domingo, julho 31, 2011
STAVANGER, NORUEGA
Out of the blue, sai aquele psicopata que desata a matar pessoas. A mente humana é um abismo.
sábado, julho 30, 2011
Morreu David Servan-Schreiber
Morreu, no Domingo (24/07/2011), o Neuro-Psiquiatra, David Servan-Schreiber, aos 50 anos de idade. Depois de 20 anos a lutar contra um cancro muito agressivo situado no cérebro, acabou por sucumbir.
Autor de vários livros como "Anti-cancro" ou "Curar... o stress, a ansiedade e a depressão sem medicamentos nem psicanálise", Servan-Schreiber consiliou sempre uma carreira exímia no que respeita à investigação científica e rigorosa na área da psicologia e neurociências, com uma abertura invulgar a outros saberes e práticas medicinais. Foi co-fundador e director do Centro de Medicina Integrativa na Universidade do Centro Médico de Pittsburgh, presidente de EMDR França e um dos 7 fundadores do grupo de Médicos Sem Fronteiras, ganhadores de prémio Nobel da Paz.
A sua investigação nas áreas, tanto da prevenção, como da intervenção nas mais variadas doenças vieram expandir o conhecimento académico que se tinha das possibilidades e níveis de intervenção na medicina holística.
Vale muito a pena descobrir este autor, sobretudo através das suas obras literárias muito acessíveis, rigorosas e revolucionárias.
quinta-feira, julho 21, 2011
Cooperação Vs Competição
Hoje em dia caminha-se cada vez mais para o respeito e consideração pela dignidade humana. Humana porque relativa ao ser humano em todos os seus aspectos: transversal ao género e à idade.
No entanto, esta dignidade continua a ser afectada pela nossa condição animal menos evoluída e mais egoísta. Ou seja, na prática, a lei do mais forte continua a vigorar na forma como atribuímos valor e legitimidade a outros seres humanos: o "machismo" não é (ainda) um problema só do passado mas, sobretudo as crianças, continuam a ser criaturas "menores" cuja dignidade continua a ser proporcional ao seu poder/força.
Deste modo e relativamente ao primeiro problema, da assimetria de géneros, Sarah Hrdy, uma antropóloga evolucionista chamou recentemente a atenção para a forma como, mesmo relativamente à História da Humanidade, herdámos de Darwin um modelo antropocêntrico masculino e machista, onde o papel da mulher e do grupo (da sociedade, actualmente) foi desvalorizado e secundarizado. Critica a ênfase no poder e na competição por oposição à ênfase na cooperação (http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49925&op=all). Maynard Smith, um biólogo evolucionista e geneticista, tem também salientado, por seu turno, a importância da cooperação afirmando que foi ela que nos permitiu chegar onde chegámos, desde o estado de matéria não-viva, passando pelas células assexuadas, células sexuadas, mamíferos, até ao Homem.
A cooperação põe a tónica na interdependência criativa e potenciadora, enquanto que a competição, nomeadamente pela expressão - "lei do mais forte" -, privilegia o poder ("egoísta") sobre o outro enquanto motor da evolução.
Actualmente, como dizia, a nossa capacidade de cooperar, amplamente desenvolvida através dos chamados "neurónios espelho" que se pensam estar na base da EMPATIA, tem-nos incentivado à protecção dos direitos humanos, isto é, à defesa também e, sobretudo, do mais fraco. Mas e as crianças?
Alice Miller, psicanalista de renome, dedicou-se a estudar e a escrever sobre os efeitos que uma educação autoritária e punitiva sobretudo corporalmente (muito comum!), tem na saúde mental da sociedade. A autora chama a atenção para o paradigma judaico-cristão (ou o “epistema” como Michel Onfray o descreve, indo ainda mais longe...) em que actualmente a sociedade ocidental ainda se baseia e onde a criança foi sempre vista como uma espécie de ser selvagem que precisa de ser domesticado, civilizado e vergado.
Antiga criança, o adulto agora responsável pelos seus filhos e membro activo na sociedade, perpetua este ciclo de autênticos abusos, agravados pelo silêncio da vítima indefesa que é a criança e pela “pedagogia envenenada” onde o autoritarismo e a violência são sempre agidas “para o bem da criança”; é o mundo virado do avesso.
Alice Miller desenvolve estas ideias de forma muito aprofundada e cuidadosa ao longo dos muitos livros e artigo que redigiu. Pode ser encontrada muita desta informação no seu site oficial: http://www.alice-miller.com/index_en.php
terça-feira, julho 12, 2011
Frase crua do dia
sexta-feira, julho 08, 2011
ARTE
Lindos e estranhos objectos de arte feitos em madeira por Cha Jong-Rye
http://thisiscolossal.com/2011/06/the-woodwork-of-cha-jong-rye/
domingo, junho 26, 2011
SAL MAIOR QUE GENGHIS
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Um jovem americano de 34 anos, de nome Sal Khan, licenciado pelo MIT, criou um site onde, por meios de vídeos, explica com uma capacidade pedagógica fora do normal, questões ligadas a 40 áreas do conhecimento.
A Khan Academy (www.khanacademy.org) oferece mais de 2000 horas de aulas! Vale a pena ir lá ver.
domingo, junho 19, 2011
Só Me Conheço Como Sinfonia
Portuguesa de Psicodrama Psicanalítico de Grupo têm o prazer
de o convidar a participar na apresentação de Musicodrama:
Do "Omnibus Membris Rythmicus" Ao "Só Me Conheço Como Sinfonia"
Dr. Fernando Rato
Dra. Maria João Sousa e Brito
21 de Junho - 21h30 - Lisboa
Livraria Ler Devagar - LxFactory
sábado, junho 18, 2011
DE NOVO O EMPPREENDEDORISMO
Tanto os Estados Unidos como a Europa viveram uma época única a seguir à 2a Guerra Mundial. Esse tempo, q corresponde a geração dos baby-boomers, passou e já nao volta mais.
Nunca é demais insistir nos traços e competências q sao necessários ao empreendedor. Muitos deles podem ser aprendidos e é isso q é importante saber.
Já aqui falei disso num post anterior.
Entretanto, mãozinha amiga deu-me a conhecer este site, muito útil. O link segue para a página onde se referem algumas formas de aumentar a criatividade. O site chama-se Entrepreneur:
quinta-feira, junho 16, 2011
domingo, junho 12, 2011
Como dores físicas podem mascarar depressão
A ciência tem-se afastada cada vez mais do dualismo cartesiano que separa inequivocamente mente e corpo. Actualmente existe uma área denominada por psicossomática, que no sentido lato, se interessa pela forma como mente e corpo interagem e, sobretudo, como factores de índole "psicológica" podem originar ou contribuir para problemas somáticos (do corpo).
Estando a comunidade científica cada vez mais sensibilizada para esta interface, foi publicada uma notícia no jornal "Cienciahoje" (http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49326&op=all), onde se pode ler, como dores nas costas, tonturas, mal-estar gástrico e, principalmente, falta de apetite sexual e fadiga, podem ser sinais de depressão.
Estes sintomas são na maior parte das vezes reportados ao médico de família estimando-se que 35% de casos deste tipo de depressão mascarada não seja diagnosticada. Nestes casos é, por exemplo, frequente existirem dores resistentes a analgésicos.
Estes sintomas são muitas vezes o rosto de uma depressão abafada ou o grito do “corpo” que a “mente” não consegue exprimir.
É importante estar atento à forma multifacetada pela qual a ansiedade e/ou depressão se podem manifestar: é hoje sabido que a persistência destes afectos negativos influência negativamente a postura, tensão, energia, hormonas, digestão, sono, apetite, etc.
Afinal o bem-estar (bem como o mal-estar) é sempre geral e bio-psicológico: se sofro fisicamente, fico abatido e triste; se estou stressado ou deprimido todo o meu corpo se ressente podendo dar origem a toda uma panóplia de dores e mal-estares físicos.
sexta-feira, junho 03, 2011
O MEU RIM POR UM IPAD!
Fica-se aparvalhado. Ou, como dizem os ingleses, "the mind boggles".
Ora leiam e pasmem:
http://bigbrowser.blog.lemonde.fr/2011/06/03/geek-mon-rein-gauche-pour-un-ipad/#xtor=EPR-32280229-%5BNL_Titresdujour%5D-20110603-%5Bzoneb%5D
quarta-feira, maio 18, 2011
"Cientistas querem simular cérebro num super computador"
Dependência tabágica
sábado, maio 14, 2011
DEPENDÊNCIA AMOROSA
Numa coluna do jornal Le Monde o psiquiatra e psicanalista Serge Hefez responde a dúvidas dos leitores sobre esta questão:
http://www.lemonde.fr/week-end/article/2011/02/11/vivre-la-dependance-amoureuse_1474870_1477893.html
quinta-feira, maio 12, 2011
Psicólogo em ponto pequeno
"Nada, só o ajudei a chorar".
terça-feira, maio 10, 2011
Despiste precoce do autismo
sábado, abril 30, 2011
SERÀ POSSÍVEL CONCILIAR O TRABALHO COM OS OBJECTIVOS PESSOAIS?
Estou neste momento a preparar uma longa aula no âmbito da Psicologia das Organizações, por sugestão da nossa colega Tânia Paias, que todos conhecem como a nossa especialista em bullying, e deparei-me com uma questão quase básica, mas que passará também certamente pela cabeça de muitos de nós. E que não é, afinal, tão básica como isso, porque envolve uma série de factores.
A questão, posta muito simplesmente, é esta: é possível conciliar os interesses da empresa ou organização para a qual trabalhamos e os nossos? Às vezes os conflitos e o mau ambiente são tais que até parece que não. Mas numa organização verdadeiramente funcional é possível.
Uso o termo "organização funcional" por paralelismo com a família funcional.
Como explicou muito bem o psicanalista inglês Donald Meltzer, são (ou deveriam ser) funções da família conter as ansiedades da criança, ensinar a tolerar a frustração, facilitar a aprendizagem e a socialização, promover a esperança.
E como é promover a esperança numa organização, em que somos (e devemos ser tratados como tal) adultos e não crianças?
Promover a esperança é um papel do líder. Este deverá suscitar o envolvimento dos colaboradores na definição dos objectivos, de forma que as pessoas se identiquem com eles e se sintam parte de um todo. Os objectivos devem ser claros, moderadamente difíceis, mas exequíveis. As prioridades devem ser claras e devem existir planos de contigência. A determinação e a persistência são sem dúvida qualidades na vida e na profissão, mas o líder deve também propiciar a redefinição de objectivos se tal se justificar (a teimosia cega e a falsa esperança prejudicam o bom desempenho e cria uma frustração excessiva).
Só numa organização funcional, parece-me, será possível que as pessoas cresçam como pessoas e como profissionais e retirem satisfação do trabalho. Colaboradores que gostam do que fazem e estão emocionalmente investidos, são a melhor garantia de desempenho tanto deles como da organização para que trabalham.
Madoff
Há umas semanas saiu no jornal Expresso um suplemento com uma entrevista a Madoff, autor da maior fraude financeira de sempre. Um dos pontos altos do texto foi a alegada pergunta de Madoff à sua terapeuta, na prisão: “sou um sociopata?”. A resposta foi claramente negativa, acrescentando, em jeito de justificação, que ele tem uma moral e remorsos.
Ao ler a narrativa de Madoff sobre tudo o que aconteceu, nomeadamente depois de ter confessado a fraude e depois de todas as consequências destrutivas que isso teve em termos familiares (suicídio de um dos seus 2 filhos, por ex.), descobrimos que, afinal, talvez não seja o monstro que se poderia pensar. Dando também crédito à opinião da sua psicóloga, poder-se-á entender o sucedido não apenas evocando o seu “defeito de carácter”, mas também como a conjugação entre uma oportunidade aliciante vinda do exterior em determinada altura e uma personalidade frágil, provavelmente com carências narcísicas importantes e um traço psicopático (mais ou menos) latente. Em certa medida, é caso para perguntar até que ponto a “ocasião faz o ladrão”. Porque se é verdade que neste caso o ladrão também forjou a ocasião, Madoff poderia tê-la forjado em muitas outras ocasiões, coisa que, (é-nos dado a crer) não fez.
Não era pois um grande sociopata à espera da primeira oportunidade para enriquecer à custa de quem fosse. Não. Como se costuma dizer, “o poder corrompe”. E talvez seja esta mistura de factores (constitucionais – de personalidade – e ambientais) que, na maioria das vezes, originarão a corrupção dos poderosos de que tanto se fala.
Talvez um dos factores mais preocupantes do modus operandi da nossa sociedade democrática seja o aperfeiçoamento cada vez mais perverso do controlo das massas: actualmente já não se pode conquistar à força um povo mas sim seduzi-lo, aliciá-lo, manipulá-lo. E é esta relação pública cada vez mais “marketinguizada” que parece levar a uma banalização da mentira e do engano. Já não sofremos com a tirania agressiva e opressora de um ditador, mas com a manipulação passivo-agressiva de cada vez mais agentes sociais: políticos, indústrias, patrões, etc. É o tempo da tirania dos lobbies e das massas que são manipuladas sem saberem que o são. E esta tendência é perigosa porque, de certa maneira, estimula o traço psicopático que existe em maior ou menor quantidade em cada um de nós, banalizando-o, legitimando-o e até inevitabilizando-o no novo homo economicus.
terça-feira, abril 26, 2011
domingo, abril 24, 2011
AS BACTÉRIAS COMANDAM?
Só nos faltava mais esta! Ora leiam no site da revista Scientific American
http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=the-neuroscience-of-gut