No passado domingo no programa Visão Global da Antena 1, ouvimos uma repostagem sobre Bullying, conduzida pela jornalista Andreia Brito, na qual tiveram voz diversas entidades relacionadas directamente com esta problemática, testemunhos na 1ª pessoa, investigadores, professores, assim como eu própria.
O Bullying é uma das formas de violência escolar, que corre as escolas do país de norte a sul e mobiliza, cada vez mais, a comunidade educativa na procura de soluções para as suas dificuldades. É nesse sentido que vai ser criado o Centro de Apoio à Convivência nas Escolas, uma iniciativa da Associação Nacional dos Professores em colaboração com a Universidade Lusófona, no qual trabalharão vários técnicos que irão auxiliar os professores. Também está prevista a criação de uma linha telefónica.
Mas que dificuldades se deparam os adolescentes na escola hoje em dia? Para além do Bullying Escolar, quais são as variantes deste flagelo? Começámos já a ouvir falar sobre o Ciberbullying e começam a surgir estudos que incidem sobre este tipo de violência.
Este é um tipo de violência em que as tecnologias de informação e comunicação são mobilizadas para intimidar o outro e excluí-lo do círculo de amigo, tornando-se uma violência além escola. É uma violência indirecta, pautada por um mediador, que poderá ser o computador ou um telemóvel, os quais servem para ameaçar, diminuir e humilhar a imagem do outro, quer por sms ameaçadoras, por montagens fotográficas ou pela criação de páginas virtuais falsas.
Esta é uma realidade com que os adolescentes vão-se deparando cada vez mais, pautando por uma violência indirecta, que muitas das vezes oculta o seu agressor, cria um novo perfil de abusadores e um tipo de violência pública.
Temos ainda um outro tipo de violencia que se denomina por Bullying Homofóbico. Esta é uma realidade ainda pouco tratada em Portugal, mas sobre a qual já se debruçam estudos noutros países. Este tipo de violência diz respeito a alunos que saem dos padrões de género normativos.
Muito haveria a falar sobre esta temática, mas o post ficaria muito extenso...
Oportunamente debruçar-me-ei mais um pouco a escrever sobre este tema.
O importante a reter é que existe sempre um desequilíbrio de forças entre o agressor e o agredido e que este último se sente incapaz de fazer face ao outro, infligindo-lhe sérios danos ao nível da auto-estima, que se não "tratados" a tempo conduzirão a sérios danos psicológicos