)
Ainda de "resseca" do seminário ocorrido no passado sábado em Portimão com o tema "Bullying, a não violência e a educação", o qual foi um sucesso com uma adesão massiva por parte dos participantes e deixando perceber o quanto este tema inqueta pais, professores, educadores, auxiliares de acção educativa...
Hoje ao ler uma notícia no ionline, lembrei-me do seminário, pois esta notícia fala de uma educadora que lançou um livro chamado: "Crianças: o perigo é bom e recomenda-se" (para mais pormenores leiam a notícia)
Para além de toda a polémica, o que aqui quero ressaltar é o facto da superprotecção dos pais ser um dos factores de perigo associados ao bullying..
Para além de se poder repercutir noutros aspectos da personalidade
quinta-feira, janeiro 28, 2010
Haiti
A ternura e o amor chegam a todos os palcos, mas chegam a sobrepor-se ao cenário?
Foto retirada da fotogaleria do Público com seguinte descrição:
Uma das fotografias favoritas de Barria. Entrevistado pelo “Independent”, o fotógrafo descreve: “Não prestei muita atenção à fotografia naquela altura. Há uma quantidade inacreditável de fumo, mas apesar de quase tudo à volta parecer horrível, há qualquer coisa acerca da forma como eles dão as mãos que simplesmente faz com que a fotografia resulte. De certa forma, é um momento terno”
quarta-feira, janeiro 27, 2010
"Das weisse Band"
Estranhos acontecimentos que se assemelham a rituais de punição ocorrem numa pequena vila no norte da Alemanha nos anos que precedem a 1ª Guerra Mundial...
As preocupações e dramas da vila cedo se esvanecem com a ameaça do rebentamento da Guerra . Mais tarde o professor da vila reflecte: "Não teriam sido estes eventos os germes das tragédias que se sucederam? Não terão sido os actos bárbaros então perpetrados uma consequência natural da educação desses indivíduos?
Recomendo vivamente o último filme de Michael Haneke, "O laço branco".
sexta-feira, janeiro 22, 2010
O MISTERIOSO ADMIRADOR DE POE
ANNABEL LEE
It was many and many a year ago,
In a kingdom by the sea,
That a maiden there lived whom you may know
By the name of ANNABEL LEE;
And this maiden she lived with no other thought
Than to love and be loved by me.
I was a child and she was a child,
In this kingdom by the sea;
But we loved with a love that was more than love-
I and my Annabel Lee;
With a love that the winged seraphs of heaven
Coveted her and me.
And this was the reason that, long ago,
In this kingdom by the sea,
A wind blew out of a cloud, chilling
My beautiful Annabel Lee;
So that her highborn kinsman came
And bore her away from me,
To shut her up in a sepulchre
In this kingdom by the sea.
The angels, not half so happy in heaven,
Went envying her and me-
Yes!- that was the reason (as all men know,
In this kingdom by the sea)
That the wind came out of the cloud by night,
Chilling and killing my Annabel Lee.
But our love it was stronger by far than the love
Of those who were older than we-
Of many far wiser than we-
And neither the angels in heaven above,
Nor the demons down under the sea,
Can ever dissever my soul from the soul
Of the beautiful Annabel Lee.
For the moon never beams without bringing me dreams
Of the beautiful Annabel Lee;
And the stars never rise but I feel the bright eyes
Of the beautiful Annabel Lee;
And so, all the night-tide, I lie down by the side
Of my darling- my darling- my life and my bride,
In the sepulchre there by the sea,
In her tomb by the sounding sea.
Edgar Allan Poe
O poeta nasceu a 19 de Janeiro de 1809 e morreu em 1849. DE acordo com o jornal The Guardian, na passada 4ª feira foi a primeira vez em 60 anos que um seu fiel e constante admirador não apareceu para depositar sobre o seu túmulo 3 rosas e meia garrafa de conhaque, como sempre fez. Terá morrido? Estará doente? Ninguém sabe.
A poesia de E. A. Poe continua, no entanto, connosco. Happy Birthday Mr. Poe!
It was many and many a year ago,
In a kingdom by the sea,
That a maiden there lived whom you may know
By the name of ANNABEL LEE;
And this maiden she lived with no other thought
Than to love and be loved by me.
I was a child and she was a child,
In this kingdom by the sea;
But we loved with a love that was more than love-
I and my Annabel Lee;
With a love that the winged seraphs of heaven
Coveted her and me.
And this was the reason that, long ago,
In this kingdom by the sea,
A wind blew out of a cloud, chilling
My beautiful Annabel Lee;
So that her highborn kinsman came
And bore her away from me,
To shut her up in a sepulchre
In this kingdom by the sea.
The angels, not half so happy in heaven,
Went envying her and me-
Yes!- that was the reason (as all men know,
In this kingdom by the sea)
That the wind came out of the cloud by night,
Chilling and killing my Annabel Lee.
But our love it was stronger by far than the love
Of those who were older than we-
Of many far wiser than we-
And neither the angels in heaven above,
Nor the demons down under the sea,
Can ever dissever my soul from the soul
Of the beautiful Annabel Lee.
For the moon never beams without bringing me dreams
Of the beautiful Annabel Lee;
And the stars never rise but I feel the bright eyes
Of the beautiful Annabel Lee;
And so, all the night-tide, I lie down by the side
Of my darling- my darling- my life and my bride,
In the sepulchre there by the sea,
In her tomb by the sounding sea.
Edgar Allan Poe
O poeta nasceu a 19 de Janeiro de 1809 e morreu em 1849. DE acordo com o jornal The Guardian, na passada 4ª feira foi a primeira vez em 60 anos que um seu fiel e constante admirador não apareceu para depositar sobre o seu túmulo 3 rosas e meia garrafa de conhaque, como sempre fez. Terá morrido? Estará doente? Ninguém sabe.
A poesia de E. A. Poe continua, no entanto, connosco. Happy Birthday Mr. Poe!
quinta-feira, janeiro 21, 2010
DE ONDE VEM O NOSSO BEM-ESTAR?
http://www.ionline.pt/conteudo/42950-os-grandes-prazeres-humanos-comida-sexo-e-dar
Mais uma interessante crónica de Nicholas Kristof no i de hoje. É sobre a felicidade, ou melhor dizendo sobre a forma de criarmos para nós próprios motivos e momentos de felicidade, e no papel que a ajuda aos outros pode ter na consecussão desse objectivo que é, ao mesmo tempo - maravilha das maravilhas - egoísta e altruísta.
Mais uma interessante crónica de Nicholas Kristof no i de hoje. É sobre a felicidade, ou melhor dizendo sobre a forma de criarmos para nós próprios motivos e momentos de felicidade, e no papel que a ajuda aos outros pode ter na consecussão desse objectivo que é, ao mesmo tempo - maravilha das maravilhas - egoísta e altruísta.
terça-feira, janeiro 19, 2010
Seminário Bullying: A não Violência e a Educação
A Psicronos em parceria com a Câmara Municipal de Portimão está a organizar um Seminário em Portimão no dia 30 de Janeiro (sábado). Este terá como objectivo debater as questões associadas à violência (seus tipos), à convivência escolar e o grupo de pares e os comportamentos desviantes e de risco e suas repercussões...
Contaremos com a presença de vários oradores:
Bartolomé Bllor
Tânia Paias
Ana Almeida
Clara Pracana
Carlos Poiares
Maria Louro
Marina Carvalho
para mais informações visite http://www.portalbullying.com.pt/
segunda-feira, janeiro 18, 2010
O Laço Branco
Este filme conta uma história passada numa aldeia protestante do norte da Alemanha.
Este filme faz-nos pensar, acerca das consequências que o excesso de rigidez pode fazer, na educação das crianças , ao lhe provocar tanta raiva que qualquer coisa ou pessoa que fuja do que é normal lhes dá a ideia que a podem castigar tal como eles foram castigados.
Este filme faz-nos pensar, acerca das consequências que o excesso de rigidez pode fazer, na educação das crianças , ao lhe provocar tanta raiva que qualquer coisa ou pessoa que fuja do que é normal lhes dá a ideia que a podem castigar tal como eles foram castigados.
sábado, janeiro 16, 2010
FILHOS ADOLESCENTES E S/ NAMORADO(A)S
http://www.ionline.pt/conteudo/42181-a-namorada-pode-dormir-ca-em-casa
(foto: Público)
Na sua coluna de hoje do Público (link acima) José Couto Nogueira responde a uma questão posta por uma mãe com um filho adolescente, que pretendia que a namorada (com 16 anos) dormisse com ele em casa dos pais.
Pelo que sei, este tipo de questão, impensável há uns anos atrás, põe-se frequentemente às mães e pais com filhos que ainda vivem com aqueles (é um facto que cada vez saem mais tarde de casa...). Muitos pais não sabem o que hão- responder, seja por medo de conflitos, seja com medo de parecerem antiquados, seja por não saberem mesmo lidar com este tipo de reinvidicações.
Pela sua pertinência, achei que valia a pena trazer aqui o assunto. Queiram pronunciar-se.
sexta-feira, janeiro 15, 2010
Lhasa
quinta-feira, janeiro 14, 2010
Workshop em Terapia Focada nas Emoções/Processual Experiencial
Este Wokshop irá realizar-se nos dias 12 e 13 de Fevereiro 2010 (das 9:30 às 17:30) em Lisboa.
Destina-se a Psicólogos, Médicos ou estudantes finalistas de ambos os cursos e corresponde, para efeitos de certificação, à primeira parte do nível 1 de treino em Terapia Focada nas Emoções.
Para mais informações consultar o link:
http://wwwsppc.org.pt/modules.php?name=Content&pa=showpage&pid=111
Psicodrama Psicanalítico
I Congresso Internacional de Psicodrama Psicanalítico subordinado ao tema A Transformação da Violência - A Expressão da Criatividade, decorrerá em Lisboa nos dias 26 e 27 de Fevereiro de 2010.
Inscrições
Morada: Alameda dos Oceanos Lote 4.07.01M 2º Dtº, Parque das Nações, 1990-238 Lisboa
E-mail: spppgpt@gmail.com
Inscrições
Morada: Alameda dos Oceanos Lote 4.07.01M 2º Dtº, Parque das Nações, 1990-238 Lisboa
E-mail: spppgpt@gmail.com
terça-feira, janeiro 12, 2010
AS MULHERES E O MERCADO DE TRABALHO
Segundo o Expresso/ The Economist (existe já um um acordo The Economist/Expresso, de maneira que alguns artigos podem ser lidos neste semanário - é o caso deste) o sexo feminino ultrapassará o patamar dois 50% e passará a constituir uma maioria da poulação activa americana. Nos países escandinavos, onde 40% dos legisaladores são mulheres, esta percentagem é já maior e sobretudo existe uma redecde creches muito eficaz.
Mas resta ainda muito por fazer: os ordenados das mulheres continuam a ser sistematicamente mais baixos e poucas mulhres se encontram à frente das grandes empresas.
O desenho acima, de Norman Rockwell (Saturday Evening Post) representa o icon da mulher trabalhadora americana, a Rosie the Riveter, que teve de deitar mãos à obra durante a 2ª Guerra, tal como as suas congéneres na Europa. Parece um pouco masculina, mas em tempos de guerra não se limpam armas. Foi com a 2ª Guerra que as mulheres entraram em força no mercado de trabalho, movimento esse que se tornou imparável.
segunda-feira, janeiro 11, 2010
O Sítio das Coisas Selvagens ou a maneira como uma criança resolve a sua raiva...
sábado, janeiro 09, 2010
Projecto Limpar Portugal
É sempre interessante verificar que ainda, ou cada vez mais, existem projectos de voluntariado ecológico!
Será que as pessoas vão dizer "que diferença é que faz limpar um dia, se os outros dias ninguém limpa!"
Podia simplesmente citar alguém muito conhecido, mas que agora não me lembro o nome, "Para que as forças do mal vençam, basta que os justos nada façam!"
Vale a pena visitar o site http://www.limparportugal.org/ e envolver-se no projecto!
Será que as pessoas vão dizer "que diferença é que faz limpar um dia, se os outros dias ninguém limpa!"
Podia simplesmente citar alguém muito conhecido, mas que agora não me lembro o nome, "Para que as forças do mal vençam, basta que os justos nada façam!"
Vale a pena visitar o site http://www.limparportugal.org/ e envolver-se no projecto!
quarta-feira, janeiro 06, 2010
EM LA TÁ-SE BEM!
http://www.davidlynch.com/dailyreport/index.html
David Lynch a desejar-nos bom ano, de Los Angeles, com sol.
David Lynch a desejar-nos bom ano, de Los Angeles, com sol.
segunda-feira, janeiro 04, 2010
sábado, janeiro 02, 2010
TELEMÓVEIS E DIFERENÇAS CULTURAIS
Fiquei a saber, por leituras ao fim da manhã, uma série de coisas fascinantes e que espelham as diferenças culturais entre os vários povos no que respeita ao uso de telemóveis e smartphones. Por exemplo:
As palavras usadas para designar os telefones móveis reflectem as prioridades de cada sociedade. Assim, enquanto os ingleses (e nós) chamam mobiles a estas engenhocas, acentuando o aspecto da própria mobilidade, os americanos acentuam o lado tecnológico e chamam-lhe cellular. Já os alemães, sempre práticos, designam-nos por Handy, o que enfatiza o facto de caber na palma da mão. É tb os casos com os chineses: sho ji (hand machine).
E quem fala mais ao telefone (versus texto)? Não os japoneses, que preferem textar, e para quem é mal-educado conversar ao telefone de modo a ser ouvido. Mas os americanos e mais ainda os porto-riquenos. Falam que se fartam.
E como se fala ou se escreve? Os parisienses e os madrilenos fazem-no nos passeios ou mesmo na rua, os londrinos parece que têm o hábito de se juntar nas entradas do metro. Aqui em Portugal todos sabemos da vida de todos: é no autocarro, no metro, até no cinema!
O uso dos móveis e smartphones na rua também reflecte o uso e a concepção que fazemos das cidades (outro tópico interessantíssimo e sobre o qual gostava de saber mais para poder escrever sobre ele). Há cidades onde nos deslocamos de um lado para outro, há cidades onde as pessoas se passeiam, etc etc. Paris é a cidade dos flâneures (eu pelo menos flâno que me farto quando lá vou...).
Outro tópico tem a ver com a cobertura: os finlandeses privilegiam as operadoras que prporcionam cobertura nos túneis (et pour cause).
Tb há quem personalize os tel. móveis. Mas não na Índia, onde se revendem. Aí, as mulheres costumam usá-los em bolsas coloridas.
E os indonésios: são os campeões das mensagens escritas (porventura refletindo a dispersão geográfica).
Tudo isto e muito mais fiquei a saber lendo...................adivinhem onde!
http://www.economist.com/displayStory.cfm?story_id=15172850&source=features_box_main
quarta-feira, dezembro 30, 2009
Homossexualidade NÃO é doença.
segunda-feira, dezembro 28, 2009
COMO SE GANHA A CONFIANÇA
O filósofo José Gil assina esta semana na revista Visão mais uma crónica, e como de costume interessante. Intitula-se "Confiança". Perdoar-me-ão não pôr aqui o link, mas o site da Visão é fraco e de difícil consulta. Ou seja, nunca se encontra o que se quer. É uma pena que os media tradicionais continuem a não perceber as vantagens de ter um site bem construído, mas lá irão um dia... Excepção a esta regra é o site do i. Quer se goste ou não do jornal, o site é bastante bom.
Nada disto diminui, no entanto, a importância desta última crónica de Gil, cujo tema é o da construção da confiança (individual ou colectiva). Escreve ele às tantas:
"...como se ganha a confiança de uma criança fechada sobre si ou desconfiada? Falando-lhe de tal modo que ela cesse de pensar que tem ali uma ameaça em potência, falado-lhe de uma coisa que lhe interessa, criando um terceiro termo mediador que abra a criança para o mundo e transfira a sua atenção de nós para um objecto que lhe interesse e nos interesse; eventualmente, construindo com ela esse objecto, um jogo, um brinquedo comum. Propor-lhe uma tarefa em que invista as suas forças".
Poucas vezes tenho visto uma melhor metáfora do que é o trabalho psicoterapêutico/psicanalítico.
Winnicott chmava a este objecto "transaccional", Widlocher fala de co-pensamento no trabalho terapêutico.
Mas leiam todo o artigo, que vale a pena. É urgente.
Nada disto diminui, no entanto, a importância desta última crónica de Gil, cujo tema é o da construção da confiança (individual ou colectiva). Escreve ele às tantas:
"...como se ganha a confiança de uma criança fechada sobre si ou desconfiada? Falando-lhe de tal modo que ela cesse de pensar que tem ali uma ameaça em potência, falado-lhe de uma coisa que lhe interessa, criando um terceiro termo mediador que abra a criança para o mundo e transfira a sua atenção de nós para um objecto que lhe interesse e nos interesse; eventualmente, construindo com ela esse objecto, um jogo, um brinquedo comum. Propor-lhe uma tarefa em que invista as suas forças".
Poucas vezes tenho visto uma melhor metáfora do que é o trabalho psicoterapêutico/psicanalítico.
Winnicott chmava a este objecto "transaccional", Widlocher fala de co-pensamento no trabalho terapêutico.
Mas leiam todo o artigo, que vale a pena. É urgente.
UTE LEMPER
ão é tesourinho musical de fim de semana, mas é melhor: Ute Lemper em Paris. Ouvi, de ouvidos bem abertos!
domingo, dezembro 27, 2009
OUTRO TESOURINHO MUSICAL PARA O FIM DE SEMANA
Lucky to have been where I've been ( Jason Mraz and Colbie Caillat)
Duas horas de videojogos por dia
A Associação Espanhola de Pediatria considera que os jovens não devem jogar mais do que duas horas seguidas de videojogos sob risco de ficarem viciados.
Agora que o Natal passou e muitas crianças e jovens receberam consolas de videojogos como prendas, é importante relembrar aos adultos responsáveis pela saúde mental destes jovens que eles NÃO devem jogar mais do que duas horas seguidas, como afirma a Associação Espanhola de Pediatria.
Os jogos de computador (videojogos) podem ser extremamente importantes para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes porque lhes permitem treinar uma serie de competências e são óptimas ferramentas para desenvolver e potenciar a auto-estima se usados com moderação; mas quando a criança se começa a desligar dos amigos, da família e se refugia constantemente na televisão e na consola corre o risco de se tornar adito.
http://www.psiquiatria.com/noticias/trastornos_infantiles/otros_trastornos/prevencion2/45809/
sábado, dezembro 26, 2009
O SOLSTÍCIO DE INVERNO
(photo: writerinspired.wordpress.com)
Agora que está (quase) passada a chamada quadra natalícia e nos preparamos para mais umas festas "obrigatórias" (as da passagem de ano), interrogo-me sobre o sentido de tudo isto - se é que faz algum sentido. Sim, bem sei que o natal cristão veio sobrepôr-se a festividades muito antigas e que tinham a ver com o solstício de inverno. O cristianismo tentou sempre, com muita habilidade, absorver os rituais pagãos, digeri-los e dar-lhes um outro sentido mais conforme à doutrina.
O certo é que, no início do século XXI, andamos a festejar o solstício de inverno - numa época, ó ironia das ironias, em que se fala de aquecimento global - com rituais obsessivo-compulsivos de compras, presentes, cheques-oferta, um sem-fim de correrias consumísticas.
Uma canseira, meus caros. Serei só eu que estou farta?
Agora que está (quase) passada a chamada quadra natalícia e nos preparamos para mais umas festas "obrigatórias" (as da passagem de ano), interrogo-me sobre o sentido de tudo isto - se é que faz algum sentido. Sim, bem sei que o natal cristão veio sobrepôr-se a festividades muito antigas e que tinham a ver com o solstício de inverno. O cristianismo tentou sempre, com muita habilidade, absorver os rituais pagãos, digeri-los e dar-lhes um outro sentido mais conforme à doutrina.
O certo é que, no início do século XXI, andamos a festejar o solstício de inverno - numa época, ó ironia das ironias, em que se fala de aquecimento global - com rituais obsessivo-compulsivos de compras, presentes, cheques-oferta, um sem-fim de correrias consumísticas.
Uma canseira, meus caros. Serei só eu que estou farta?
sexta-feira, dezembro 25, 2009
TESOURINHO MUSICAL
Melody Gardot - Baby I'm a Fool, recomendada por ouvido amigo: http://blip.fm/~ib0zy
quarta-feira, dezembro 23, 2009
O NATAL, A FAMÍLIA E OS SOGROS
Esta época natalícia, já aqui vários de nós têm referido neste blog, é complicada a nível dos afectos e relacionamentos.
Achei a crónica que abaixo linco muito interessante, até pela franqueza com que a questão é posta. Poucas pessoas, julgo eu, seriam capazes de expor o problema o nos termos em que esta mulher o faz. Leiam que vale a pena.
http://parenting.blogs.nytimes.com/2009/12/23/disliking-your-in-laws/
Achei a crónica que abaixo linco muito interessante, até pela franqueza com que a questão é posta. Poucas pessoas, julgo eu, seriam capazes de expor o problema o nos termos em que esta mulher o faz. Leiam que vale a pena.
http://parenting.blogs.nytimes.com/2009/12/23/disliking-your-in-laws/
terça-feira, dezembro 22, 2009
POBRETES MAS ALEGRETES?
Está a decorrer neste momento na revista The Economist um debate online sobre os tempos de trabalho europeus e americanos em termos de férias e feriados.
A questão não tem nada de ocioso, sobretudo numa altura em que as dificuldades apertam e muitas sociedades (muito especialmente a portuguesa!) estão a empobrecer.
O ponto de partida é muito simples: apesar da produtividade ter aumentado mais na Europa do que nos USA, o rendimento per capita europeu permanece à volta dos 70% do dos norte-americanos.
Quem quer participar no debate? Lá porque somos portugueses não temos de ser desinteressados.
http://www.economist.com/debate/days/view/435
A questão não tem nada de ocioso, sobretudo numa altura em que as dificuldades apertam e muitas sociedades (muito especialmente a portuguesa!) estão a empobrecer.
O ponto de partida é muito simples: apesar da produtividade ter aumentado mais na Europa do que nos USA, o rendimento per capita europeu permanece à volta dos 70% do dos norte-americanos.
Quem quer participar no debate? Lá porque somos portugueses não temos de ser desinteressados.
http://www.economist.com/debate/days/view/435
Dislexia
A dislexia é caracterizada por dificuldades significativas na aquisição e no uso das capacidades de escuta, de fala, de leitura, de escrita, de raciocínio ou das capacidades matemáticas.
Esta desordem intrínseca ao indivíduo, pode estar associada a uma disfunção do sistema nervoso central e pode ocorrer ao longo da vida.
Embora estas dificuldades possam ocorrer paralelamente a outras condições de incapacidade ou influências extrínsecas – tais como, diferenças culturais, ensino insuficiente ou inadequado - elas não são devidas a tais condições ou influências.
No DMS-IV, podemos destacar como critérios de diagnóstico:
- Capacidade para a leitura, escrita e cálculo (...) substancialmente abaixo do nível esperado para a idade cronológica do sujeito, quociente de inteligência e escolaridade própria para a sua idade;
- Os problemas de aprendizagem interferem significativamente com o rendimento escolar ou actividades da vida quotidiana que requerem capacidades de leitura, escrita ou cálculo;
- Em presença de um défice sensorial, as dificuldades na capacidade de cálculo são excessivas em relação às que lhe estariam habitualmente associadas.
Esta desordem origina dificuldades de aprendizagem específicas:
- Na leitura, nomeadamente no que diz respeito ao aprender os sons das letras, dividir as palavras em sons, erros e na compreensão da leitura e leitura lenta;
- Na linguagem oral, nomeadamente má interpretação da linguagem ouvida, falta de consciência dos diferentes sons nas palavras e rimas, e dificuldade na organização dos pensamentos;
- Na escrita, nomeadamente na organização das ideias, erros ortográficos e má caligrafia (forma das letras e organização espacial);
- Na matemática, nomeadamente na memorização de factos matemáticos, dificuldade na sequencialização dos passos para a resolução de problemas e transposição de dígitos em números.
Esta dificuldade em aprendizagens específicas tem impacto nas crianças e nos jovens, onde destacamos:
- Falta de controlo sobre si mesmo;
- Dificuldade de ajustamento à realidade;
- Problemas de comunicação;
- Auto-conceito e auto-estima baixos;
- Reduzida tolerância à frustração;
- Implusividade;
- Falta de avaliação crítica;
- Ausência de discermimento;
- Falta de percepção social;
- Falta de cooperação;
- Raramente antecipam as consequências dos seus comportamentos.
Esta desordem pode ter como consequências reações interiorizadas na criança e nos jovens, como a ansiedade, o evitamento do trabalho escolar, timidez e/ou vitimização, doenças psicossomáticas, recusa em ir à escola e baixa auto-estima.
Esta desordem intrínseca ao indivíduo, pode estar associada a uma disfunção do sistema nervoso central e pode ocorrer ao longo da vida.
Embora estas dificuldades possam ocorrer paralelamente a outras condições de incapacidade ou influências extrínsecas – tais como, diferenças culturais, ensino insuficiente ou inadequado - elas não são devidas a tais condições ou influências.
No DMS-IV, podemos destacar como critérios de diagnóstico:
- Capacidade para a leitura, escrita e cálculo (...) substancialmente abaixo do nível esperado para a idade cronológica do sujeito, quociente de inteligência e escolaridade própria para a sua idade;
- Os problemas de aprendizagem interferem significativamente com o rendimento escolar ou actividades da vida quotidiana que requerem capacidades de leitura, escrita ou cálculo;
- Em presença de um défice sensorial, as dificuldades na capacidade de cálculo são excessivas em relação às que lhe estariam habitualmente associadas.
Esta desordem origina dificuldades de aprendizagem específicas:
- Na leitura, nomeadamente no que diz respeito ao aprender os sons das letras, dividir as palavras em sons, erros e na compreensão da leitura e leitura lenta;
- Na linguagem oral, nomeadamente má interpretação da linguagem ouvida, falta de consciência dos diferentes sons nas palavras e rimas, e dificuldade na organização dos pensamentos;
- Na escrita, nomeadamente na organização das ideias, erros ortográficos e má caligrafia (forma das letras e organização espacial);
- Na matemática, nomeadamente na memorização de factos matemáticos, dificuldade na sequencialização dos passos para a resolução de problemas e transposição de dígitos em números.
Esta dificuldade em aprendizagens específicas tem impacto nas crianças e nos jovens, onde destacamos:
- Falta de controlo sobre si mesmo;
- Dificuldade de ajustamento à realidade;
- Problemas de comunicação;
- Auto-conceito e auto-estima baixos;
- Reduzida tolerância à frustração;
- Implusividade;
- Falta de avaliação crítica;
- Ausência de discermimento;
- Falta de percepção social;
- Falta de cooperação;
- Raramente antecipam as consequências dos seus comportamentos.
Esta desordem pode ter como consequências reações interiorizadas na criança e nos jovens, como a ansiedade, o evitamento do trabalho escolar, timidez e/ou vitimização, doenças psicossomáticas, recusa em ir à escola e baixa auto-estima.
domingo, dezembro 20, 2009
ÀS COMPRAS: MULHER OU HOMEM?
http://www.telegraph.co.uk/science/science-news/6720150/Shopping-styles-of-men-and-women-all-down-to-evolution-claim-scientists.html
O artigo é sobre as diferentes atitudes no que respeita a homens e mulheres. Aparentemente, isso tem a ver com a evolução. Os homens iam caçar e, com alguma sorte, caçavam. As mulheres tinham que escolher com cuidado entre os alimentos disponíveis (sementes, frutas, carne, crustáceos, etc.).
Diz o Prof Kruger:"Women gained the skills of how to get the best quality food in cave man times because if they chose the wrong berry or nut it could kill".
As mulheres dedicavam-se a escolher cuidadosamente, muitas vezes na companhia das crianças. Segundo os cientistas, a razão por que as mulheres gostam de passar horas em lojas, enquanto os homens entram, compram e saem, tem a ver com o seu passado como caçadores/recolectores.
(picture: rock_leonine)
O artigo é sobre as diferentes atitudes no que respeita a homens e mulheres. Aparentemente, isso tem a ver com a evolução. Os homens iam caçar e, com alguma sorte, caçavam. As mulheres tinham que escolher com cuidado entre os alimentos disponíveis (sementes, frutas, carne, crustáceos, etc.).
Diz o Prof Kruger:"Women gained the skills of how to get the best quality food in cave man times because if they chose the wrong berry or nut it could kill".
As mulheres dedicavam-se a escolher cuidadosamente, muitas vezes na companhia das crianças. Segundo os cientistas, a razão por que as mulheres gostam de passar horas em lojas, enquanto os homens entram, compram e saem, tem a ver com o seu passado como caçadores/recolectores.
(picture: rock_leonine)
sábado, dezembro 19, 2009
Inscrição na Ordem dos Psicólogos aberta
Atenção a todos os colegas Psicólogos:
Já está aberta a inscrição na ordem dos psicólogos - é obrigatória!
Saiba mais em www.ordemdospsicologos.pt
Já está aberta a inscrição na ordem dos psicólogos - é obrigatória!
Saiba mais em www.ordemdospsicologos.pt
MÚSICA
Como mesmo os mais distraídos devem ter notado, as relações das marcas com os consumidores estão a mudar, e muito. A publicidade tradicional (jornais, tvs, etc) está em queda desde há anos. Na internet, as coisas passam-se diferentemente.
As formas de promoção na net são certamente diferentes, ambora o chamado marketing viral seja, na forma, algo de semelhante. Mas o caso de que vos queria falar hoje envolve música e tem sobretudo a ver com a publicidade negativa, uma coisa de que as marcas fogem como diabo da cruz. Algumas delas (as mais espertalhonas) têm mesmo pessoas a monitorar o que se comenta delas nos sites, blogs e redes sociais, para tentar reparar eventuais danos à imagem. Cá em Portugal ainda não se faz. Eu, por exemplo, ando a protestar contra a fraca qualidade das boxes da Zon, que funcionam pessimamente, mas até agora ainda ninguém me deu ouvidos, apesar do CEO da Zon ser um ex-quadro da Microsoft e ter obrigação de estar mais atento. Enfim, neste país até a Microsoft amolece...
O caso de Dave Caroll foi diferente: líder de uma banda country, uma das suas melhores guitarras apareceu estralhaçada após uma viagem na United Airlines. O rapaz protestou, mas os serviços da empresa mandaram-no passear. Vai daí, ele compuseram uma música intitulada "United Breaks Guitars" que já foi vista no Youtube por milhares de pessoas. A música é óptima e a letra...bem, essa, vale a pena ouvir com atenção...
A empresa anda a tentar reparar os danos à imagem propondo a Dave uma indemnização, ele mandou-os passear.
Soubesse eu mais de música e talvez já conseguisse que a minha box gravasse...
quinta-feira, dezembro 17, 2009
DEMOCRACIA A FUNCIONAR MAL
"Esta democracia não está a funcionar bem, sobretudo porque a Justiça está muito mal".
"A imprensa livre, felizmente, tornou pública a justiça".
Estas são duas das afirmações do sociólogo António Barreto numa entrevista à jornalista Helena Garrido do Jornal de Negócios e que pode ser vista e ouvida em:
A política/democracia/cidadania é um assunto ao qual volto repetidamente porque, ao contrário do que algumas pessoas pensam, diz respeito a todos nós.
Vejam por exemplo o que se está a passar com o parlamento e com o governo neste momento. Num país à beira da falência, continuam a personalizar-se as discussões e em vez de se discutirem ideias e projectos que servissem ao país, trocam-se insultos tontos. E isto, atenção, aplica-se tanto à esquerda como à direita. O desnorte é total e fica-se com a sensação nítida de que os nossos representantes (serão mesmo nossos representantes?) se estão verdadeiramente nas tintas para os problemas importantes.
António Barrteo é uma voz sensata, séria e inteligente no triste panorama nacional. Convém ouvi-lo. E reler a entrevista que ele deu ao jornal i há há umas semanas atrás (28/11) sobre os estado em que está Portugal.
O que está a acontecer com a Grécia é muito provável que venha a contecer connosco brevemente, se não emendarmos a mão. Dificuldades no crédito, subida dos juros, aumento (ainda naior!) do desemprego, tudo isso são coisas que vão degradar radicalmente a nossa vida. Não se adivinham tempos fáceis.
"A imprensa livre, felizmente, tornou pública a justiça".
Estas são duas das afirmações do sociólogo António Barreto numa entrevista à jornalista Helena Garrido do Jornal de Negócios e que pode ser vista e ouvida em:
A política/democracia/cidadania é um assunto ao qual volto repetidamente porque, ao contrário do que algumas pessoas pensam, diz respeito a todos nós.
Vejam por exemplo o que se está a passar com o parlamento e com o governo neste momento. Num país à beira da falência, continuam a personalizar-se as discussões e em vez de se discutirem ideias e projectos que servissem ao país, trocam-se insultos tontos. E isto, atenção, aplica-se tanto à esquerda como à direita. O desnorte é total e fica-se com a sensação nítida de que os nossos representantes (serão mesmo nossos representantes?) se estão verdadeiramente nas tintas para os problemas importantes.
António Barrteo é uma voz sensata, séria e inteligente no triste panorama nacional. Convém ouvi-lo. E reler a entrevista que ele deu ao jornal i há há umas semanas atrás (28/11) sobre os estado em que está Portugal.
O que está a acontecer com a Grécia é muito provável que venha a contecer connosco brevemente, se não emendarmos a mão. Dificuldades no crédito, subida dos juros, aumento (ainda naior!) do desemprego, tudo isso são coisas que vão degradar radicalmente a nossa vida. Não se adivinham tempos fáceis.
quarta-feira, dezembro 16, 2009
COMO NOS TORNARMOS NO NOSSO PIOR INIMIGO
"Qualquer pessoa pode ser infeliz, mas tornar-se infeliz é algo que tem de ser aprendido, e para esse obectivo não bastam só alguns golpes da sorte".
Este parágrafo foi tirado do livro de Paul Watzlawick intitulado "The Situation is Hopeless But Not Serious". Escrito nos anos oitenta é um grande (pequeno em tamanho) livro perfeitamente actual. Julgo que existe uma tradução em português.
Partindo do absurdo, Watzlawick analisa questões como "por que é que alguém há-de gostar de mim?" e outras ideias fixas com que nos infernizamos a vida. Muito resumidamente, este livro é sobre como tornarmos o nosso dia a dia num inferno e aumentar as pequenas contrariedades por forma a torná-las monstruosas.
Durante muito anos professor em Palo Alto, Califórnia, Watzlawick, nascido na Áustria em1921, morreu há três anos. Era um homem de génio.
Este livro, como os outros deste autor, consegue o milagre de ser divertido e profundo ao mesmo tempo. Boa leitura de Natal e um bom presente também.
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Tempo das Crianças na Creche
Sou da opinião de quanto mais pequenas são as crianças, menos tempo devem passar na creche. Pois o pouco tempo diário que resta à criança, quando está com os pais, é ocupado com tarefas diárias como o banho, a alimentação e o dormir, e pouco tempo sobra para os momentos descontraidos e para as brincadeiras que favorecem a vinculação.
A vinculação, é uma ligação emocional recíproca e doradoura entre o bebé e a figura parental, em que cada um contribui para a qualidade da relação. Assegurando, assim, as necessidades psicossociais e físicas do bebé.
Quando mais segura for a vinculação da criança ao adulto que dela cuida, mais fácil é para a criança, se tornar independente deste adulto e desenvolver boas relações com os outros.
Estudos apontam que as crianças pequenas com uma vinculação segura são mais curiosas, competentes, empáticas, resilientes e confiantes, dão-se melhor com as outras crianças e têm mais tendência para formar relações de amizade próximas. Interagem mais positivamente com os outros e são mais independentes, tendendo a ter uma auto-imagem mais positiva.
Estas vantagem continuam no período escolar, na adolêscencia.
Neste sentido, julgo fundamental valorizar os momentos familiares diáriamente, que tantas vezes ficam comprometidos pelo excesso de tempo que as crianças passam nas creches e o excesso de carga horária laboral dos pais. Não desvalorizando, claro, a importância da frequência da creche e da pré-escola para o desenvolvimento das competências cognitivas e sociais das crianças.
domingo, dezembro 06, 2009
sábado, dezembro 05, 2009
A VIDA SEXUAL DOS ANIMAIS
Li este fim de semana na revista Visão, uma notícia espantosa. Uma empresa brasileira chamada Petsmiling estaria a comercializar cadelas insufláveis.
O objecto, que dá pelo nome de DoggieLoverDoll, tem 18 cm de altura e cor vermelha (ver fotog. junta). Proporcionaria um aumento do bem estar (tanto físico como psicológico) dos nossos cãezinhos e, dizem os seus promotores, evitaria o embaraçante roçar nas pernas das visitas a que se dedicam alguns destes animais de companhia.
Sou suspeita: tenho um adorável basset-hound, cheio de personalidade, mas que, fruto talvez da irrepreensível educação sexual que lhe proporcionámos, nunca andou a roçar por ninguém. Estive a ver o site, e a olhar com atenção para as fotografias da boneca, sob os vários ângulos. O tal canal é bem visível, mas acho a cor muito estranha e pouco apelativa (uma cadela vermelha?! Parece um jelly). E, se bem conheço a psicologia canina, outra coisa me confunde: então e o cheiro? Já não interessa? E o pêlo? Será que também os cães optaram pela moda (importada do Brasil, lá está...) da depilação total?
Enfim, como vêem, estou decepcionada com as características do objecto, que me parece demasiado funcional e pouco sensorial. Acho que não vou oferecer ao Jonas este presente pelo Natal. Quero o melhor para ele, mas... "less is more", como dizia a Elsa no seu último post sobre os presentes nesta quadra.
O objecto, que dá pelo nome de DoggieLoverDoll, tem 18 cm de altura e cor vermelha (ver fotog. junta). Proporcionaria um aumento do bem estar (tanto físico como psicológico) dos nossos cãezinhos e, dizem os seus promotores, evitaria o embaraçante roçar nas pernas das visitas a que se dedicam alguns destes animais de companhia.
Sou suspeita: tenho um adorável basset-hound, cheio de personalidade, mas que, fruto talvez da irrepreensível educação sexual que lhe proporcionámos, nunca andou a roçar por ninguém. Estive a ver o site, e a olhar com atenção para as fotografias da boneca, sob os vários ângulos. O tal canal é bem visível, mas acho a cor muito estranha e pouco apelativa (uma cadela vermelha?! Parece um jelly). E, se bem conheço a psicologia canina, outra coisa me confunde: então e o cheiro? Já não interessa? E o pêlo? Será que também os cães optaram pela moda (importada do Brasil, lá está...) da depilação total?
Enfim, como vêem, estou decepcionada com as características do objecto, que me parece demasiado funcional e pouco sensorial. Acho que não vou oferecer ao Jonas este presente pelo Natal. Quero o melhor para ele, mas... "less is more", como dizia a Elsa no seu último post sobre os presentes nesta quadra.
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